28. Verdade

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> Daisuke

  A semana havia chegado ao fim, e isso era gratificante. Para mim, a pior parte não era estudar, mas sim acordar cedo. Mesmo que estivéssemos no verão, levantar de manhã era uma tortura sem fim. Foi até uma boa ideia do Haru em ir nadar hoje, já que daqui algumas semanas o verão termina e seremos açoitados diariamente pelo frio congelante do inverno.

  Me levanto da cama, havia acabado de acordar, e acendo a tela do celular para ver a hora. O relógio marcava 13:00, então saio do quarto e vou para o banheiro, ainda cambaleando devido ao sono. Após escovar os dentes e lavar o rosto, vou para a cozinha e pego uma fatia de pizza que havia sobrado de ontem à noite e como. Pizza do dia seguinte era minha religião.

  Retorno para o quarto e me jogo na cama novamente, após pegar o celular para olhar as mensagens do grupo, que saiu de "Estudos Ambientais" para "Idiotas sem rumo".

  "Idiotas sem rumo 😎🤙🏼"

Izumi: bom dia pessoal, que horas vocês vão?

Haru: o vagabundo do Daisuke deve tá dormindo ainda

Katsuo: Provavelmente.

Izumi: vai que horas, Katsuo?

Katsuo: Eu não sei, quando vocês forem.

Izumi: aí meu Deus. Haru, me ajuda.

Haru: que foi?

Izumi: meu pai quer me levar, mas eu já comprei as bebidas, se ele ver isso ele me mata

Haru: você colocou onde?

Izumi: em um cooler com gelo

Haru: tenta esconder na mochila

Katsuo: Por que não deixa as bebidas?

Izumi: NÃO!! As bebidas são essenciais

Haru: faz o que eu falei, coloca na mochila e enrola algo no meio delas pra não baterem uma na outra

Izumi: tá legal, vou fazer isso

Daisuke: bom dia

Haru: bom dia? são quase duas da tarde
vai vir que horas, três da manhã?

Daisuke: jaja tô indo
acordei agora, fui dormir tarde ontem

Haru: ficou a noite toda batendo punheta pro Katsuo?

Daisuke: cara, vai se ferrar

Izumi: tô saindo de casa agora

Katsuo: Eu também.

Haru: só falta você vagabundo
vem logo, Daisuke

Daisuke: não

Largo o celular na cama e vou me trocar. Abro a porta do guarda-roupa e pego uma bermuda florida roxa e uma camiseta preta, em seguida visto e coloco o chinelo. Tranco e apartamento e entro no elevador, estava extremamente calor. Não percebi antes porque o apartamento todo tem ar condicionado, o que ameniza o calor.

Vou até o estacionamento e procuro pelo carro da minha mãe. Eu havia pedido para que ela o deixasse para mim usar hoje, então ela foi trabalhar de Uber. Em pouco tempo, chego na casa de Haru, e todos já estavam lá. Estaciono o carro na frente da casa dele e abro o portão, subindo os três degraus e chegando até a porta de entrada. Assim que a abro, Sika vem me receber com várias lambidas nos pés.

Lágrimas de um AnjoOnde histórias criam vida. Descubra agora