Capítulo 29

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Leôncio Hernández

Raiva, desprezo, ódio, angústia e medo, esses sentimentos me consumiam por inteiro quando peguei o telefone para atender a ligação. Estou pagando pessoas incompetentes e gastando dinheiro com elas, não sabe fazer o mínimo de trabalho que são designadas. Duas pessoas saíram do meu poder, e agora, estão tramando algo contra a minha pessoa. Terei que solicitar novamente o serviço da família Lambertini? É vergonhoso demais, um homem desse porte pedindo ajuda pro outro macho. Porém, não tenho outra escolha, mas dessa vez irei matá-los e as pessoas que estão ajudando eles. É coincidência demais, os dois são idiotas e incapazes de pensar, principalmente ter ideias de fugir, os dois nunca entraram em contato um com outro.

Eu mesmo certifiquei esse detalhe.

— Pensou que você me mataria ou eu ficaria preso pro resto da vida, Leôncio?

— Trinta anos, Alejandro. Não seja tão dramático! Onde você está? Vamos conversar.

Houve um silêncio do outro lado da linha, e logo após escutei alguns barulhos aleatórios e depois a sua risada.

— Não sou tão idiota, Leôncio.

— Quem te ajudou?

— Fui eu mesmo, o seu irmão é bastante inteligente.

— Francamente, Alejandro, você é burro pra caralho. Nunca soube a tabuada de multiplicar, dividir e somar, você jamais pensaria algo assim. Quem foi o mandante? Não irei perguntar novamente.

— Você nunca saberá, não agora, talvez outro dia. Só me diz uma coisa, como está a Paola? Aquela fodida, ainda está comendo ela?

Fecho os meus punhos — Não é dar conta.

— Antes de você morrer lentamente com a faca sendo enfiada no seu pescoço, irei comer a sua mulher bem na sua frente. Você escutará os berros dela, o atrito do meu pau sendo enfiado dentro da sua buceta molhada por sangue. Você irá presenciar tudo isso, meu irmãozinho.

— Quanto você quer? É dinheiro? Eu posso te dar.

Outra risada, que inferno.

— Talvez sim, talvez não. Vai depender bastante do meu humor.

— Eu vou te pagar, Alejandro! Antes que você machuque alguém.

Outro silêncio

— É o que veremos! — Desligou.

Arremessei o telefone pela janela, efeito disso, a janela partiu em vários pedaços com a tamanha raiva que estou tendo agora. Os dois fugiram, alguém ajudou, mas quem? Geraldo? José? Ou outra pessoa que não está na lista? Porém, eu sei o que eles querem, querem a única pessoa e por brinde, eu.

— Você iria me contar que a sua irmã fugiu no hospício? E depois descubro pela televisão que o psicopata do seu irmão fugiu do presídio. O que está havendo, Leôncio?

Suspiro, virei para trás. Paola com braços cruzados querendo uma explicação.

— Eu iria te contar, Paola!

— Quando? Quando a sua irmã louca enfiar a faca no meu pescoço? Quanto tempo ela fugiu?

— Algumas dias

— Quantos?

— Acho, duas semanas.

— Duas semanas? Duas semanas que a sua irmãzinha fugiu e eu estou sabendo agora? — Bufou — É Inacreditável. E aposto que eles vão nos matar, não é? Leôncio, eu quero ir embora dessa casa.

A vingança de Leôncio - LIVRO 2Onde histórias criam vida. Descubra agora