20-𝙲𝚘𝚗𝚏𝚒𝚜𝚜õ𝚎𝚜.

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Hi, Leitores do tempo! Tenham uma boa leitura.

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𝙉𝙖𝙧𝙧𝙖𝙙𝙤𝙧: 𝘾𝙡𝙖𝙧𝙠

Não demorou muito para chegarmos ao meu apartamento. Passamos por uma janela, facilitando nossa entrada. Éclon não trocou uma palavra desde nossa chegada; cada vez que seus olhos passavam sobre mim, parecia que ele estava sendo torturado. Meu corpo e meu rosto estavam cobertos de sangue; embora meus ferimentos tivessem se fechado, ainda restavam marcas por todo o meu corpo. Ao me levar para o quarto, ele saiu, deixando-me sentada na cama, mas pude vê-lo entre a porta, observando enquanto tirava a roupa com dificuldade e gemia a cada esforço.

— Deveria ter os torturado pelo que fizeram a você — diz impaciente com minhas tentativas frustradas; ele entra para me ajudar.

— Eles tiveram o destino que mereceram — respondo com a voz cansada. Ele passa a blusa pela minha cabeça, retirando-a. Mesmo com minha energia quase recuperada, meu corpo clamava por descanso; mal conseguia ficar de pé. Ele, percebendo essa necessidade, deita meu corpo lentamente sobre a cama e se abaixa para retirar minha calça e sapatos.

— Cadê seu cadarço? — seu olhar se volta para mim, mas logo retorna ao que estava fazendo, rindo discretamente. Acompanho-o em silêncio, pois ele já obteve sua resposta em meus pensamentos.

— Essa é minha garota. — Paro de sorrir, ficando em silêncio, pensativa, deixando os dois um pouco desconcertados.

— Clark, eu não queria ter dito aquilo. Na verdade, tudo o que disse desde o momento em que te encontrei, nada daquilo foi verdade. Queria te afastar de alguma forma; o ódio talvez pudesse ajudar nessa tarefa. Mas não quero que me odeie, não por muito tempo. Você não é apenas uma peça nesse universo; afirmo que você é fundamental para mim — retira a calça e me direciona a sentar. Após isso, puxa meu corpo para si. Fico surpresa, mas não o impeço; seu abraço envolve meu corpo, deito a cabeça em seu ombro, e ele faz o mesmo em mim. Sinto sua respiração ofegante perto do meu pescoço. Levanto a cabeça para olhá-lo e nossos olhos se encontram; seu olhar estava apavorado, como se ele estivesse se culpando por tudo que aconteceu. Presumo que seja isso.

— Eu sei, está tudo bem. Estamos bem... não me lembro mais das coisas que disse. — Vou segurar seu rosto, mas ele impede, deitando sua cabeça em meu colo. Fico um pouco sem jeito por estar apenas de calcinha e sutiã, mas logo coloco minhas mãos em seu cabelo, acariciando-o. Ignoro o fato de estar sendo tola, pois ele já viu tudo o que deveria ter visto na noite passada.

— Não são as palavras que me preocupam... — fala com a cabeça enterrada em meu colo, como se não quisesse ser visto.

— Por um momento, tive medo de perdê-la — sua voz sai grave e baixa.

— E aqui estou eu — respondo com sarcasmo, tentando brincar com a situação.

— Você não entende, tive medo de perdê-la! — levanta-se e pega meu rosto agressivamente, colocando-o próximo do seu. Nossos olhos se encontram, e neles há pavor.

— Como eu viveria a eternidade sabendo que fui o causador da sua morte? Você tem que se afastar de mim.

— É tão ruim assim se importar com alguém? — franzi a testa e pressiono os olhos, tentando entendê-lo. Indago com a voz trêmula e baixa, quase inaudível.

— Para alguém como eu... monstros não podem amar, Clark. Todas essas vidas que interrompi foram de pessoas próximas a mim — ele se levanta, mostrando seu corpo, que é coberto de marcas, e volta a vestir suas roupas. Quando passo os olhos sobre ele, tento segurá-lo, puxando seu braço para voltar sua atenção a mim.

— Eu não me importo, não me importo. Eu sei que você não mataria pessoas inocentes — sou firme em cada palavra.

— Não sou diferente daqueles homens que foram mortos hoje. Você pode dizer isso agora, mas você é boa e se importa, mesmo dizendo o contrário. A culpa por cada morte irá te corroer aos poucos. Você mata para defender as pessoas que ama ou até pelas pessoas que não conhece, eu mato por meus desejos egoístas.

— Eu posso ser egoísta uma vez na vida, Éclon! E eu quero você.

— Você não pode me amar, está entendendo? — ele se curva, ficando mais próximo; seus olhos se movem de um lado para o outro, me analisando, atordoado.

— É tarde demais para isso — o encaro, cabisbaixa.

— Não, não. Eu sou um líder, e meu dever é com a ordem e meu conclave; nem deveríamos estar aqui. Não tem como isso funcionar — ele anda de um lado para o outro, impaciente.

— Eu enfrentaria a ordem por você — tento ficar de pé, mas vendo a dificuldade e o esforço que faço, ele vem ao meu encontro, impedindo-me por eu ainda estar fraca.

— Essa é a nossa diferença. Você os desafiaria; eu os mataria para tê-la. Nunca poderíamos vencê-los; eles irão me punir, e meu castigo será descontado em você. Prefiro passar uma eternidade separado de você a viver uma eternidade sem a sua existência.

— Então por que fez tudo isso? Por que me fez amar você? Quando poderia simplesmente ter apagado minhas memórias e ido embora? — meus olhos se enchem de lágrimas; fico irritada e tento me soltar de suas mãos. Éclon me abraça com força, mesmo com minhas tentativas de me soltar.

— Eu não sei, eu não sei — sussurra enquanto aperta meu corpo contra o seu.

— Eu te odeio — falo entre lágrimas.

— Eu também — Éclon solta meu corpo e segura meu rosto, aproximando meus lábios dos seus me beijando. Retribuo; ambos não se importam com o sangue que está em meus lábios e corpo. Deitamos, ele ficando por cima de mim. Beijamos como se fosse a última vez; eram beijos longos e rápidos, um tanto calorosos. Quase não conseguimos respirar, pois nenhum de nós queria desgrudar os lábios um do outro. Ele levanta meu corpo, retirando o sutiã, e eu o ajudo, levantando os braços. Me deita delicadamente, passando seus lábios em minha auréola, sugando meus seios e retornando a passar a língua em volta deles. Meu corpo entra em êxtase ao descer com a língua, mas o paro, viro seu corpo, ficando por cima dele.

— Vejo que já recuperou suas forças, guardiã — ele aperta os lábios, excitado. Ambos soltamos um sorriso de canto. Tento descer sua calça com dificuldade; impaciente, ele me ajuda a descê-la rapidamente. Quando vou tentar colocar minha calcinha de lado, ele a rasga, facilitando o trabalho. Introduzo seu órgão dentro do meu corpo, soltando um suspiro. Faço isso lentamente, deixando nossos corpos clamarem por mais, estávamos ofegantes.

— Você está me deixando louco, Clark — ele sorri enquanto passa as mãos sobre meu quadril e seios, movendo-se lentamente, provocando-o. Nossos olhos estão fixos um no outro. Éclon se levanta, passando as mãos pelos meus cabelos e apertando-os, fazendo minha cabeça deitar em seu ombro. Ele me abraça, firmando meu corpo e induzindo-me a fazer os movimentos para cima e para baixo. Quanto mais ele me apertava, mais rápido me conduzia. Nos beijávamos a cada movimento. Nosso desejo era que dias como esse nunca terminassem.

— Por favor, não me deixe — Éclon sussurra em meio ao prazer.

Jᥲᥒᥱᥣᥲ᥉ d᥆ Tᥱ꧑ρ᥆Onde histórias criam vida. Descubra agora