4-𝙶𝚞𝚊𝚛𝚍𝚒𝚊̃ 𝙿𝚊𝚛𝚝.𝟶𝟸

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23:30

—Clark, seja o que for podemos tentar resolver.—Consigo ouvir ela soltar uma risada abafada por tentar se controlar.

—O que foi feito não pode ser mudado.—Ela presiona ainda mais a lamina em meu pescoço, seu propósito era de fato perfurar pois acaba abrindo um pequeno corte em minha mandíbula, sinto algumas gotas de sangue escorrer.

—Sabe os ferimentos de facas são dolorosos, sangrentos e potencialmente fatais. É preciso realizar tratamento imediato para conter o sangramento e estabilizar a vítima.—Ela se divertia enquanto falava. Continua:—Irei te dar uma vantagem, sem lâminas, talvez você tenha sorte e sobreviva.—Passa a lâmina novamente no lugar que ela abriu o corte a  removendo do meu pescoço, logo a guardando com a mesma velocidade que o fez, segura a gola da minha camiseta e me empurra para o outro lado dando um espaço de 3 metros entre nós dois. Posicionando seu corpo em modo de combate, uma de suas mãos estavam a cima do seu quadril com a palma da mão aberta e a outra acima do ombro, nelas possuíam marcas de triângulos e todos eles brilhavam na mesma intensidade dos seus olhos verdes e seu cabelo se mantinha preto, bem escuro.

—Então você é mesmo uma bruxa?—Fico espantado com seus poderes e as luzes verdes que percorriam toda a sua veste, os que destacavam eram os símbolos e seus olhos.—Antes de terminar a frase, ela já estava ao meu lado, não conseguia acompanhar seu ritmo, quando vi ela já havia socado meu estômago mais uma vez chutou ele e traspassou minha base de equilíbrio, caio de costas no chão imediatamente, ela para com um dos joelhos apoiados no chão e o outro firmando seu braço como se fosse pedir em casamento mas na verdade uma de suas mãos já estavam sob  o meu pescoço.

—Pergunta errado, não deveria se preocupar em quem eu sou e sim o porque de está aqui, gênio.—Enquanto falava pressionava o meu pescoço suprimindo o meu ar, tentei soltar, sua força era sobre-humana. Firmo minhas mãos no seu braço na tentativa de conseguir soltá-la, a cada esforço que fazia sentia o meu ar ainda mais ilimitado.

—Clark, por favor.—Quando chego perto de perder a consciência a Clark solta meu pescoço, foi como dar um último suspiro antes de morrer, o ar voltou a circular só que engasgava com ele, começo a tossir sem parar, coloco minhas mãos em meu pescoço tentando recuperar o fôlego fazendo respirações contadas. Ela havia se levantado ficando de costas para mim.

—Vemos que você tem um coração mole, bruxa.—Continuo a tossir, levanto zonzo mas com os olhos  fixado nela.

—Se quisesse você morto não estaria aqui com esse seu humor patético.—Ela vira só o rosto em minha direção e só aquele  olhar fez estremecer inteiro de medo, espantado acabo dando um passo para trás ela se depreciou vendo aquilo.

—Se não queria matar, isso foi sinônimo de que?—Pergunto um pouco irritado por ter apanhado logo para ela.

—Só estava me divertindo.—Clark  sai andando enquanto fala, vou atrás dela e a seguro no ombro para a interromper.

—Simples assim, vai embora sem dar nenhuma explicação.—A questiono e a mesma pareceu ignorar, apenas tirou minhas mãos e prosseguiu, fico parado a olhando sem reação, ao chegar perto da porta ela se vira de frente para mim.

—Não aqui.—Se agacha colocando suas duas mãos no chão, ao fazer isso se abre no chão um triângulo que vai dando forma como se fosse uma água seguindo o seu percurso, quando ele está completo percebo que também estava dentro desse triângulo, uma luz verde sobe dele e vai até o teto do saguão, passo as mãos para sentir àquele fascinante poder, sua textura era como um vidro bem reforçado, lembrava um escudo.

—Como isso é possível?.—Continuo o acariciando fazendo movimentos circulares com as mãos nele, estava admirado com o que estou vendo diante dos meus olhos, tudo era tão irreal e ao mesmo tempo, tudo era possível.

Jᥲᥒᥱᥣᥲ᥉ d᥆ Tᥱ꧑ρ᥆Onde histórias criam vida. Descubra agora