24-𝘋𝘦𝘴𝘵𝘪𝘯𝘰 𝘵𝘳𝘢𝘤̧𝘢𝘥𝘰

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Hi, leitores do tempo. NÃO ESQUEÇAM DA MÚSICA.

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𝗡𝗮𝗿𝗿𝗮𝗱𝗼𝗿: 𝗖𝗹𝗮𝗿𝗸

— Para onde você vai, Jake? — pergunto enquanto ele caminha rapidamente para fora.

— Para bem longe de você. — Engoli em seco. Tomás segurava meu braço para que eu não avançasse contra Jake.

— Foi você quem desistiu. Eu quis lutar; por duas vezes arrisquei minha vida por você. Se quer um culpado, culpe a si mesmo por isso. — Ele para ao ouvir isso, e eu fico em silêncio por ter falado o que não deveria.

— Clark, continue. Eu preciso saber. — Ele se vira para mim, e eu balanço a cabeça rapidamente, negando. Jake também estava abalado, pois lágrimas escorriam de seus olhos.

— Está na hora de ir embora, Jake. — Éclon aparece ao nosso lado. Tomás me solta imediatamente, sentindo o olhar de Éclon sobre ele, como se quisesse matá-lo.

— E quem é você para mandar em mim? — Jake grita, com os olhos arregalados, cheios de fúria.

— Éclon, não. — Falo ao perceber o olhar dele sobre Jake; conheço esse olhar. Ele teve a mesma expressão ao encarar o homem com quem duelei antes de nos relacionarmos. Ele se vira para mim, tentando se controlar.

— Agora você consegue entender? Esta é a última tentativa de mantê-lo a salvo. Eu apaguei as memórias dele novamente e veja ele aqui. — Fecho os olhos, com as lágrimas escorrendo. A verdade dói, e estou profundamente angustiada por não querer aceitar que tanto ele quanto Atlanta estão certos. No entanto, ainda tenho esperança de que haja uma outra opção.

— Pare de falar como se eu não estivesse aqui, seu desgraçado. — Jake corre em direção a Éclon, mas ele desvia em frações de segundos, fazendo com que Jake caia no chão. Jake se levanta, irritado e determinado a agredi-lo.

— Não importa; você esquecerá, querendo ou não. — Éclon estende a mão para apagar suas lembranças novamente, mas corro na sua frente, impedindo-o.

— Por favor, não. — Jake fica paralisado atrás de mim, e Tomás está completamente perdido.

— Durma. — Éclon diz, olhando para Tomás, que cai ao chão ao seu comando.

— Comporte-se como uma guardiã; você não está sendo sensata. Não vê que estou tentando ajudá-lo? Se tiver outra forma, estou à disposição para ouvir, caso contrário, saia da minha frente e deixe-me cuidar disso. — Quando ele termina de falar, Atlanta aparece na entrada do saguão, e meu rosto ferve de raiva.

— Você a chamou? Seu desgraçado. — Vou para cima dele, soltando vários socos. Ele tenta desviar, mas algo está errado; sua velocidade e força não estão como antes. Mesmo eu não estou na melhor forma, mas não paro de socá-lo, continuando a bater.

— Pare agora. — Seu encanto envia impulsos para os meus músculos, paralisando-me no instante em que iria desferir outro golpe. Encaro Atlanta, enraivecida.

— Que merda está acontecendo aqui? — Jake exclama, afastando-se de nós.

— Você mentiu, você mentiu para mim. Ainda está se alinhando a ela. — Grito, ainda paralisada. Éclon fica em minha frente, sem reação.

— Você sabe que estou certo, mesmo que não goste da ideia. Não temos escolha. — Ele fala, cabisbaixo.

— Solte-a, Atlanta. — Ela obedece ao comando, e meu corpo é liberado instantaneamente.

— Sempre temos escolha. Você não vê o que estamos fazendo aqui? Não estamos ajudando, estamos torturando-o. — Nos entreolhamos.

— Cala a boca, cadela. Você é uma garotinha chorona que nunca deveria ter se tornado uma guardiã... — Quando Atlanta vai terminar a frase, me transporto para o seu lado, aparecendo atrás dela e cobrindo sua boca. Ela tenta gritar, mas sua voz fica abafada pela minha mão.

— Se uma sereia não pode cantar, qual seria sua utilidade? — Sussurro perto do seu rosto, invocando uma faca e colocando-a em seu pescoço. Ela esperneia para se soltar.

— Não faça isso, Clark. — Éclon estende as mãos para me acalmar.

— Não me faça escolher. — Falo, com a voz trêmula.

— Tudo bem, olhe para mim. Você não precisa machucá-la, Clark. — Jake se aproxima calmamente, e nossos olhares se encontram.

— Se você soubesse o motivo, concordaria com isso. — O encaro ao falar.

— Você não é uma assassina. — Éclon diz rapidamente, interrompendo-me e mudando minha atenção para ele.

— E outra, se fizer isso, eu irei morrer. — Extasiada e incrédula, vou afrouxando e soltando-a.

— Droga, Éclon. — Empurro-a para longe, e ela se levanta, rindo.

— Adoramos essas reuniões de família. — Ela ri desesperadamente, completamente fora de controle.

— Três vidas, três vidas; esse é o pacto. — Ela cantarola.

— Agora vocês podem me explicar? — Ficamos os três em silêncio, examinando uns aos outros enquanto Atlanta ri de nós ao fundo. Quando vou me pronunciar, fico zonza e enjoada, perdendo o equilíbrio. Éclon consegue me segurar antes que eu caia, e Jake o ajuda a me levantar. Quando fico de pé, a tontura retorna, e então vomito em nossos pés ao abaixar a cabeça.

— Que nojo, bruxa. — Jake se afasta, e Éclon ameaça ir para cima dele pelo comentário, mas eu seguro seu colarinho.

— Tem algo errado comigo. — Falo, com os olhos arregalados. Éclon se vira para mim, preocupado, e me coloca em seu colo.

— O que foi, Clark? — Seu olhar está apavorado.

— Meu estômago. — Cerro os olhos, pressionando minha barriga; as cólicas estão intensas.

— Meu Deus, olha o rosto dela. — Jake exclama, aproximando-se para mostrar. Ao virar meu rosto para o lado, para que Éclon possa ver, percebo que apenas um lado do meu rosto está envelhecendo, como se minha vitalidade estivesse sendo extraída aos poucos.

— Começou mais rápido do que imaginávamos. — Os três encaramos Atlanta, assustados, enquanto ela recita a frase repetidamente.

— O que está acontecendo com ela? — Jake grita, tentando obter uma resposta. Éclon segura no ombro de Jake e o mesmo cai sobre o chão desmaiado.

— Um problema de cada vez. — Éclon acaricia meu rosto, conferindo o ferimento.

— É familiar, não é? — Atlanta provoca Éclon.

— Cala a boca, sua sirius maldita. Você sabia o tempo todo que ela estava assim. — Éclon me senta no banco da portaria e vai em direção a Atlanta, levantando-a pelo pescoço e a enforcando.

— Nós avisamos. Não nos culpe pelos seus erros. Estavam fadados ao fracasso desde quando decidiram se aproximar dele. — Ela olha para Jake, que está no chão adormecido.

— O que ela quer dizer? — Éclon se mantém em silêncio, enquanto Atlanta ri.

— Éclon, o que ela quer dizer? — Grito, em meio às cólicas.

— Ele religou sua linha do tempo. Seu destino foi traçado. — Ele a solta no chão e cai de joelhos.

— O que é isso dentro de mim? — Grito desesperadamente, segurando meu estômago, virando de um lado para o outro com dor. Éclon corre ao meu encontro para me auxiliar.

— Você está grávida. — Ele afirma, com os olhos cheios de lágrimas ao olhar para mim, mas está apavorado.

Jᥲᥒᥱᥣᥲ᥉ d᥆ Tᥱ꧑ρ᥆Onde histórias criam vida. Descubra agora