25-𝚃𝚊𝚕𝚟𝚎𝚣, 𝚞𝚖 𝚟𝚎𝚕𝚑𝚘 𝚌𝚘𝚗𝚑𝚎𝚌𝚒𝚍𝚘.

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Hi, leitores do tempo. Segura o coraçãozinho e aprecie a leitura com uma boa música.❣️
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𝙉𝙖𝙧𝙧𝙖𝙙𝙤𝙧: 𝘾𝙡𝙖𝙧𝙠

— Como isso é possível? — Pergunto, em estado de choque.

—Não deveria ter acontecido. Há séculos paramos de procriar e... as mulheres privadas de seus órgãos reprodutores — Éclon gaguejava enquanto falava, completamente desnorteado.

"Por isso todos diziam que sentiam a presença dele em mim; essa gestação estava ocorrendo desde o sequestro." O silêncio dominava o recinto; ninguém dizia nada, nem mesmo Atlanta havia interrompido seu canto. Ela se levanta do chão e arrasta os dois corpos adormecidos. Deixa Tomás sentado atrás do balcão e coloca Jake dentro do elevador.

—Para onde aquela maldita acha que está indo? — Pergunto a Éclon, que estava mais pálido do que o normal. Ele reinicia seus pensamentos, voltando à nossa realidade.

—Para o seu apartamento — responde, sem conseguir me olhar nos olhos. — Vamos. — Ele me levanta de repente, colocando-me em seu colo, estala os dedos e as câmeras do saguão são destruídas. Não poderíamos deixar nenhum registro do que ocorreu aqui.

Enquanto subimos andar por andar, as dores se tornam suportáveis após um tempo. Talvez o que as desencadeou tenha sido o estresse repentino, e eu ainda havia usado meus poderes sem estar completamente recuperada. Sem perceber, passo as mãos pela minha barriga, acariciando-a. Por um momento, imaginei a vida que poderia ter ao lado dessa criança; meu sonho, por um milagre, estava se realizando.

— Não, Clark. Você não pode ter essa criança. — diz, assustado. Éclon estava analisando meus pensamentos o tempo todo.

—Há uma razão para eu ser quem sou, Clark. Venho de origens do caos; Não existe mulheres no meu conclave, todas que procriaram morreram. Para uma vida nascer, outra terá que morrer. Essa é mais uma das minhas maldições. Você não sobreviverá a isso. — Engolimos em seco.

—O que você sugere que façamos? É nosso filho — minha voz sai rouca.

—Não, ele não é uma criança; é um monstro que irá sugar toda a sua vida, pouco a pouco, até você morrer.

—O corpo é meu; eu faço essa escolha e quero que essa criança sobreviva — acaricio a barriga enquanto choro.

—Você sabe que não vou deixar isso acontecer — Éclon diz firmemente.

Quando as portas do elevador se abrem, pulo do seu colo, colocando-me de pé, mas acabo vacilando. Quando ele tenta se aproximar para ajudar, dou dois passos para trás, me afastando.

—Eu sei que você sempre sonhou em ter uma vida normal, ter uma família, mas, Clark... não é isso que vai acontecer. Eu não vou te perder — seus olhos se enchem de lágrimas.

—Você pode aprender a amá-lo — falo calmamente, tentando confortá-lo. No entanto, Éclon altera o tom de voz, me assustando.

—Não me peça isso. No momento em que ele nascer, eu o odiaria por toda a eternidade, por ter tirado você de mim — ele exclama com a voz trêmula de choro.

—Ele não tem culpa — grito.

—Problemas no Paraíso? — Atlanta diz, abrindo a porta.

—Cale a boca! — Éclon e eu respondemos simultaneamente.

—De qualquer forma, ela vai morrer. Seu conclave, assim que souber disso... se é que não perceberam algo errado — Atlanta afirma com autoridade.

—Ela está certa. Temos que tirar você daqui — Éclon volta sua atenção para mim.

Jᥲᥒᥱᥣᥲ᥉ d᥆ Tᥱ꧑ρ᥆Onde histórias criam vida. Descubra agora