3 VEZES NÓS - TIME,TEM E TAY

De volta ao hospital

Quando Time chegou,Tay já estava energético resolvendo tudo em relação a internação dos dois.

Macau chegou para tranquilizar os amigos.

—Achei que voltaria para esse hospital só para retornos. E não assim.

—Mantenha a calma. Parece muito ruim mas estamos controlados. Tem sofreu uma luxação no braço e um pancada na cabeça.
A irmã está entrando para sala de cirurgia. Infelizmente não deu tempo de esperar já que a cirurgia é de urgência.
—Parto? Irma?
—Pensei que vocês soubesse.
Time fechou os olhos e colocou as mãos na cabeça. Tinha algo que ele não estava sabendo mas no momento ele só queria saber do marido e que tudo terminasse bem.

Quando Tay voltou, tinha pago tudo que tinha que pagar e estava mais calmo.
—Vai ficar tudo bem- Tay tentava mostrar ser forte-Ja passamos por muita e vamos passar por mais essa.

O relógio insistia em passar lentamente. Quando amanheceu , foram chamado para conhecer o Bebê. Era uma menina, isso eles já sabiam.  Mas era uma bebê tão linda tão linda que todos ficaram sem palavras. A mãe ainda estava na UTI mas por um milagre a criança não precisou ficar.

Como Tem já tinha deixado tudo organizado,Tay só chegou e pegou as bolsas.
Quando deixou a sala. Tay se encostou na parede e chorou. Tem queria tanto participar desse momento do nascimento da criança.

A mãe da bebê, Time e Tay não queria pensar maldade mas estava muito estranho. Somente Tem poderia dizer o que aconteceu quando acordasse.

E ele acordou. Sua cabeça doía tanto. Tanto. Seu braço estava imobilizado e seu corpo pesado.
Mas quando focou a imagem, sorriu porque os dois estavam lá. Ao seu lado.

Quando recebeu o abraço dos dois companheiros, ele chorou de saudades.

Era tantas perguntas. Era tantas coisas.
—Minha irmã?
Tay foi quem respondeu.
—Esta viva. Na UTI mas viva.
—O bebê?
— É a coisa mais linda do mundo. Sua cara.

Tem sorriu. Time mudou de foco. Não ia jogar tudo que estava pensando e querendo saber no marido agora.
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Uma semana e Tem recebeu alta .
A bebê também. Só a irmã que permaneceu.
A emoção de segurar a sobrinha nos braços não tinha como explicar.
Sempre que era questionado sobre o que tinha acontecido naquele dia, ele não falava.
A irmã estava se recuperando bem.
Mas hoje ela teria alta.E Tem não podia mais esconder dos dois os acontecimentos.

—Minha irmã precisa de um tratamento.
— Só se for de choque.
—Prossiga.

Tem não queria revelar mas não iria esconder algo assim dos dois.

—Eu discuti com ela e...acabamos caindo da escada- Aquilo era meia verdade.

—O que exatamente vocês estavam discutindo?

—Ela está neurótica. Acha que eu não mereço a vida que vivo e que tudo que aconteceu foi por minha causa.
—E? A gente sabe que tem mais Tem. Só não lhe pressionamos.
—Ela me empurrou e realmente acabamos caindo. Só lembro de amortecedor a queda e o peso dela sobre a barriga e a dor.

Time deu um murro na parede.  Ele fazia tanto pra proteger o marido mas as coisas continuava acontecendo dentro da própria casa.

—Ainda bem que deu tempo de chamar socorro.

—Eu não chamei. Ela também não chamou.

— Alguem chamou. Isso que importa.

—Eu sei que estão com raiva e eu também estou. Nossa vida está sendo um tormento esses últimos meses mas não posso deixa-la a própria sorte. Temos uma bebê no meio e ela ainda é minha irmã. Sei que nem tenho direito a pedir isso Tay. Mas gostaria de bancar o tratamento dela em uma clínica.

—Se ela quiser Tem. Eu sei que o seu desejo é só ajudar mas se ela quiser. Mas longe de nós.  Por favor, longe de nós.

A bebê estava no quarto. Dormindo. Tem levou para a mãe conhecer. Ela ainda era mãe dela independente.

Quando entrou, encontrou sentada na cama. Ela não disse nada. Tem colocou a bebê no colo.
—Sua filha.

Com esforço ela segurou a bebê. Imaginava como um ser tão perfeito poderia ter saído dela.
Enquanto segurava a criança,olhou pra Tem.
—Eu sinto muito. Eu só...estraguei tudo e quase acabo com nossas vidas.

—Voce não tem total culpa, irmã. Aquela caso ferrou com o seu juízo. Se eu tivesse continuado também estaria perturbada. Mas eu escolhi o lado do bem. Tive meu marido do lado. Você só precisa admitir que precisa de tratamento.

—Tratamento? Pensei que chamaria a polícia Tem.

—Nao vou chamar polícia e nem  os meninos. Mas quero que sai daqui direto para tratamento. Você precisa querer.

Ela beijou a filha que dormia. Roupas limpas. Roupas macias e o cheirinho inconfundível.

—Eu aceito. Mas...não quero essa criança Tem. Nunca quis. Agora sei que você será um pai maravilhoso pra ela.

—Voce está confusa agora.
—Nao! Ela é sua. Não preciso pedir pra você educa-la bem porque sei que com vocês tem ela terá uma educação saudável e ética. Agora pode ir. Eu me viro. Sei que você já deve ter tudo preparado e não quero ficar olhando pra você e lembrando das minhas maldades.

Tem também não pensou muito. Ele estava apavorado com a lembrança deles juntos.
Pegou a criança no colo e foi em direção a porta.

—Nao terá segunda chance. Aproveite e tente ficar em paz. Nós não somos nossa mãe ao menos que você insista em deixar ela dominar você.

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