Capítulo 33

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Suspicions

Houve júbilo quando os guerreiros retornaram da batalha, cansados e feridos em sua maioria, mas ainda dispostos para festejar. Théoden os aclamou como heróis entre o povo de Rohan e lhes deu muitas honrarias. Para Legolas e Gimli, a comemoração virou outra competição, agora para ver quem conseguia beber mais e sem desmaios.

Aragorn decidiu não envolver-se na brincadeira. Ficou em algum canto com seu copo de vinho intocado, baforando  sei cachimbo, quando Eowyn surgiu com um cântaro com o qual servia os cavaleiros. Ele a observou de longe e abriu um sorriso fraco, mas tornou a olhar para o próprio copo, ainda cheio, lembrando-se dos tempos em que bebia com Elladan e Elrohir. Seus irmãos adotivos agora estariam se amontoando ao redor de Eowyn como dois abutres, e provavelmente Legolas os arrastaria para longe envergonhado com aquilo. Ele provavelmente não prestaria atenção nisso. Estaria ocupado com os olhos em Arwen. Ela normalmente prendia sua atenção em quase todos os assuntos.

— Ainda nem bebeu sua bebida! — A voz de Eowyn chamou sua atenção, despertando-o de seus pensamentos. — Já deve estar quente, eu posso pegar outra se quiser… — Ela estendeu a mão para pegar o copo, mas Aragorn o segurou. Suas mãos se encontraram naquele momento e ela sentiu seu corpo esquentar.

— Eu vou terminar essa, obrigado. — Disse Aragorn, trazendo o copo para perto de si. Eowyn pareceu decepcionar-se quando ele quebrou o contato. Ela ficou algum tempo o observando como se quisesse dizer algo, mas seus olhos se perderam nos dele. Aragorn desviou o olhar. — Está tudo bem?

— Eu só… É que… O senhor foi muito corajoso hoje. — Disse ela.

— Me chame de Aragorn. Só Aragorn.

— Certo.. Aragorn. — Ela virou-se para ir, mas tornou a olhá-lo. — Meu tio disse que você lutou com ele contra os orcs de Dol Guldur quando invadiram as nossas terras, mas, ele deve ter se enganado.

— Não. Ele está correto. Théoden era ainda príncipe quando lutamos juntos.

— Mas… Isso… Foi há uns quarenta anos, você precisaria ter no mínimo cinquenta, e ainda assim não faria sentido. — Ele manteve seu olhar sério. Eowyn arregalou os olhos. — Espera você tem?

— Um pouco mais que isso.

— Sessenta? — Aragorn negou com a cabeça. — Setenta? — Novamente errou. — Espera, você não pode ter oitenta!

Ele sorriu.

— Oitenta e sete.

— Ah… Você é um dos Dunedain! Os homens do norte abençoados com vida longa! — Ele assentiu. — Não sabia que ainda haviam remanescentes.

— Bem poucos. — Então virou o copo com vinho na boca e o esvaziou em pouquíssimo tempo.

— Eu… Ah… Eu vou pegar mais vinho!

Ele assentiu e Eowyn desapareceu rapidamente na multidão.

Os rumores da guerra chegaram a Rivendell. Galadriel instalou-se alí após a derrota das tropas de Sauron. Elrond a abrigou em sua casa, e ela lhe avisou que não retornaria a Lórien, mas partiria dalí para os portos cinzentos quando fossem vitoriosos, e mesmo que não fossem, partiriam de mesmo modo.

Naqueles meses, Elladan e Elrohir já não iam mais para fora de do vale, pois as estradas tornaram-se deveras perigosas e seu pai pediu que se mantivessem por perto, eles assim como todo o contingente de guardas. Os meninos andavam preocupados com sua irmã, Arwen, pois quase nunca a viam fora do quarto e quando acontecia, ela não ficava mais que duas horas com eles, sempre alegando estar cansada ou sentir algum desconforto estranho no corpo. Elrond começou a suspeitar que sua filha estivesse doente, o que não era comum para os elfos, na verdade nunca acontecia, exceto se fossem envenenados, mas ele não acreditou que fosse esse o caso. Pediu qie Galadriel falasse com ela, uma vez que Arwen ainda mantinha certa distância e ainda estava chateada por precisar deixar a Terra Média.

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