Cap 77 - Árias

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Ooolá!

E sejam muuuito bem vindos ao primeiro cap do mês de Novembro de Missão Ágape - Arco 2!

Então sem mais delongas, rumbóra pro cap!
Divirtam-se. ;)

O canto tinha uma melodia envolvente, algo na sonoridade, a quem ouvisse, fazia seu coração doer pelos sentimentos que a canção conseguia expressar

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O canto tinha uma melodia envolvente, algo na sonoridade, a quem ouvisse, fazia seu coração doer pelos sentimentos que a canção conseguia expressar.

Ainda mais quando o dono da voz interpretava com a intenção de mostrar a todos a sua dor, os seus maiores medos, naquela coragem de mostrar aos quatro ventos que não temia que o achassem fraco por expressar o que havia em seu peito.

E aquela voz lhe parecia tão familiar... não, não era isso, era a canção.

"...meu peito arde sem ao menos ter esperança/ de que algum dia terei outra vez aquelas boas lembranças/ de nós dois, somente nós dois/ quando passavamos horas e horas/ trocando olhares e palavras / mergulhados em um amor que terminou numa aurora/"

Era Apolo. Sua voz era grave, firme, tinha algo que puxava qualquer atenção para ouví-lo, como nas lendas de sereias e seu cantos que atraiam suas presas para capturar e jogá-las ao seu destino cruel.

James se sentia preso, mas não sentia nada relacionado a alguma atração carnal, era algo... como uma lembrança, um acontecimento que ainda trabalhava para superar, mas não se recordava do que era, mas seu peito parecia que sim.

O deus tocava uma lira, seus dedos iam e vinham nas cordas deixando vibrar cada corda afinada e cada nota específica para aquela canção melancólica que preenchia o convés no mesmo estado. Até as luzes das lamparinas estavam mais amenas, deixando o local mais intimista, ainda mais porque o sol já tinha se ido, dado o lugar para as infinitas estrelas que se refletiam no mar parado junto da lua crescente.

Kýrios estava com um olhar perdido, havia uma taça em sua mão que quase caía, não estava cheia, mas tinha ainda um conteúdo que ameaçava transbordar por causa do angulo inclinado em que se encontrava entre seus dedos.

Já Artemis, tinha subido para uma das pilastras, olhava o céu, mas hora ou outra mirava sua atenção para o deus do amor, e quando fazia isso, franzia o cenho, e desviava seu olhar ao mesmo tempo em que corava.

Três deuses, e três corações em sentimentos tão mundanos e traiçoeiros que não eram imunes mesmo sendo quem eram.

Era isso o que James viu quando pisou no convés e se deparou com aquela cena, sentindo em seu peito uma espécie de tristeza, pena e aperto, respectivamente para cada deus.

— Ah! Finalmente vieram. Conseguiram resolver tal "nescessidade"? — sorriu Apolo, de modo simpático, parando de tocar a lira e a pousando em seu colo.

— Vamos dizer que sim. Mas antes que pense alguma coisa eu...

— Não precisa explicar. — interrompeu o deus, lhe sorrindo mais uma vez — Sente-se de volta aqui, James. Ainda nem aproveitou de minha hospitalidade. — disse, dando um tapinha na almofada ao seu lado.

Missão Ágape (BL) - Arco 2Onde histórias criam vida. Descubra agora