capítulo XXXV

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Dulce narrando
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Quem eu deveria ser agora? Dulce? Ou Maria?

O grande vestido vermelho ao meu redor, junto aos meus cachos naturalmente avermelhados, juntos ao coque alto, passo uma maquiagem pesada nos olhos, não era comum que as mulheres do meu reino se maquiassem, a cerimônia de casamento foi bastante criticada, porém o jantar real no que depender de mim, será muito pior.
....

O grande salão real estava repleto pela corte, falsos. Era isso oque todos eles eram, sorrisos forçados e parabenizacoes por uma falsa felicidade, olho para meu marido e suspiro, estou agora malditamente casada.

Uma indecisão, me sinto confusa sobre oque sinto, poderia ser um ódio avassalador, mas também uma intensa paixão, droga, eu não deveria me sentir assim por ele, não meu marido e teoricamente inimigo.

_ você não deveria ter entrado na igreja com um vestido vermelho maria_ Christopher aperta minha cintura com força ao dizer isso.

_ e você não deveria me tocar sem minha permissão _ digo pisando com força em seu pé,  fazendo-o me soltar.

_ vai me pagar por isso maria_ diz ele em um grunhido.

_ ah querido você não me conhece bem, mas fique voce sabendo que nunca, nunca mesmo me curvarei a você_ digo o olhando nos olhos.

_ isso e oque nos veremos maria_ ele agarra meu braço com força _ sou seu marido agora é e sua obrigação me obedecer, tanto como esposa, quanto como rainha submissa ao seu rei.

_ posso ter sido obrigada a me casar com você, mas nunca serei sua esposa, e embora você esteja sentado no meu trono por direito voce nunca será o meu rei_ digo e saio de sua presença, embora saiba que não haverá como fugir da noite de núpcias,  sei que posso adiar-la o quando der.

O jantar durou mais algumas horas, tão intediantes como qualquer baile da corte, várias damas e lordes me cumprimentando com sorrisos falsos, e esbanjando uma falsa alegria.

Tudo isso para um casamento arrajado, onde não existe o menor pingo de amor, onde sabemos que tanto Christopher quanto eu estamos sendo obrigados pela igreja e pela corte a  fingir ser um casal apaixonados e felizes.

O baile acaba, e junto dele sinto minhas pernas ficarem fracas quando anunciam aos convidados que Christopher e eu vamos nos retirar, minhas mãos começam a soar e sinto um grande frio na barriga, olho para meu estúpido marido e o vejo sorrir sarcasticamente de lado.

Segurando a ponta do meu vestido vermelho cor de sangue, Christopher segura uma de minhas mãos e me leva em direção ao quarto real,  o maior do castelo, havia dois guardas de vigia na porta, óbvio foram colocados lá pela igreja para terem certeza de que o casamento havia se consumado.

_ agora você e minha maria_ diz Christopher beijando meu pescoço, era estranho não sentir nada? Nem mesmo a excitação de mais cedo parecia existir agora, enquanto suas mãos desciam para meus corpete, o desamarrando lentamente, eu só conseguia pensar que Christopher havia ganhado.

Era isso?, iria simplesmente deixar com que o mesmo se sucunbisse de meu corpo? Derrepente a raiva tomou conta de mim, mais ao mesmo tempo, um plano para que a noite de núpcias não fosse realizada.

_ preciso beber algo_ digo tirando as mãos do mesmo de mim.

_ não irá beber, a quero sóbria e a quero acordada para quando sucubirmos o nosso casamento.

_ devemos brindar_ digo e sorrio maliciosa_ nada como uma terça de vinho para celebrar uma noite de núpcias.

Sem dizer nada vou até o outro lado do quarto onde havia uma jara de vinho, pegando uma das tarças de ouro e a enchendo de vinho coloco junto um líquido feito com a camomila e as sementes do maracujá, uma receita criada por mim, fazia até mesmo os mais fortes soldados adormecerem como donzelas.

Pego outra taça e a encho com vinho, vou até o mesmo e o entrego o vinho com o líquido do sono, o mesmo aceita e a bebe em um longo gole, bebo minha taça calmamente esperando o efeito do calmante funcionar.

Não me preocupei quando Christopher começou a tirar meus vestido, e muito menos quando o mesmo começou a beijar meu pescoço, sinto algo macio em minhas costas e só então percebo que Christopher havia me deitado em sua cama, o mesmo se levanta e começa e tirar suas vestes e fica nu em minha frente.

O mesmo já estava tonto, e antes mesmo que ele pudesse tentar algo a mais comigo Christopher acaba caindo ao meu lado, completamente desacordado, sorrio comigo mesmo, consegui, enpedi que a tao temida noite de núpcias acontecesse, se eu conseguir evitar mais vezes, vou poder contextar o casamento e o anular para sempre.

Me deito ao seu lado na cama e vejo tudo escurecer, alguns longos segundos se passam e vejo uma pequena luz em minha frente.

_ dulce_ uma voz me chama de longe, parecia familiar, ao longo dos segundos a luz vai ficando cada vez mais próxima  e derrepente, acordo em um quarto que me e desconhecido porem familiar.

....

_ ah a donzela acordou_ diz cristian quando desço as escadas da casa de Bob.

_ bom dia para você também cristian_ o mesmo sorri pra mim, me sento ao seu lado e vejo Bob sair da cozinha com uma grande tigela e a pondo da mesa.

_ café da manhã cervido, primeiro as damas_ bob coloca o Bacon e os ovos sobre a mesa.

_ voce poderia ter me acordado para ajudar-lo Bob _ digo e o mesmo me lança um olhar desgostoso.

_ oh querida, na minha residência meus convidados devem ser tratados como realeza, eu nunca lhe pediria ajuda com uma coisa tão simples quanto o café da manhã_ diz Bob se sentando na cadeira a minha frente.

_ Bob nunca me deixou ajudar-lo com a lenha ou de alguma forma ajudar-lo_ diz cristian se servindo com panquecas.

_ como se a vossa majestade soubesse pegar lenha_ diz Bob de forma irônica me fazendo rir.

_ voce e muito hospitaleiro Bob, muito obrigada por nos deixar passar a noite aqui.

_ oh querida, não precisa agradecer, me sinto feliz só de estar ajudando vocês.

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