Capítulo 28

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Nazgûl

Na manhã seguinte, eles partiram antes do nascer do sol e seguiram para o leste, em direção às montanhas enevoadas. Segundo um estranho guia, o refúgio de Imladris estava escondido ali. Após vários dias de caminhada, chegaram finalmente ao Topo do Vento, onde procuraram abrigo antes de continuarem ao longo do rio Bruinen. Deixando-os lá durante a noite, Aragorn disse-lhes que observaria o caminho  à frente deles e os alertou para não atrair atenção. Antes lhes tivesse arrastado consigo, pois seu conselho mostrou-se inútil para eles, pois quando voltou, encontrou-os espalhados e lutando contra um grupo de cinco Cavaleiros Negros. Frodo estava caído em um canto, enquanto os outros tentavam livrar-se dos espectros, que haviam de alguma forma encontrado o portador do anel. Aragorn pegou alguns gravetos e os acendeu com a chama da fogueira feita pelos Hobbits e deu a cada um dos pequenos para que espantassem as vis criaturas.

Quando finalmente viram-se livres, a atenção de Passolargo foi atraída novamente para Frodo, que parecia ter um terrível ferimento no ombro esquerdo, um que por pouco não lhe havia acometido o coração. Seus olhos paralisaram diante do horror de vê-lo caído e sem forças e quando pegou nas mãos a lâmina que o ferira, ela se desfez em sua mão em uma poeira negra, restando apenas o punho da lâmina.

— Temos que sair daqui. — Disse ele. — O mais rápido que pudermos.

Avançaram antes do amanhecer. aragorn deixou Frodo sobre seu cavalo e o conduzia em terra, uma vez que conseguia andar rapidamente, tão rapidamente que estava deixando os Hobbits, cansados para trás.

— Estamos muito longe? — Indagou um dos pequenos. Provavelmente Pippin, que era o mais baixinho e o que mais reclamava.

— Se continuar falando mais que andando, mestre Pippin, provavelmente estaremos mais longe do que o necessário.

— Espero que Frodo fique bem. — Murmurou Sam, que até onde havia observado, era o melhor amigo de Frodo.

Passolargo pensou em responder, mas um gemido baixo de dor vindo do hobbit, que estava sobre o cavalo lhe preocupou. Ele olhou em sua direção e suspirou pesadamente.

— O que há de errado com ele? - Meriadoc se aproximou do amigo. O ferimento não era profundo e Aragorn já havia retirado a lâmina quando a descobriu. — Não deveria estar bem agora?

— Talvez…. — Aragorn pensou por um momento. —Mas é fácil as feridas infeccionarem, embora eu não ache isso.

Na verdade, ele não queria pensar no que realmente estava acontecendo ali. Eles caminharam pela floresta até chegarem a uma clareira relativamente segura. Aragorn pediu que esperassem lá. Frodo não progride muito sem pelo menos um pouco de descanso. Então ele se separou deles novamente e procurou na floresta algo para limpar as feridas do pequeno hobbit até encontrar a planta que os elfos usavam para os ferimentos. “Athelas”.' Athelas tem folhas longas que emitem um aroma doce e forte ao mesmo tempo quando esmagadas, e um aroma pungente quando secas. Eles são a única parte útil da planta. Ele suspirou em alívio ao encontrar a erva e abaixou-se para colher um punhado de folhas, mas seu corpo paralisou ao sentir uma lâmina fria contra seu pescoço.

— Ora! Um guardião distraído na floresta?!

Ele levantou os olhos surpreso ao ouvir a voz de Arwen. Afastou a espada de sua pele e se levantou.

— O que faz aqui?

— Elladan e Elrohir estão mais à frente.

— Não foi o que perguntei. — Aragorn agarrou o braço da elfa, puxando-a consigo para perto do cavalo no qual ela viera. Parecia furioso e talvez tivesse razão. Quer dizer, ela não deveria estar andando por ali, ainda mais com cavaleiros Nazgûl à solta. — Precisa voltar para casa o quanto antes.

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