~
Sinopse
"Eu um vampiro e ela era o sangue mais doce que eu havia cheirado em anos. Eu nunca imaginei que um cheiro assim pudesse existir. Se eu soubesse que existia, eu já teria à tomado há muito tempo. Eu teria vasculhado o planeta por ela. Eu po...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Nora Miller Perséfone
❦ ════ •⊰❂⊱• ════ ❦
04 de marco 2023 Sábado
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Era uma noite de sábado, e eu estava com a Helô.
Minha melhor e única amiga, em uma lanchonete de Nova Orleans, aproveitando nossa folga. Depois de uma semana de trabalho cansativa e um clima tenso em casa, eu precisava relaxar. Meu pai e eu nunca nos demos bem. Ele me culpa pela morte da minha mãe, que faleceu no parto. Nunca escondeu o desprezo que ele sente por mim. Sempre que tem chance, joga na minha cara que sou maior erro de sua vida, que eu deveria ter morrido no lugar dela.
Ele nunca me criou. E quem fez isso foi a Ellen Smith, mãe de Heloísa e melhor amiga da minha mãe. Para mim, ela sempre foi como uma segunda mãe. Heloísa e eu crescemos juntas, estudamos na mesma escola e até trabalhamos no mesmo lugar. Nosso plano agora. É ir para a faculdade — pelo menos assim, o meu pai finalmente ficará livre de mim. Conviver com alguém que deveria cuidar e proteger você, e porém que só te lembra todos os dias do quanto te odeia, e machuca.
Heloísa e eu já estávamos na terceira xícara de café. Somos viciadas na bebida. Para acompanhar, nós pedimos alguns donuts.
— Você sabe que pode morar comigo e com mamãe, não sabe ? — ela disse, me olhando com preocupação.
— Sei, Heloísa. Mas logo vamos para a faculdade, e prefiro morar no campus com regras chatas do que ficar sob o mesmo teto que meu pai. Se pudesse, ele se livraria de mim sem hesitar.
— Não exagera, Nora. Apesar de tudo, acho que ele não seria capaz de algo assim.
— Eu não duvido. — Bebi mais um gole do café, tentando afastar o nó que começava a se formar na minha garganta.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Já passou das dez e meia, quando decidimos voltar para casa. A noite estava fria, e o céu indicava que logo cairia um temporal. E as ruas pareciam mais escuras que o normal. Em Nova Orleans, dizem que nesses becos sombrios os "monstros" mais temíveis saem para caçar. Bobagem. Histórias para assustar os mais ingênuos. Ainda assim, um arrepio percorre minha espinha. Andamos mais algumas quadras até chegarmos à nossa rua. Heloísa e eu moramos perto — há apenas uma casa, entre a casa dela e a minha.
Nos despedimos com um abraço. Espero ela entrar antes de seguir caminho para varanda, ela acena. Retribuo o gesto e sigo para casa. Foi então que eu percebi. Um carro parado quase em frente à minha casa. Fiquei alerta, porém ignorei. E talvez fosse só alguém visitando algum vizinho. Eu retirei a chave do bolso e a coloquei na fechadura. E assim que eu entrei. Eu me deparei com o meu pai conversando com um casal. O homem era um loiro, de pele clara.
Ele vestia calça e camisa preta. E a mulher também era loira, usava jeans escuro e uma blusa cinza. Meu pai me lançou um olhar tenso, minha confusão só aumentou agora.
— Boa noite — cumprimentei, desconfiada.
— Boa noite — o homem respondeu, com um sotaque britânico carregado. A mulher fez o mesmo logo em seguida.
— Você deve ser Nora, certo? — ela perguntou. Assenti com um movimento de cabeça.
— O que está acontecendo ? — meu pai não hesitou.
— Você vai embora com eles. — aquelas palavras fizeram meu estômago despencar.
— O quê ?! — gritei, incrédula. — Por que eu faria isso?!
— Você não tem escolha. — meu sangue ferveu.
— Eu. Não. Vou. Embora. — rosnei, pausadamente.
— Você vai, sim! — ele retrucou, a voz firme.
— Isso está ficando interessante, mas temos que ir logo — disse o homem britânico, como se fosse tudo uma grande diversão para ele.
— Eles podem ir — cruzei os braços. — Eu não vou a lugar nenhum. Subi um degrau da escada, mas não tive tempo de reagir. Braços fortes me agarraram pela cintura. Um pano foi pressionado contra meu rosto.
O mundo começou a girar.
Minha visão se turvou.
E então, tudo escureceu.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.