Nora Miller
PerséfoneEstava nesse momento na cozinha junto com a Karen. Ela e as demais empregadas estavam preparando o almoço, e eu disse que iria ajudá-la. Contra a vontade dela, obviamente! Eu estava cortando os legumes, quando ouço passo entrando na cozinha. Levanto meu olhar e vejo Melaine que se junta a nós, e nos ajuda a preparar o almoço. Isso é até bem estranho!
— Então Nora, o Matteo conversou comigo e disse que te contou toda verdade, e ele também disse que você deseja entrar na faculdade, não é ?
— Sim! Queria fazer faculdade de literatura
— Queria não, você vai fazer! Eu vou me inscrever na faculdade também, e vou lhe acompanhar. Para que nada aconteça com você – Meliane fala, e a minha vontade era de soltar fogos.
— Obrigada Melaine, obrigada! – agradeço, e ela me puxa para um abraço.
— Agora, mandando de assunto, o que está rolando entre você e o Matteo ? – ela pergunta com um olhar malicioso.
— Não temos nada!
— Certeza, Nora ? O beijo que eu vir lá na estufa me mostra o contrário – meu rosto começa a esquentar.
— Eu é.... Eu... – ela me corta.
— Não precisa ficar nervosa Nora, você vai fazer a mesma coisa que o Matteo. Mas com o tempo, vocês irão descobrir o sentimento que há entre vocês – fico meio sem jeito com a suas palavras, e continuamos o que estava fazendo.
Será que eu estou gostando dele ? Não! Foi só um beijo! Ele é bonito, e só me senti atraído por ele. Afinal, isso é normal, não é ? Balanço minha cabeça para tirar esses pensamentos. O almoço já estava pronto. Melaine e eu arrumamos a mesa, colocando os pratos em seu devido lugar. Logo em seguida, Karen e as demais empregadas colocam o almoço.
— Bem, vou informar ao Matteo que o almoço está na mesa – disse Karen, mas ela foi impedida por Melaine.
— Karen, eu acho que a Nora pode ir lá chamá-lo – franzo a testa desacreditada. Não faz isso Melaine, por favor — Vai lá Nora, não custa nada. Anda logo!
Melaine vem em minha direção me expulsando do local, pergunto onde ficava o escritório e ela me explica onde é. De frente ao escritório, levanto meu punho e dou três batidinhas suavemente na porta, ouço um "entre" e eu abro a porta. Matteo estava concentrado olhando alguns papéis, fingo uma tosse chamando a sua atenção. Ele levanta o seu olhar, e franze a testa ao me ver. Meus Deus, que vergonha.
— Aconteceu alguma coisa, Nora ? – ele levanta da cadeira igual rapidamente.
— Não, não aconteceu nada! Vim avisar que o almoço está na mesa! – as palavras quase não sai.
— Ah sim, vamos! – Matteo volta pra mesa e arruma alguns papéis, e logo em seguida saimos. O almoço ocorreu bem. Melaine sempre falava alguma coisa para que eu pudesse me entrosar no assunto. Depois do almoço Matteo volta para o escritório, e Melaine e eu fomos lavar as louças. Em seguida, nós duas fomos até o jardim.
— Nora, o que você fazia quando estava com o Luís ?
— Eu trabalhava em uma lanchonete! – respondo meio cabisbaixa. Estou com saudade de poder ir trabalhar lá. Das minha saídas com a Helô. Meu Deus, como ela deve estar ? Ela deve tá pirando! Já faz dias que eu sair!
— O que aconteceu que você ficou cabisbaixa de repente ?
— Ah, me lembrei dos momentos que passei com minha amiga. Ela e a mãe dela me acolheram nos meus dias mais difíceis. Eu sinto falta delas!
— Por quê não fala com o Matteo para que você possa falar com elas ?
— Não sei se ele vai concordar – dou de ombros — E também, com o David a minha procura. Eu tenho medo dele tentar alguma coisa com as duas para me afetar.
— Entendo! Mas não custa tentar, querida.
|🥀🖤|
Passar o dia com a Melaine foi bom. Ela me contou um pouco sobre ela, e eu pode conhecê-la melhor. Já tinha jantado e eu estava no quarto agora, deitada e fitando o teto, pensando em tudo que acabei descobrindo hoje. Deus, minha vida é uma loucura.
Afasto os meus pensamentos, quando ouço algumas batidas na porta do meu quarto.
— Pode entrar! – a porta é aberta revelando Matteo. Ele me olha de cima baixo, e percebo que ele estava desconfortável. Agora que eu me recordo que estou com uma roupa de dormir um pouco reveladora.
Oh, droga!
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✓ Hades
Fantasy~ "Eu um vampiro e ela era o sangue mais doce que eu havia cheirado em anos. Eu nunca imaginei que um cheiro assim pudesse existir. Se eu soubesse que existia, eu já teria à tomado há muito tempo. Eu teria vasculhado o planeta por ela. Eu podia imag...