CAPÍTULO 26

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Gente, me perdoem kkkk
Eu tinha escrito algo, mas não gostei e apaguei tudo... Mas agora o capítulo tá aí e espero que aproveitem!

DANTE

Eu estava prestes a perguntar de onde ela tinha vindo, quando ela desmaia bem na minha frente.

Meu coração foi de zero a cem por minuto.

Ela tinha se machucado?

Corro até Ana com o coração na boca. Sento no chão com ela no colo e coloco minha mão em seu rosto, checando algum machucado e sua respiração.

— Ana, acorda... - dou leve batidinhas no seu rosto com suavidade. - Acorda.

Aproveito esse momento pra admirar seus traços delicados. A pele negra brilhava no sol e eu pude ver que ela usava quase nada de maquiagem. Os cílios alongados, a boca em forma de coração com ambos os lábios cheios...

Eu queria beijá-la.

Deus, eu queria muito isso.

Interrompi meus pensamentos antes que fossem pra um caminho sem volta.

Estava prestes a chamar alguém quando ela começa a abrir os olhos lentamente.

Sabia que podia – e devia – sair dessa situação íntima o mais rápido possível. Mas quem disse que eu realmente queria? Quem disse que queria deixar de tocar a pele do rosto dela? Segurar ela nos meus braços?

Era surreal que eu nem conhecesse ela direito e tinha uma sensação no âmago do meu ser que ela era minha. Que nos conectávamos das maneiras mais profundas que alguém poderia se conectar.

— O que você tá fazendo? – Ela perguntou baixinho com o cenho meio franzido pra mim e começa a se mexer, se libertando do meu toque e eu deixo.

Ela se ajeita e sente de frente pra mim.

— Você tinha desmaiado.

Ana arregala os olhos como se não acreditasse.

— Sério? Foi real mesmo?

Como assim se foi real? Foi muito muito real pra mim.

— Sim.

— Eu já... eu já posso me levantar sozinha. – Ela me murmura e se ajeita antes de levantar e eu também levanto me sentindo estranho sobre isso.

Por que eu não queria soltá-la? Por que ficar tão próximo dela me deixava assim? Como um idiota?

Eu entendia que era ela. A mulher que eu não sabia que esperava e que inicialmente nem entendia. Mas olhando ela nesses últimos tempos... era como se ela estivesse sempre lá.

Minha própria filha que nunca fazia questão das suas antigas babás, nunca chamou nenhuma delas para brincar conosco. Nunca quis incluí-las em nada.

Como não ficar mexido com isso também? Essa mulher mexe não só comigo mas também com a melhor parte de mim que é a minha filha.

— A Maya precisa de alguma coisa? Eu estava caminhando por aqui e fiquei parada observando as flores que são lindas por sinal e acho que perdi a noção do tempo. – Ela fala apressadamente antes de passar as mãos pelo jeans, tentando limpar qualquer resíduo de terra.

— Ela está bem. Provavelmente tentando me achar da brincadeira de pique-esconde que começamos. Logo ela vai me achar aqui com você. Eu deveria me esconder. – Dou um meio sorriso, sabendo que minha filha iria me achar facilmente e me perturbar por isso.

— É, acho que você deveria se esconder também. – Ela fala baixinho e troca os pés. Percebo que ela fica nervosa comigo e isso é bom. Assim ela não percebe que eu também fico nervoso com ela.

Sei que no começo fui um babaca, mas foi o meu instinto protetor em relação a mim mesmo. Foi um susto sentir tanto e tão forte em relação a alguém que eu nunca tinha visto sem ser nos meus sonhos.

Decidido a dar o primeiro passo em relação a seja lá o que for isso, me aproximo um pouco mais dela.

— Você quer participar? Ela vai gostar bastante, até pediu antes.

Ana fica tensa diante da minha aproximação, mas eu só consigo ficar mais mexido com o cheiro dela, a beleza dela.

— Acho melhor não. Acho melhor eu ir embora, como o senhor mesmo disse outro dia, não quer dar entender que sou a interesseira que todos pensam.

Me chuto mentalmente por ter dito aquilo. Eu era mesmo um imbecil.

Ela começa a se afastar e não sei o por que, mas pego no braço dela de leve, fazendo com que esperasse.

Mesmo tendo tocado nela momentos antes, ainda assim senti aquela descarga elétrica dessa conexão louca que temos um com o outro.

— Olha, me desculpa por aquilo. Tivemos péssimas experiências antes e acabei me deixando levar pelo estresse e...

Ana me corta com um aceno de mão e se afasta do meu toque novamente.

— Tá tudo certo! Pode deixar que eu entendo e compreendo tudo. Vocês tiveram várias experiências complicadas mesmo. Olha, eu ia pedir pra sair mais cedo já que vocês estão aqui hoje e...

Ela já queria ir embora?

Eu... Eu não podia fazer muita coisa. Mas queria mesmo? Queria mesmo me aproximar dela?

— Claro, claro. Pode ir que a gente olha tudo aqui. Tirei o dia de folga da empresa pra isso.

Ana acena e vai embora, parecendo levar uma parte minha com ela.

O que foi que aconteceu?

E mais louco de tudo, esqueci de perguntar como ela saiu e ficou olhando tudo se eu também havia acabado de sair pela porta da frente...

MAYA

Papai é sempre melhor no pique-esconde do que eu, mas dessa vez, eu que peguei ele fazendo algo que não sabia se deveria ver.

Ele e a minha babá nova.

A Ana... a Ana é legal. Primeiro eu precisava testá-la. Saber se ela seria má é mandona como as outras, mas não. A Ana sabia de quase todos os meus truques e conversou comigo. Ela até mesmo me ouvia e brincava comigo.

Ela é legal.

Papai também é legal.

Papai cuida de mim, brinca comigo e me dá muito amor. Ele merece alguém legal, mesmo quando me mandava tomar banho e escovar os dentes o tempo todo.

Tinha visto eles escondida no canto da minha casa e gostei do que vi. Me senti bem.

Papai precisava de alguém legal e a minha babá era legal o suficiente.

Bem que eu podia ajudar os dois.

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ENFIM, LIBERTAOnde histórias criam vida. Descubra agora