Você deve estar se lembrando de quando eu falei aqui no livro, da experiência com o demônio de Frustração. E como ele tinha conseguido entrar na minha vida, por duas vezes.
A primeira, destruindo o meu casamento.
E a segunda, me deixando com depressão por cinco anos, por não ter conseguido virar pastor de uma igreja.Essa foi a forma que o Espírito Santo usou pra me curar na minha alma da frustração de não ter virado pastor de uma igreja.
No começo, tive muito medo, mas depois, foi só alegria e prazer. E o mais importante: fui curado na minha alma das marcas que o demônio de Frustração tinha deixado em mim.
Obrigado, Espírito Santo!
"Na cura interior você é o cara!"Não fui e não sou vítima dessa história!
Foi apenas a forma que o Espírito Santo usou para me curar da dor de não ter sido pastor de uma igreja.Vamos lá para a história:
A minha primeira ex-esposa abriu um processo, para querer receber a diferença do valor que eu pagava de pensão. Diferença, e não falta de pagamento. Verdade que era um valor baixo, mas era um valor dentro da minha realidade. Para se ter uma ideia, o valor que a minha ex-esposa queria, era o valor de 100% do que eu recebo de ajuda de custo por mês, como pastor.Ser pastor pra mim, é um chamado; não uma profissão, pra se ganhar dinheiro.
Mas chegamos a um acordo, por meio do qual ela decidiu retirar o processo. Acreditei! Mas, na verdade, foi tirado um dos processos. E, na realidade eram dois processos. Então fui preso no Poupatempo, na hora de tirar a segunda via do RG.
Choque! Choque! Fiquei em choque, mas "inacreditavelmente eu estava em paz."
Fiquei preso e sem comer o dia inteiro. Mas, à noite, eu ia ser transferido pra outra prisão.Antes de ser transferido, tive que passar pelo IML, e foi aí que percebi, que viveria uma das maiores experiência da minha vida. Porque aconteceu algo muito engraçado: como eu estava algemado, todos ficaram me olhando no IML, mas, quando eu voltava o olhar para as pessoas, todos baixavam a cabeça, com medo de mim. Supostamente imaginando o meu crime, mal sabendo que, na gíria criminal, somos conhecidos, como, "ladrões de leite Ninho."
Voltei para o meu "Uber Black," ou seja, o carro da polícia civil, com as minhas pulseiras de prata nos pulsos, com destino à 97ª DP.
Cheguei quase às dez da noite, depois de um dia inteiro sem comer nada. Agora começava a prisão de verdade.
Assim que você entra, você já ouve: "Põe mais água no feijão!"
Lógico, não é literal. É, estranhamente, um sinal de boas-vindas.Fui levado por dois presos, direto para o Kapa; não descobri o significado do nome, mas é onde ficam os chefes da cadeia. Lá dentro dá muito medo, mas, estranhamente, continuava em paz. Lá, ouvi as três regras, que eu nunca podia esquecer, e as quais, pratiquei todos os dias, enquanto estive preso.
As regras eram:
Respeito
Disciplina
HigieneDepois disso, recebi meu "pikua" uma garrafa pet, cortada ao meio, tendo dentro um sabão usado, uma pasta de dente, e também uma escova de dentes, que, me juraram, estava higienizada. Tive que acreditar, né, não tinha outra opção. Deram também uma toalha usada, mas estava limpa, e duas peças de roupas usadas, com um chinelo, também usado.
"Vem!", disse um preso. Ele me disse: "Vou te explicar como proceder na cadeia. Com um alerta: não pode esquecer as regras."
Respeito
Disciplina
HigieneFui atrás dele.
Eu o segui pela praia, corredor na frente dos X, ou seja, as celas. Quando parei em frente o X, ou seja, a cela.Ele me disse: "Todas as vezes, que você for entrar no X, você diz, antes de entrar: 'salve X'. Só depois disso, que você entra." Ficava pensando: "Não posso esquecer."
Salve X!
Salve X!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Conçertamdú ALMAS QUEBRADAS
EspiritualDurante toda a nossa vida, passamos por perdas, dores, feridas, traumas e frustrações. E essas perdas, dores, feridas, traumas e frustrações, ficam escondidas no quarto escuro do meu coração. E com isso a minha alma fica igual um porão, cheios de co...