Hi, Leitores do tempo. Tenham uma boa leitura e não se esquecem da 🎵.
____________________________________
𝗡𝗮𝗿𝗿𝗮𝗱𝗼𝗿: 𝗝𝗮𝗸𝗲
Zonzo, tento focar a visão. Ao fixá-la em um único ponto, percebo um local completamente úmido e abafado, com paredes de pedra, e minhas vestes estão pesadas e molhadas.
—Por que estou na porcaria de uma caverna? E como vim parar aqui? Que desgraça de vida! — Falo, com os olhos fixos no teto. Dou um impulso mais forte e me sento na cama, ou no que imagino que seria uma cama; ela também é fria, como se estivesse molhada. Levanto-me e caminho para fora, saindo de forma cautelosa. Olho de um lado para o outro, confirmando se não há ninguém ali. Passo por um espaço estreito, semelhante a buracos que servem como passagens na caverna, e sigo em direção às tochas que se acendem conforme ando. Estou aflito, pois não sei o que me espera no final. Tento reconectar minhas memórias e entender os acontecimentos que me trouxeram até aqui, mas chego à conclusão de que isso é inútil; não vem nada à mente, apenas borrões brancos e pretos. Então, traço os caminhos que lembro até aqui.
—Da última vez, Clark, estava envelhecendo gradativamente. Fui apagado; aquela mulher a paralisou com apenas uma palavra. E a velocidade com que Clark a alcançou... onde fui me meter? As coisas ficam ainda mais sem sentido ao serem faladas. — Passo a mão na cabeça, tirando alguns fios de cabelo que estão grudados no meu rosto pela água. Caminho mais um pouco, mas logo desisto por não encontrar o fim. Embora houvesse vários buracos escuros, evitei-os intencionalmente.
—Esse lugar é um labirinto. — Vendo que andar em linha reta não seria minha salvação, busco um buraco menos escuro que indicasse uma saída. Ao olhar ao redor, percebo que são muitos, e sei que levariam a algum lugar que não estou disposto a procurar. Não tenho ideia do que vou encontrar; é melhor não arriscar. E não há absolutamente nenhuma luz; só um idiota entraria aí sem pensar nas consequências. "E se eu escolher o caminho no mamãe mandou?"
—É isso, vou morrer aqui. — Agacho de forma dramática e fico ali parado, sem direção ou destino, apenas esperando que algo aconteça. Meu coração bate como um martelo; a cada batida, sinto que vai sair para fora.
—Depois de desejar tanto isso, infelizmente ainda não vai acontecer. — Uma voz rouca fala ao fundo, fazendo-me levantar desesperadamente. Contudo, por estar todo molhado e em um ambiente escorregadio, acabo caindo de bruços.
—Jake, cuidado. — Essa voz é da bruxa. "Finalmente, alguém conhecido." Fico aliviado e irritado ao mesmo tempo. Ela tenta me ajudar a levantar, mas dispenso sua ajuda empurrando sua mão.
—Por que sempre acabo não entendendo nada e confuso com as coisas quando encontro vocês? Quem é ele, afinal, e a garota diabólica? O pior: por que estamos aqui? — Pergunto, exasperado. Esse lugar fechado traz um certo desconforto, me deixando agoniado.
—Deixo essa com você. — O homem alto e loiro se afasta, como se não quisesse se dar ao trabalho de explicar. Clark dá de ombros.
—Aconteceu tanta coisa desde então. — Ela sorri constrangida.
—Claro, disso não tenho dúvidas. — Falo com sarcasmo, tentando disfarçar meu estado. Sabia que viria mais enrolação. Não estou a fim de ficar aqui com eles, pois estou prestes a ter um ataque. Viro de costas para que não possam ver meu rosto e coloco a mão no peito, que sobe e desce rapidamente. Na verdade, estou em pânico; acabei de descobrir que tenho fobia de lugares fechados e apertados. Embora estivesse molhado, as gotas que escorriam pela minha testa eram de suor e nervosismo.
—Para onde você vai? — Clark segura meu braço enquanto tento andar para longe.
—Me solta, bruxa. — Desvio dos braços dela, tentando me soltar, mas acabo caindo de joelhos, com a mão segurando meu peito. Ele se aperta a cada respiração, como se eu estivesse sufocando. Essa é a sensação: respirações desesperadas em busca de ar. Quanto mais procuro, mais estreita fica a passagem de oxigênio. Simplesmente desaprendi a respirar corretamente.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Jᥲᥒᥱᥣᥲ᥉ d᥆ Tᥱ꧑ρ᥆
General Fiction.... A ambiguidade do início de um ciclo pode gerar incertezas sobre quando se inicia efetivamente, especialmente quando se considera a teoria do caos. Essa teoria se revela na vida de Jake Petrov, um personagem que vive uma luta constante entre a i...
