Leôncio Hernández
Enquanto dirigia nessa estrada escura, a minha mente estava na Paola, tem um sentimento ruim e perverso pairando sobre mim desde que comecei a dirigir. Pela terceira vez estou com medo, medo que a Paola morra por causa dos meus erros e das maldades dos meus irmãos, se fosse possível daria a minha vida por essa mulher. Como a vida é engraçada, Paola morou por tanto tempo debaixo daquela casa e sempre era invisível aos meus olhos, e agora, ela é a mulher da minha vida e mãe dos meus filhos.
Suspiro...
Impaciente, pisei mais no acelerador.
Olho no retrovisor, Thiago e Lennon Vandenberg estão atrás de mim. Por sorte a minha o lacaio de Zeus Lambertini está no País fazendo o seu trabalho e também alguns meus homens estão participando, se der alguma coisa errada do nosso plano pelo menos os nossos filhos estão em um lugar seguro.
Ficarão escondidos até o avião particular da família Lambertini aterrissar no solo mexicano e embora para sempre neste país e ser um cidadão italiano, eu sei que o Zeus não é um homem bom, honesto e não gosta de crianças, principalmente forem órfãos. Mas, sei que ele cuidará muito bem dos meus filhos, provavelmente vai colocá-los no colégio interno e visitá-los uma vez ao ano, essa vida com certeza não se compara a viver no orfanato ou ser maltratados pelos próprios tios.
Ligo o rádio, uma música não cairia mal. Preciso limpar a minha mente antes de negociar com eles e depois matá-los.
{...}
Uma hora dirigindo, finalmente cheguei. O Humberto já estava me esperando do lado de fora, estou decepcionado com ele e comigo mesmo, sempre tratei ele como meu irmão mais velho que sempre sonhei, Alejandro não conta como parente. E fiquei ao seu lado quando a María te traía várias vezes com o Miguel Sanchez e dei todo o dinheiro da María para ele, fui idiota e bonzinho demais, meu pai sempre dizia que não devemos ser amigos dos empregados. Se não eles vão achar que faz parte da família, e como eu sou um filho desobediente, tratei o Humberto Lopez como irmão e fiz o meu braço direito, pra quê? Ser traído, ameaçado e ter a minha mulher roubada.
Paro o carro e desligo, tenho um revólver na minha cintura caso precise e vou precisar. Abro e desço no carro, vou em sua direção sem demonstrar nenhum sentimento que ele possa usar contra mim.
Humberto olha para o seu relógio de pulso.
— Bem na hora, como sempre o meu melhor amigo é bastante pontual.
— Por quê? — Pergunto calmamente — Pensei que nós éramos amigos.
Humberto se aproxima, olho para baixo e vejo que as suas duas mãos estão sujas de sangue. Fecho os meus punhos e tento me controlar, se vacilar, a minha mulher morre.
— Se ficasse no meu lugar pelo menos um dia, saberia porque eu te traí. Eu não era o seu irmão e nem o seu amigo, eu era apenas um lacaio, um boneco nas suas mãos. Nascido e designado para receber ordens .
— Eu não pensava assim dessa forma, sempre te tratei como uma pessoa e não um empregado, até abençoe o seu casamento com a minha irmã louca.
Humberto riu — E levei chifres por parte dela e ganhei um bastardo.
—Se fosse um marido decente ou bom de cama, com certeza a María não abriria as pernas pro outro homem.
— E qual a sua esposa Patrícia? Que me procurava todas as noites porque o seu marido estava ocupado demais para satisfazer a sua querida esposa.
— O quê? Você era amante da Patrícia?
— Sim! — Debocha — Com muito gosto, ainda sinto o gosto do seu clitóris na ponta da minha língua. Ainda lembro dos seus gemidos no pé do meu ouvido, as suas unhas rasgando a pele das minhas costas e implorando para ir mais fundo até sentir o meu pau na sua garganta. Enquanto você meu grande amigo, trabalhava pra sustentar a casa.
Sem perceber deixei a minha expressão vier à tona, lágrimas começaram a descer pelo meu rosto. De novo, estou vivendo numa mentira, estou cansado de criar bastardos.
— Então, isso significa que você é o pai da Guadalupe?
— Sim! Sou pai verdadeiro daquela menina, infelizmente, a Patrícia não obedeceu às minhas ordens, dei uma tarefa bem simples pra aquela anta. Abortar quando dava tempo, no último momento vacilou comigo e teve que mereceu.
— Você matou a Patrícia?.
— Eu tive que fazer o certo, a sua esposinha iria contar pra você sobre o nosso caso. Ela mereceu, virou uma mulherzinha apaixonada.
— Você é um monstro, Humberto.
Humberto ri — Eu? — Apontou pra si mesmo — Por acaso eu tenho uma fazenda cheia de pessoas traficadas? Você não é tão diferente de mim meu caro amigo.
— Você tem razão, sou um monstro igual a você! Vamos o que nos interessa, vamos negociar e acabar logo com isso.
— É assim que eu gosto!
Estou lutando pra não pegar a arma e matar esse filho da puta, mas se fizer isso provavelmente a minha mulher irá morrer. Com certeza, Alejandro ou outra pessoa está dentro do armazém vendo tudo desde começo e rindo de mim. Humberto se virou, respirei fundo e sigo esse estrume. Entrei no armazém, estava um pouco iluminado e sujo, calafrios passou pela minha espinha enquanto caminhava neste lugar. Lembro-me que muitas festas clandestinas eram dadas aqui e também vários assassinatos ocorriam na escalada da noite.
— Leôncio, seja bem-vindo!
Parei de andar quando visualizei Juana parada com os braços cruzados, atrás dela a minha mulher nua e molhada. Uma dor imensa atingiu com força dentro do meu peito.
— Paola? — A chamo — Paola, meu amor, estou aqui pra salvá-la.
Ergueu a cabeça com certa dificuldade, seu rosto contorceu em dor e desespero.
— Leôncio. — O seu corpo tremia bastante, um soluço escapou entre os seus lábios molhados de sangue. — Leôncio, me ajude!
Dei um passo pra frente, senti algo sendo apontado na minha cabeça. Parei imediatamente, engulo a seco.
— Se der um passo a mais, estourei a sua cabeça. — É o Alejandro — Vira.
Com os braços levantados girei o corpo. Fiquei perplexo ao ver a sua aparência, não tinha dentes na sua boca e a mesma estava bastante machucada e inchada, o seu olho esquerdo tinha um pano branco e sujo, cobrindo-o.
— O que aconteceu com você?
Alejandro sorri, dá uma ânsia enorme.
— Apanhei do Humberto — Eu começo a rir — Por quê você está sorrindo? Estava comendo a sua mulher quando ele me flagrou.
Fecho a cara — O quê?
— Foi isso mesmo que você ouviu, eu estava me deliciando com a sua mulher. E a sua boceta continua a mesma, grande, apertada, molhada e o cheiro afrodisíaco. Por que parou de rir? Não gostou da minha piada? Fiquei ofendido.
— Você estuprou a Paola. — Confirmo com a amargura na boca.
— Com muito gosto.
— Vou te matar! — Rosnei.
— Veremos!
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A vingança de Leôncio - LIVRO 2
RomanceContinuação da história "Bela Posse" Leôncio Hernández foi enganado por várias pessoas, a sua ex-falecida esposa fez uma emboscada para manter o seu casamento com o herdeiro do Cartel Hernández com a ajuda da Paola Flórida. Entregar o seu filho que...