⚠️ Não leiam esse capítulo sem a música, por favor. Não irão se arrepender.❤️
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Quando ele se aproximava, o ambiente tornava-se impossível de visualizar, até que todo o recinto mergulhou na escuridão total.
— Clark, cuidado! — exclamo, alertando-a. Ouço barulhos de algo se trombando ao fundo.
— Droga, não consigo ver... — ela resmunga.
As dores se intensificam, voltando minha atenção para os homens que persistem no ritual. Estávamos em uma luta de cabo de guerra, onde o lado mais fraco inevitavelmente cederia. A cada puxada que eles davam, uma parte de mim se afastava. Relutava, tentando removê-las, mas as linhas estavam completamente entrelaçadas em meu corpo. Gritava e me contorcia de dor, enquanto eles a puxavam para fora.
— Não vou conseguir resistir por mais tempo! — digo, ofegante e exausto. Clark conseguiu se localizar; ela estava quase perto de mim, mas no instante seguinte desaparece novamente do meu campo de visão. Ao olhar por cima da parede que me prendia no centro do santuário, encontro Clark flutuando acima de nós. Ao descer, ela vem como um furacão, rodopiando, e o ar que sai dela dispersa as neblinas que dificultavam a visão geral. Suas marcas estavam evidentes. Ela corre em círculos ao nosso redor, e as chamas verdes que a envolvem deixam vários vestígios de seu poder enquanto recua. Esses vestígios começam a penetrar na parede, como se a estivessem enfraquecendo. Ela ganha impulso e salta novamente, quase sentando no ar, desafiando a física, formando um triângulo com as mãos. Com esse selo, várias facas de todos os tamanhos e formatos em chamas verdes surgem, e as lança contra a parede, conseguindo penetrá-la até romper por completo, como vidro se quebrando. Cubro meu rosto com os braços para me proteger.
— Ainda não, fracote. — Clark agarra meu braço, tentando me levantar. Passa a mão sobre uma das linhas com sua arma e as rompe. Os homens atiram novas linhas para substituir as danificadas, e um deles se desloca de sua posição, lançando uma das linhas no braço de Clark, envolvendo-a e impedindo-a de se mover, para não danificar o restante das linhas.
— Bruxa, sai daqui. Não vou conseguir andar. — Ela ainda me sustentava de pé com uma das mãos, mas me solta e se vira para o homem que segurava um de seus braços. Agarra a linha e a puxa em direção ao seu corpo, fazendo-o se mover em sua direção como se fosse uma pena, até parar perto de seus pés. Ela se agacha e crava a faca em seu abdômen, e ele desaparece.
— Já disse que ainda não. — O espanto em meu rosto surge; sua determinação é algo extraordinário. Passo a observá-la, com um corte na cabeça e alguns ferimentos resultantes do acidente que tivemos, mesmo assim, ela continua lutando. Ignora meu olhar e segue rompendo as linhas. De repente, uma onda de dor atinge minha cabeça; assim como quando confrontava Rick, consegui prever um de seus movimentos antes que ele o fizesse. A dor é tanta que fecho os olhos e contraio o rosto em sofrimento. Ao fechá-los, vislumbro a imagem do ser inumano vindo em nossa direção e esfaqueando Clark pelas costas. Ao abrir os olhos, assustado, percebo que era algo que se concretizaria. Tudo acontece tão rapidamente que não tenho tempo de pensar, mas antes que ele a alcance, empurro Clark para o lado, me colocando na frente dela, e a lança penetra meu ombro, atravessando minha clavícula. Meu corpo arde em dor, e o sangue escorre. Seguro a lança com minhas mãos trêmulas e ensanguentadas, encarando Clark. Pela primeira vez em seu olhar, percebo o quanto ela se importa comigo. Sua expressão ao me ver ferido por salvá-la a faz entrar em pânico, e meu semblante se entristece junto com o dela.
— Belo reflexo, vamos ver se consegue desviar desse... — Éclon diz, sorrindo.
Clark chuta a lança, quebrando-a. Levanta a lança que ele segurava com o mesmo pé que desferiu o golpe em meu ombro e lança mais um chute com a outra perna, afastando-o. Ambos caímos para o lado. Ela me levanta novamente, retirando a parte da lança que estava cravada em meu ombro, jogando-a para longe. Sentamo-nos, e eu fico apoiado em seu joelho. Enquanto ainda agachada, faz selos, colocando as palmas das mãos no chão, e sua barreira de proteção se ergue sobre nós. Ela me ajeita em seu colo, segurando o ferimento que não parava de sangrar. Seguro suas mãos com firmeza sobre a lesão.
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Jᥲᥒᥱᥣᥲ᥉ d᥆ Tᥱ꧑ρ᥆
Fiksi Umum.... A ambiguidade do início de um ciclo pode gerar incertezas sobre quando se inicia efetivamente, especialmente quando se considera a teoria do caos. Essa teoria se revela na vida de Jake Petrov, um personagem que vive uma luta constante entre a i...
