18-𝚀𝚞𝚎𝚖 𝚍𝚎 𝚗ó𝚜?

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⚠️Hi, leitores do tempo.
Não esqueçam de colocar a música para lerem.
Kiss kiss💋

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𝙉𝙖𝙧𝙧𝙖𝙙𝙤𝙧:𝘾𝙡𝙖𝙧𝙠.

Acordo assustada e ofegante, procurando por eles, mas não tinham voltado. Levanto-me, apoiando-me no braço do sofá. Estou fraca e meu sangramento não foi estancado. Tiro minha blusa de frio e a rasgo, amarrando-a em torno da minha cabeça para apertar mais a ferida. Passo os olhos pelo local; não havia luz, e o ambiente era abafado e fechado, sem janelas, o que significava que havia apenas uma porta de entrada e saída. Isso me deixou apavorada. O ambiente só tinha uma luz amarela no centro da sala e quase não havia mobília. Percebo que nas paredes havia algo pendurado, mas, pela falta de luz, não consigo discernir o que era. Levanto-me, pendurando-me no sofá, e pego a única lâmpada que estava no teto, pendurada por uma linha longa. Era fácil movê-la; inclino-a para a parede, iluminando o local. Ao olhar mais atentamente, levo um susto e solto a luz imediatamente, colocando as mãos na boca pelo espanto. Nas paredes, há rostos empalhados; todos são de mulheres e, mais no canto, estão seus corpos, como se fossem bonecas.

— Preciso sair daqui — respiro fundo e tento caminhar. Dou passos curtos e lentos até a cozinha, abro a gaveta e encontro uma faca de tamanho médio, certificando-me de que ela está bem afiada. Verificando a faca, apoio meu corpo no armário; minhas vistas ficam turvas novamente, como se meu cérebro estivesse preso dentro de uma caixa em movimento. Para não cair, firmo minhas mãos no móvel, abaixo a cabeça e puxo ar, soltando-o cinco vezes.

— Calma, não vai desmaiar... — repetia várias vezes para mim mesma, pois estava tão exausta que tudo em mim gritava para desistir. Não tinha chance alguma, além de estar sem meus poderes. Ninguém no mundo iria procurar por mim; não tenho nenhum laço que faça alguém perceber minha ausência. Meu conclave só saberia quando eu morresse, pois temos um comunicador que avisa os detalhes do fim da vida de um guardião. Quando soubessem, seria tarde demais. Era apenas eu e minha mente, que só pensava em parar de lutar e entregar-me ao meu destino: a morte.

"Na próxima vez que lutar, lute por você." — essa frase ecoou em minha mente como uma chama crescente, trazendo ânimo e esperança. Só me perguntava como ele sabia que eu iria desistir tão facilmente.

— Seu cretino, por que você tinha que ter dito isso? — solto um sorriso de canto, lembrando de Éclon. Procuro por mais uma faca e, ao encontrá-la, levanto as duas, observando-as e fechando os punhos.

— O que tenho a perder? Só minha vida, tentando ou não tentando — caminho até a porta e me agacho atrás dela, esperando que eles cheguem para surpreendê-los. Depois de um tempo esperando, escuto passos do lado de fora; um deles gritava com o outro. É difícil saber quem é quem, devido às vozes surpreendentemente iguais. Acredito que seja o que tem a mancha no rosto, que estava falando de forma mais alterada. Desde o início, ele foi o que se mostrou mais raivoso e impaciente até o momento. Nesse, eu teria que ser ainda mais certeira. Depois de verem seu irmão morto, eles não iriam pegar leve comigo, e eu não faria o mesmo com eles.

— Você está maluco! Quero fazê-la sofrer e, depois de matá-la, vamos embora — escuto de trás da porta.

— Também quero que ela pague. Já pensou em termos nossos poderes de volta e matar não por necessidade, mas sim por gostar de fazê-lo? — logo entendi que eles estavam querendo fazer uma troca, mas com quem?...

— Éclon? — liguei os pontos. Quando ele disse que fui tocada, ele conseguiu sentir de alguma forma a energia dele em mim. Por outro lado, eles estariam perdendo seu tempo.

— Você sempre quer ser o mais esperto — escuto algo batendo na porta, como se tivesse sido atirado.

— Não quero ser, é apenas lógica. Não posso passar a maior parte do tempo agindo como um animal.

Jᥲᥒᥱᥣᥲ᥉ d᥆ Tᥱ꧑ρ᥆Onde histórias criam vida. Descubra agora