32- 𝙳𝚘𝚒𝚜 𝚌𝚊𝚖𝚒𝚗𝚑𝚘𝚜.

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Hi, leitores do tempo.
Como sempre, não se esqueçam da música e  aproveite a leitura. Haha 🎈
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Narrador: Jake.

Vejo, juntamente com Nikolai, todas as mortes causadas por esse indivíduo misterioso. Elas apresentam o mesmo padrão: são meninas com cerca de 18 anos, cabelos escuros, e suas feridas são semelhantes, com cortes no estômago de forma intrigante e o coração arrancado da caixa torácica; porém, o órgão não foi encontrado. Ao ver sua expressão de espanto e seus olhos brilhando, viro as imagens para baixo para que ele não possa vê-las.

— Você pode trabalhar em um próximo caso comigo. Este eu posso resolver sozinho. — Começo a guardar as imagens dentro do envelope.

— Claro que não, estou aqui para isso. Só estava pensando por que alguém faria uma atrocidade dessa magnitude. — Hesito em prosseguir. 
"Não se preocupe com ele, você não tem nada a ver com isso."

— Tudo bem. Já que sou o responsável temporariamente por você, vou te ensinar o básico sobre investigadores e detetives. No começo, tudo parece lindo, até você se aprofundar de cabeça. Perguntas idiotas como "Por que tal assassino agiu assim?" ou "Qual é sua motivação?" Muitas vezes não teremos resposta; é apenas uma pessoa monstruosa com sede de sangue, que não deveria ser chamada de ser humano. Dificilmente você não se sentirá mal ao ver certos casos e cadáveres. O pior é lidar com a desconfiança. Nós, como observadores e amantes deste trabalho, temos dificuldade em confiar nas outras pessoas. No entanto, essa deve sempre ser a principal base para investigar: desconfie de tudo e de todos, até que se prove o contrário, até mesmo com as pessoas com quem você estiver trabalhando. Afinal, todo dia isso acontece; todo dia somos chamados para bater ponto. Todo dia alguém morre ou algo ruim acontece. Só tome cuidado para isso não te assombrar e sobrecarregar sua mente.

— Você já confiou em alguém?

— Não nesta vida. — Respondo sério e um tanto pensativo. Mais uma vez, a sensação de ter vivido algo que não me recordo bate à porta.

"Alguém para trabalhar comigo com esse nível de confiança? Acho que seria impossível."

— Vamos. — Levanto rapidamente, com meu novo "carrapato" ao lado.

— Para onde vamos?

— Para onde nós vamos? Pelo amor de Deus, vou ter que te ensinar tudo. — Imito sua voz, bato em sua cabeça e o puxo para fora da sala.

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**Cena do crime:**

— Por que temos que usar terno? — Diz, arrumando a gravata de forma desengonçada.

— Traz um ar de seriedade a essa carinha de criança. — Retiro sua mão e faço o laço, ajeitando-a, enquanto ele observa atentamente cada passo.

— Agora você é um cidadão decente, Nikolai. — Sorrio de forma sarcástica. O direciono e passamos por baixo da fita de isolamento do prédio.

— Investigadores, tão cedo aqui. — Ao passar, damos de cara com a equipe do IML saindo do elevador, e uma conhecida, que já havia visto e trabalhado diversas vezes.

— Tem alguma hipótese, Charlie? — Passo a mão pelo balcão empoeirado. Este prédio tinha características antigas e acabamentos desgastados; era uma completa espelunca. E, claro, o lugar perfeito para cometer um crime, pois sua estrutura não tinha um sistema de controle de pessoas que entram e saem, muito menos prezam pela segurança dos hóspedes. Seria um caso interessante e complicado de solucionar.

— Veja por si mesmo. Vocês não vão gostar do que vão encontrar lá dentro. E use essa máscara e luva. — Voltando minha atenção para ela, pego as máscaras e luvas estendidas em minha direção e dou uma para Nikolai. — Charlie nos leva até o apartamento da vítima e, juntamente com ela, um policial nos acompanha.

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⏰ Última atualização: Mar 04 ⏰

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