• Hospital
—Ai, que claridade é essa?—Indago comigo
mesmo.Coloco as mãos em meu rosto para tampar da claridade extrema que emanava do quarto, ao tentar levantar sinto alguns aparelhos que estavam conectados ao meu braço para verificar meus sinais vitais, retiro cada aparelho e eles começam a apitar sem parar, o que fez minha cabeça palpitar de dor, como bater um martelo no prego, só que constante. Retraio o corpo sobre o chão encolhido entre as pernas com esperança daquele som cessar.
—Jake, você tem que se deitar—Brian aparece no quarto e sua feição estava desesperado.
—Faz esse som parar!!! —Grito.
Com os olhos fechados percebo movimentos no quarto além do Brian e ao ver que o som tinha cessado abro os olhos para averiguar, deparo com uma equipe de enfermeiros olhando como se eu fosse o cara mais estranho que já viram passar por esse hospital.
—Nunca viram um homem no seu estado mais frágil?—Falo com uma voz dengosa de um homem incompreendido.
Brian balança a cabeça rindo enquanto direciona os enfermeiros para fora do quarto, pelo vidro perto da porta vejo ele gesticulando ao fundo.
—Tudo bem, posso ficar com ele uns minutos? Logo chamo vocês.—Escuto por fim as últimas frases e
todos concordam com a cabeça se retirando.Ele volta ao meu encontro estendo a mão para que Brian me ajude a levantar e o mesmo faz sem esperar que eu peça, foi uma luta para levantar, meus músculos pareciam estar aprendendo a se equilibrar novamente, ele me ajeita com todo cuidado em cima da cama e arrasta a cadeira que estava lá no final para perto da minha cabeceira.
—Vem sempre aqui?—Pergunto com um olhar sarcástico mas no fundo ele sabia que temia as explicações sérias sobre o acontecimento, não o deixo falar e para quebrar o clima aponto para as rosas que estavam na cabeceira que exalava esse odor insuportável por todo o quarto.
—Espero que não seja ideia sua.
—Pior que veio de onde menos esperávamos. —Seu sorriso foi debochado e gentil como se apreciasse o ato da pessoa que deu as flores e eu como um bom entendedor sabia de quem se tratava.
—Por isso fede tanto, igual a dona que tentou me asfixiar com esse cheiro.—Cruzo os braços emburrado.
—São cravos e dizem que elas tem o dom de atrair benções e vitórias.—Diz alegre com aquele olhar de fascínio.
—Estou precisando de uma porção dobrada.—Estendo as mãos para os céus em posição de receber, rimos da situação até o silêncio tomar conta do recipiente, acho que ele como um bom amigo estava sendo compreensivo e queria que eu tomasse a iniciativa sobre o assunto, de qualquer forma de uma hora ou outra eu teria que saber o que aconteceu.
—Eu morri não foi?—Pergunto.—Brian começou a gargalhar sem conseguir se controlar.
—Então não teve aquelas paradas de ressuscitação e reanimação? —E ao vê-lo sem conseguir se conter acabo me entregando as gargalhadas, até não ter mais graça.
—Está assistindo muito filme, Jake.—Tenta recuperar o fôlego para tentar se explicar e acaba falhando novamente.
—Eu quero que você vai embora.—Pressiono o botão para chamar uma enfermeira para retirá-lo daqui, ele segura minha mão para impedir e fica tentando se desculpar.
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Jᥲᥒᥱᥣᥲ᥉ d᥆ Tᥱ꧑ρ᥆
Tiểu Thuyết Chung𝙴𝚖𝚋𝚘𝚛𝚊 𝚗𝚊̃𝚘 𝚜𝚊𝚒𝚋𝚊 𝚚𝚞𝚊𝚗𝚍𝚘 𝚏𝚘𝚒 𝚘 𝚙𝚘𝚗𝚝𝚘 𝚒𝚗𝚒𝚌𝚒𝚊𝚕 𝚙𝚊𝚛𝚊 𝚚𝚞𝚎 𝚘 𝚌𝚒𝚌𝚕𝚘 𝚜𝚎 𝚍𝚎𝚜𝚎𝚗𝚌𝚊𝚍𝚎𝚊𝚜𝚜𝚎 𝚘𝚞 𝚜𝚎 𝚚𝚞𝚎𝚛 𝚕𝚎𝚖𝚋𝚛𝚎, 𝚊 𝚝𝚎𝚘𝚛𝚒𝚊 𝚍𝚘 𝚌𝚊𝚘𝚜 𝚜𝚎 𝚖𝚊𝚗𝚒𝚏𝚎𝚜𝚝𝚊 𝚗𝚊 𝚟𝚒𝚍𝚊 𝚍𝚎...