Capítulo Oito. - Eu não acredito nisso.

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Meus pais passaram pelo portão de desembarque. Minha mãe estava com um sorriso estonteante no rosto, acho que nunca a vi tão feliz desse jeito.

— Oh, minhas princesas, como vocês estão lindas! — Disse ao nos dar um abraço triplo.

— Faz nem duas semanas desde que nos vimos, mãe.

— Queria que Eloise pudesse dizer o mesmo — fez drama.

— Sabe que ando muito ocupada com...

— O trabalho, todos nós sabemos.

— Não ligue para os dramas da sua mãe.

— Drama? Eu não faço isso!

Não contive uma risada. Dona Fátima me olhou com um olhar aterrorizante e logo me recompus.

Meu pai me puxou para um abraço que correspondi no mesmo instante.

— Senti falta da minha caçula. — Afagou meus cabelos.

— Da nossa caçula, Dom, nossa caçula.

— Também estava com saudades de vocês dois — dei ênfase nas duas últimas palavras. Eles são bastante ciumentos.

— Ei, também estou aqui!

— Sem dramas Evelyn, eles vêm a sua cara todos os dias — provoquei.

O caminho até o carro foi um embate sobre afetos. Adoro ter uma família dramática, é extremamente engraçado.

O resto dos convidados iriam de van até o hotel, a família de Ítalo já havia planejado tudo para receber os seus convidados da melhor maneira.

— Vocês não sabem com o que eu sonhei na viajem até aqui!

— Com o quê? — Evelyn balbuciou enquanto se concentrava no trânsito.

— Com um neném em meus braços, acho que era um neto ou uma neta. — Seu rosto se iluminou. — Você está grávida, Evelyn?

Minha irmã se engasgou.

— Não, não estou.

— Pelo menos por enquanto. — Sorri travessa.

— Eu só quero pensar nisso daqui à alguns anos.

— Nós não escolhemos o tempo, filha. Quando me casei com seu pai não planejava engravidar nem tão cedo, mas olha você ai!

— Por que tem que ser eu? Eloise também pode engravidar a qualquer momento.

Tossi.

— Eu sou uma solteirona, me tire dessa. E além disso, não quero ter filhos. O meu foco é...

— No trabalho — todos falaram em uníssono.

— Do jeito que vocês falam parece que sou uma obcecada.

— Mas você é.

— Você puxou ao seu pai, querida.

Ele balançou a cabeça com um sorriso divertido nos lábios.

Minha mãe chorou de emoção assim que viu a Torre Eiffel, e os olhos do meu pai se iluminaram.

Não demorou muito até chegarmos no hotel. Eles se acomodaram no quarto, se arrumaram, e logo saímos para almoçar. Decidimos tirar o resto do dia para os mostrar os lugares que tuiristamos no dia passado.

O rosto da minha mãe se iluminava a cada esquina que entrávamos. O meu coração se aquecia em ver a alegria de meus pais. Espero um dia ter condições para os levar para conhecer todos os lugares do mundo.

Me odeie, mas me ame.Onde histórias criam vida. Descubra agora