Stefan entrou na casa com o irmão, ele não acreditava que aquela vadia tinha entrado na cabeça de Damon.
-Sua vadia miserável. – esbravejou Stefan entrando na cozinha Damon e Lily estavam lá.
- Problema é que eu mostrei para o Damon o monstro que você é. – rebateu Lily revoltada com o filho.
-Eu sou o monstro? - questionou Stefan incrédulo. – Sua...
Stefan não teve como terminar.
-Cala a boca. -esbravejou Damon se aproximando do irmão o ânimo de ambos os vampiros estava exaltado.
Foi quando eles ouviram passos cambaleantes se aproximando na porta da cozinha surgiu a figura pálida e abatida de Elena atraindo o olhar de todos no cômodo.
-Stefa... – a vampira não conseguiu terminar de falar pois tombou para frente e Stefan a segurou em seus braços antes que a noiva atingisse o chão e a pegou no colo de maneira protetora.
Elena bebeu um pouco do sangue da bolsa que Stefan trouxe para ela, sua cabeça ainda doía, mas ela estava bem.
-Então o que aconteceu? – questionou Stefan com seu semblante preocupado.
-Essa é a questão eu não me lembro, eu só lembro de chegar ao consultório, a Lisa minha secretária ainda não tinha chegado, eu sentir o cheiro de sangue e depois um pancada na minha cabeça e eu apaguei, me recordo de simplesmente acordar na porta da mansão e vim atrás de você, amor. – explicou Elena se recostando nos braços de Stefan pois se sentia protegida, Damon de um canto olhava para os dois, ele estaria mentindo se dissesse que não doía ver Elena tão bem e relaxada nos braços de Stefan como se aquele fosse o lugar mais seguro do mundo, coisa que ela nunca sentiu quando estava com ele.
-Não, sabe quem pegou você? – questionou Damon e pareceu que Elena só tinha notado a presença dele naquele instante pois ela se espantou.
-Não, não lembro de nada. – respondeu Elena, encarando o cunhado.
-Eu vou falar, a xerife Forbes para suspender as buscas por você. – disse Stefan.
-Não pode ficar, eu vou. – disse Damon ele e Stefan não estavam bem e ele não queria ficar dentro da mesma casa de Elena. – Eu vou, quanto mais longe de você melhor.
Damon simplesmente se retirou.
-O que foi isso? – questionou Elena.
-Damon deixou nossa mãe entrar na cabeça dele. – respondeu Stefan pensativo e um tanto desgostoso.
-Sua mãe? – questionou Elena sem entender nada
- Muita coisa aconteceu depois que você sumiu, amor. – disse Stefan arqueando as sobrancelhas levemente, eles tinham que conversar.
Damon entrou no bar e sentou no balcão perto da Forbes.
-Elena voltou. – informou Damon de maneira meio debochada.
-Pensei que você estaria mais feliz. – respondeu a mulher loira.
-Ela chegou chamando pelo Stefan. – disse Damon um tanto amargurado.
-Ele é o noivo dela. – disse Forbes.
-Eles estão noivos? – questionou Damon surpreso, Lizie percebeu que tinha falado o que não devia.
-Eu pensei que você soubesse. – disse a mulher terminado o seu uísque.
Damon nada respondeu enchendo o seu copo com bebida.
-Damon, eu não quero ter que me preocupar em encontrar uma trilha e corpos, ok? – disse Lizie seu tom era de advertência.
-Tudo bem, Lizie. – disse Damon bebendo todo o líquido de seu copo de uma vez só.
A mulher somente suspirou e saiu, ela tinha que ir para o plantão da noite na delegacia, ele só conseguia pensar que faltava poucos meses para ela se aposentar e ela poderia ir para Nova Orleans ficar com Caroline e ver as netas crescerem, Lizie e Jo, eram a luz da vida da xerife e a mulher contava os dias para poder se mudar e se aposentar e mimar as netas com uma boa avó deveria fazer.
Damon não sabia quanto tempo ficou ali, mas ele só pensava no noiva de Stefan e em Leah o vampiro segurava seu celular o bar já tinha fechado e o barman tinha ido embora depois de perceber que não conseguiria se livrar do pinguço, Damon se questionava se devia ligar para Leah, ou para Bonnie, ou simplesmente ouvir os recados que a loba tinha deixado em sua caixa postal, mas a imagem de Leah e Sam invadiu sua mente e a raiva e o ciúmes queimou em seu peito, Damon lançou o telefone do outro lado do bar que bateu perto da porta no segundo que ela foi aberta revelando Lily, sua mãe a mulher se encolheu por conta do susto.
-O que está fazendo aqui? – questionou Damon já alterado pelo álcool.
-Sou sua mãe Damon, vim cuidar de você. – respondeu a mulher como se fosse óbvio e se aproximou sentando perto do filho e se servindo com um pouco de uísque. – Então, me conta o que está te causando sofrimento.
-Então, foi assim, eu a vi beijando aquele idiota. - finalizou Damon depois de contar desde o momento que viu Elena pela primeira vez até pegar Leah aos beijos com Sam.
-Damon, talvez você só tenha que entender que essa garota não merecia você. – disse Lily com uma voz mansa e maternal. – Percebe como todos usam você, te colocando como um vilão.
Damon já estava meio bêbado e somente assentiu positivamente, ele somente sentia raiva.
-Eu vou indo. – disse Lily se despedindo. – Quer uma carona?
- Não vou ficar. – disse Damon ele queria beber mais ele tinha que tirar Leah de sua mente.
-Tudo bem. – disse Lily se retirando.
-Garçom. – chamou Damon e o bartender foi até ele. – Mais uísque.
-Você não acha que bebeu demais? – questionou o homem preocupado.
-Eu não pedir opinião. – rebateu Damon de maneira ríspida, mas com a voz já afetada pela bebida. – Eu preferia quando o zagueiro me servia ele não se metia no que não era chamado.
O Bartender serviu o copo de Damon de novo e saiu pisando duro no chão, Damon ouviu a porta do bar abrir e fechar indicando que alguém tinha chegado, o vampiro não se importou em olhar e só olha para a bebida em seu copo suspirando, lembrando de Leah sua pele quente, seu cheiro de canela,, seus olhos pretos determinados.
-Por favor, um uísque. – disse uma mulher se sentando ao lado de Damon no bar a voz da mulher chamou a atenção do vampiro como se fosse uma melodia que o encantava.
O Salvatore olhou para a mulher enquanto o bartender a servia ela tinha a pele cor de cobre como os nativos americanos, seus cabelos era negros intenso e iam até o meio das costas, seu rosto era jovem e ela mexia os dedos tamborinando no balcão como se ela estivesse nervosa, ela lembrava muito Leah mais jovem, Damon piscou algumas vezes, se questionando se o álcool o estava fazendo ver coisas, a garota tinha curva bem definidas e malhadas e era da altura dele e tinha olhos azuis intensos.
-Boa noite, Damon Salvatore. – se apresentou Damon de maneira carismática talvez ele devesse seguir em frente como Leah tinha feito.
-Aly. – respondeu a mulher sem olhar para ele.
Damon notou um anel de noivado no dedo da moça, tinha um diamante.
-Quem é o sortudo? – questionou Damon se esforçando para focar na mulher pois sua visão estava turva.
-Ele é um amigo de infância. – respondeu a mulher que estava visivelmente tensa. – Ele é o amor da minha vida.
Damon bufou de forma debochada e a mulher o olhou arqueando uma das sobrancelhas.
-O amor é uma ilusão. – disse Damon desgostoso voltando a lembrar de Leah.
-Triste que pense assim senhor. Salvatore. – disse a mulher bebendo um pouco de sua bebida.
-Olha para mim, me apaixonei por uma mulher que pisou no meu coração. – disse Damon abrindo os braços de maneira dramática.
-Isso é um risco que se assume ao amar, Damon. – disse Aly ajeitando o cabelo que estava sobre o rosto e o colocando atrás da orelha. – Amar alguém é está vulnerável, você dá ao outro um poder sobre você que mais ninguém tem.
-E isso faz de alguém como eu um fraco. – disse Damon desgostoso.
-Não, isso faz de você humano, nossos sentimentos, nossas escolhas, quem escolhemos ser e entregar nosso coração é o que faz de nosso quem somos. – disse a mulher com o olhar um tanto sonhador. – O amor pode machucar as vezes, mas tenho certeza que você será alguém melhor por ter conhecido Leah.
O silêncio se instalou entre os dois e o vampiro voltou a olhar para o seu copo e foi aí que Damon, mesmo sob efeito do álcool percebeu uma coisa, ela não tinha falado de Leah para a mulher misteriosa.
-Ei, espere... – disse Damon olhando para a mulher que tinha sumido e o único sinal que havia estado lá era o copo de uísque vazio.
-Ei, amigo, estamos fechando. – disse o barman era um homem jovem e loiro tinha olhos verdes e porte atlético.
-Quero, mais um. – exigiu Damon desgostoso, ele não queria voltar para casa.
-Não. Você já bebeu demais. – respondeu o homem, Damon tinha chegado no meio da tarde e já passava das duas da manhã.
Damon pegou o jovem pelo pescoço talvez ele devesse depositar sua frustração em cima de outra pessoa.
-Solta ele, Damon. – ordenou Stefan parado na porta do bar.
Damon encarou o irmão que tinha a testa franzida de preocupação, Damon soltou o rapaz o empurrando.
-O que você quer? – questionou Damon um tanto amargurado.
-Vim te levar para casa. – respondeu Stefan, ele nunca tinha visto Damon daquele jeito, ele sabia que o irmão amava uísque, mas a alimentação de Damon estava sendo somente a bebida e isso preocupava Stefan. -Vamos para casa.
Stefan foi até Damon que teve que se apoiar nele pois estava muito bêbado, Stefan levou o irmão até o carro e o colocou no banco do passageiro e depois entrou dando partida.
-Damon, você tem que sair dessa, cara. – disse Stefan.
-Vai se danar, Stefan, - respondeu Damon irritado.
-Por que você não liga logo para a loba? – questionou Stefan, Damon não queria aceitar que amava Leah para evitar sofrer, mas o homem estava em frangalhos, seus olhos azuis estavam perdendo a vida e ele só vivia bêbado.
-Ela me traiu Stefan. – rebateu Damon desgostoso a imagem de Leah beijando Sam voltou a sua mente.
-Cara, olha pelo que Bonnie me disse quando avisou que você viria, você e ela tinham terminado, então não foi traição. – argumentou Stefan tentando fazer o irmão ser racional.
-Olha, não é porque você perdoou a Elena ter dormido comigo menos de 24 hrs após terminar com você que eu devo aceitar o mesmo. – rebateu Damon com a intenção de machucar Stefan.
Stefan somente suspirou tentando ser paciente.
-Olha, só se faça um questionamento será que se a Leah fosse tão dura em julgar você ela ficaria contigo? – disse Stefan cansado do drama de Damon. – Você julga a Leah, mas o seu passado é muito pior do que o dela e ainda assim ela escolheu te dar uma chance e te amar, acha que isso era motivo mais do que suficiente para que você ligasse para ela e tivesse uma conversa civilizada.
Stefan viu a respiração do irmão se normalizar e se acalmar e notou que ele tinha pego no sono.
-Se continuar sendo um idiota, vai perder a garota, irmão. – disse Stefan, mesmo sabendo que Damon não o ouvia.
Stefan seguia viagem de maneira até desatenta as ruas da cidade estavam vazias e era uma área de mata, foi quando o carro em que estavam os dois estavam foi atingido em cheio pela lateral o que fez o carro capotar algumas vezes saindo da estrada e entrando na água de um lago próximo. Stefan balançou a cabeça tentando se situar e olhou para Damon que ainda estava apagado e aparentemente ferido o carro estava de ponta cabeça, Stefan tirou seu cinto e se Damon ambos estavam molhado o Salvatore mais jovem se arrastou para fora do carro trazendo consigo seu irmão logo os dois estavam fora do carro mais não de perigo, Stefan colocou um dos braços de Damon ao redor do seu pescoço, foi quando ele ouviu dois tiros um que acertou seu peito em cheio o fazendo cair e outro que acertou a barriga de Damon, ambos caíram Stefan sentia o ferimento queimar como se estivesse em chama era o efeito da verbena, o vampiro tentava lutar ao máximo, temendo pela vida de Damon que estava pior que ele, mas seu corpo não o ouvia e logo ele caiu na inconsciência. Damon acordou com a situação estando no chão, ele tentou lutar para se mexer e chegar até Stefan, mas não conseguia, seu corpo queimava por conta da verbena e antes dele apagar viu um homem de roupas escuras se aproximando.
-Ora, ora, ora. – disse o homem não conseguindo esconder sua felicidade. – Lily me mandou pegar um Salvatore e acabei pegando dois. Eu...
O homem não conseguiu terminar pois um grande lobo cinza surgiu de dentro as árvores pulando em cima dele o derrubando não dando tempo para que ele fizesse nada somente o desmembrou com suas presas afiadas o lobo gigante voltou seu olhar castanho para os dois vampiros caídos e choramingou de preocupação, logo o som de olhos se quebrando começaram a o animal diminuiu de tamanho dando lugar a uma mulher de pele avermelhada e nu, era Aly, a mulher se aproximou primeiro de Damon para garantir que ele estava bem, mas também olhou para Stefan preocupada, o tio parecia bem mau. A mulher voltou a focar seus olhos azuis, sua mãe sempre tinha dito que ela herdou aquilo de seu pai e agora vê-lo ali no chão sangrando lhe doía.
-Vai ficar tudo bem, pai. – prometeu a garota colocando a mão na bochecha de Damon. – Você vai voltar para a mamãe.
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Meu pecado- Leah Clearwater e Damon Salvatore
VampireDamon estava em busca de uma nova aventura quando decidiu se mudar para a cidade de Forks, em Washington. Ele estava cansado da indecisão de Elena e sentia a necessidade de recomeçar em um lugar novo. Ao chegar em Forks, Damon não fazia ideia do que...