Capítulo 28

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Maitê Hernández

Com a minha própria escova de dente, esfrego a cerâmica no chão repetidas vezes. Estou numa missão impossível desde que fui solicitada desde as seis da manhã pela desgraçada da Paola. Ela foi pessoalmente me acordar batendo repetidas vezes na porta com bastante força. Olhei para cima, minha vontade era tirar esse sorrisinho e quebrar todos os seus dentes com o meu punho. Lágrimas acumulavam em meus olhos, era tanto que não dava pra enxergar mais, porém, não irei me permitir que chore na frente dela. Não darei esse gostinho para esta desgraçada, a minha honra já está manchada o suficiente.

— Está sujo! — Apontou com a ponta do seu pé — Nem sabe esfregar direito sua anta.

— Desculpe-me senhora. — Voltei a esfregar com bastante força do meu ódio, cretina e manipuladora. Ontem ela provou a sua influência quando jogou o champanhe no topo da minha cabeça enquanto beijava o meu filho. Infelizmente Leôncio está comendo na palma da mão dela.

— Você fará o almoço.

— Sim, senhora!

— Cala a boca que eu não terminei, você irá fazer galinha caipira cozida, macarrão e arroz, uma comida simples. Mas, antes disso você fará o meu café da manhã.

— Sim, senhora!

— Eu quero, tipo: Agora.

Com dor nas costas e nos joelhos, me levanto no chão. Aperto com força a minha escova de dente, a minha vontade era enfiar no seu olho até chegar no seu cérebro de merda.

— O que a senhora deseja?

— Ovo mexido e café preto — Olha para o seu relógio de pulso — Vadia, você tem dez minutos pra fazer. Estou morrendo de fome.

— Cuidado pra não ficar balofa — Provoquei.

— O que você disse?

— Você me entendeu, foi tem um biótipo de ficar imensa.

Paola agarrou as minhas bochechas e apertou-lhe.

— É melhor segurar a sua língua, Maitê. Eu posso muito bem cortá-lo e obrigar você comer. — Me empurra — Agora faça o meu café, inútil.

— Sim, senhora!

Paola senta-se na cadeira, e fica me vigiando. Se ela não tivesse aqui, colocaria veneno de rato, e depois pularia em cima do seu cadáver, depois cortaria pedaços por pedaços, colocaria numa panela fervente e faria uma sopa, o Leôncio seria o primeiro degustar o prato da mamãe. Ligo o fogão e começo fazer o ovo mexido, é muita humilhação, Maitê Hernández, a rainha do café fazendo café. Fecho os olhos, aguenta Maitê. Se você esteve anos casada com o brocha do seu marido, vai aguentar muito bem os insultos dessa insolente. Quando dei por mim, o ovo já estava queimado. Ignoro o cheiro e ponho num prato sujo que estava na pia.

E sigo a sua direção. Paola virou para atrás e fez cara de nojo.

— Só pelo cheiro, ficou nojento.

Não aguentei e taquei o prato no seu rosto, Paola caiu na cadeira berrando, os ovos queimados estavam presentes no seu rosto. Aproveitei e peguei a faca em cima da mesa, e transferi vários golpes na sua garganta, sangue jorrava em cima de mim.

Ouço um estalo de dedos.

— Sua anta, está surda por acaso? Quero meu café.

— Sim, senhora! — Foi apenas minha imaginação, mas, queria que fosse verdade. — Seu ovo, senhora.

Ponho o prato na frente dela. Ela suspende, cheira e faz cara de nojo.

— Nenhum ovo mexido você sabe fazer? — Jogou o prato em cima da mesa que quebrou.

— Não está no seu agrado, madame?

— Não!

— Então vai à merda.

— O que isso? Que rebeldia é essa?

Me afasto dela, na verdade saio correndo e ouço passos atrás de mim, viro para trás, é a Paola espumando de raiva

— Vem aqui, sua cretina.

Agarrou o meu cabelo e me puxou até chegar no meu quarto, quando chegamos ela me jogou no chão como se fosse saco de batata. Levantei a cabeça para olhá-la, levei uma bofetada tão forte que senti o gosto de sangue no canto da minha boca.

— Vai ser a última vez, Maitê! Na próxima vez, as moscas sairão na sua boca.

Pegou a chave da porta e saiu, ouço o trinco sendo fechado. Desesperada me levanto, começo a bater na porta várias e várias vezes.

— SOCORRO!












A vingança de Leôncio - LIVRO 2Onde histórias criam vida. Descubra agora