Capítulo 21

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Anna Carmen

Eu sempre achei María Hernández pior ser humano que pisou na terra, porém, ao ver a expressão diabólica da Paola Flórida. Eu tenho algumas dúvidas na minha mente, depois que acabei de ouvir, essa mulher pode ser mais perigosa e manipuladora do que a Maitê ou a María ou qualquer pessoa que já conheci. Coagindo e brincando com o sentimento de Leôncio para conseguir o que quer. Quer ferir a senhora Hernández, quer ver sangue e lágrimas dela, por outro lado eu entendo a sua real situação. Eu faria a mesma coisa se algo acontecesse semelhante comigo ou com a minha irmã.

Saio antes, não quero que um deles me veja.

Entro na cozinha, encontro Anna Lúcia chorando e fazendo bolo. Brigou com o Bernardo, e desde então está triste, solitária e às vezes chorando, desconfio que ela tem o mesmo sentimento que tenho com o senhor Leôncio. Infelizmente o nosso destino é servir as pessoas e casar com os homens com o mesmo status social.

— Anna Lúcia. — A chamo — Vamos conversar.

Ela sacudiu a cabeça e, abatida, começou a chorar.

— Eu não quero conversar.

Fui em sua direção, fiquei ao seu lado.

— Você gosta do Bernardo? O que ele fez?

— Eu serei apenas uma empregada nesta fazenda? — Olhou para mim — Se for, pra que esforçar tanto na escola? Que saiba os empregados não precisam escrever ou ler, só escrever o seu nome e sobrenome já é suficiente. Então, por que estou me esforçando tanto?

— Você tem um futuro brilhante, Anna Lúcia! A Paola era igual a gente, nasceu como empregada e escapou, tornou-se médica. Foram as escolhas dela que a trouxe novamente, se fosse uma mulher digna e de respeito, ela não sofreria tanto na vida. E você não respondeu a minha pergunta, você gosta do seu patrão?

— Sim! Eu gosto dele, mas ele...

—Te vê como amiga ou filha de empregada?

— Empregada!

— Me conte tudo.

Anna Lúcia contou como tudo aconteceu, enxerguei as suas lágrimas com o pano de cozinha. A sua voz era doída e embargada, realmente ela ama o Bernardo Hernández, porém ela é jovem e esse amor que ela sente é puro e pode acabar no piscar dos olhos. Anna Lúcia é imatura com seus os próprios sentimentos, e o Bernardo é o único menino que ela tem contato diariamente, quando crescer ela pode se apaixonar por outro homem e esse escolhido pode amá-la verdadeiramente.

É apenas um sentimento passageiro e nada demais.

— Anna Lúcia, sente-se por favor.

Puxei a cadeira para ela se sentar, fiquei de joelho olhando-a. Anna Lúcia precisa saber da nossa dura realidade, e o único jeito de sair dessa vida é estudando.

— O que eu vou dizer é bastante dolorido, mas é a pura verdade. Bernardo Hernández nunca será seu, aquele garoto tem um futuro brilhante e está destinado a se casar com uma mulher no mesmo nível do que ele. E você, minha querida, não está páreo para ele. O único jeito de ter uma vida digna e que vai além dessa cozinha, é estudando, ter um diploma, casar com o homem no mesmo nível do que você. Você entendeu?

— Sim!

—Bernardo só é o seu amigo, porque a Soraya não está mais presente na sua vida. Se ela estivesse, agora mesmo você estaria lavando a sua cueca ou servindo cafezinho, então, para de ser idiota e vai estudar.

— Você tem razão! — Se levantou — Vou agora mesmo estudar, e ser alguém na vida.

Nessa hora Bernardo entrou na cozinha.

— Boa tarde, meninas! — Franziu a testa ao ver Lúcia chorando — Aconteceu algo?

— Não! — Respondeu ela.

— Quer brincar comigo?

Seus olhos brilharam de tal forma que pareciam duas joias de safiras.

— Eu quero.

Suspirei derrotada, infelizmente a minha irmãzinha só vai aprender quando quebrar a cara. Talvez, não demore muito, olho para trás. Porque uma das correspondências espalhadas no balcão, tem uma carta destinada a Bernardo Hernández.

💵

O cheiro de álcool que saia da sua boca e a barba escura com resquícios de comida, dava certo nojo. Não sei o motivo porque me casei com o Thiago, não gosto dele, talvez seja o seu corpo ou orgasmo que ele proporciona, estava tão desesperada para ter alguém ao meu lado que casei-me com o primeiro homem que abrir as pernas. O único homem que eu quero, está se rastejando pela uma mulher que a única que ela quer é vingança e ele não percebe isso.

— Quero a sobremesa. — Seus olhos varreram pelo meu corpo — Suspende o vestido e fica empinada sobre a cama.

— Sim, meu marido!

Puxei o vestido azul-marinho até a cintura e tirei a calcinha branca. Apoio os joelhos e as mãos sobre a cama, e esperando que ele me coma. Tirando os modos na mesa, ele é ótimo na cama, e proporciona melhores orgasmos que uma mulher poderia ter. Mas infelizmente não é suficiente, eu quero mais, entretanto. Serei obrigada a cuidar de três crianças pequenas, não sei onde estava na cabeça de criar o Castiel, é isso que dá sentir pena. Não era a minha responsabilidade, já basta criar a Miranda e Anna Lúcia, espero que o Thiago realmente casou-se comigo e não por elas.

— Que buceta morena, é perfeita.

Thiago não tira roupa, só o principal. Ouço o zíper, e logo após o seu pênis passeando entre os meus lábios vaginais. Ele dá um tapa forte no meu traseiro antes de me meter. Cospe na mão três vezes e passa o cuspe no seu pênis, ele é muito mão de vaca pra comprar uma vaselina decente. Thiago começou a preencher o canal vaginal, rebolo suavemente como sei que ele gosta bastante.

— Aaaaaah, isso!

Thiago agarra meu cabelo e puxa para perto dele, minhas costas bateram no seu peitoral duro. A sua outra mão agarra o meu seio esquerdo e aperta fortemente.

— Adoro foder esse buraco.

— E eu adoro ser fudida pelo meu marido.




A vingança de Leôncio - LIVRO 2Onde histórias criam vida. Descubra agora