33. Plano quase perfeito

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> Narrador

  O vento frio entrava pela janela, fazendo com que toda a sala ficasse com um aroma gelado. Daisuke vai até ela e a fecha, impedindo o frio de entrar mais uma vez. Mesmo que ainda estivessem no outono, as temperaturas já haviam começado a baixar diariamente cada vez mais.

  O garoto apanha a mochila que estava sobre o sofá da sala e vai em direção à porta do apartamento. Haviam vezes em que ele ia para a escola caminhando, o que levava um período um tanto longo de tempo, mas devido ao horário e o clima frio, decidira ir de táxi desta vez.

  Ele desce do carro amarelo em frente à escola e logo se arrepende de não ter pego um casaco, pois havia pensado que em poucos minutos o tempo melhoraria.

- E aí - Daisuke estende a mão para Haru, que o cumprimenta após tirar os fones de ouvido azuis. - Izumi não veio de novo?

- Pelo que parece, não.

- O que acha de ligarmos pra casa dela? Já que ela não atende o celular.

- Boa ideia.

  Haru tira o celular do bolso da calça e o liga, procurando o número da casa da garota. Daisuke acha estranho ele já ter o número, pois nunca havia tido motivos antes para que ele ligasse para a residência dos Hashimoto. Pelo menos não um motivo que ele soubesse.

  "Residência dos Hashimoto, em que posso ajudar?"

"Olá, eu sou Haru Saito, amigo da Izumi, ela está?"

"O que você quer?"

"Eu percebi que ela não vem à escola faz alguns dias, queria saber se ela está bem."

"Ela está muito bem. Posso ajudar em algo mais?"

"Será que posso passar aí para vê-la? Eu e outros colegas estamos preocupados, não conseguimos falar com ela desde..."

"Não vai ser possível, tenha um bom dia."

A ligação é encerrada, então Haru guarda o telefone no bolso, indignado pela falta de educação do homem que estava na linha.

- É o pai dela? - Daisuke pergunta, não sabendo se Haru sabe mais que ele sobre a vida pessoal da garota, já que ela não costuma falar muito sobre a família, principalmente sobre o pai.

- Eu não sei.

  Os garotos olham para o lado em sincronia ao perceberem Noriyuki entrar na escola, em seguida se entreolham.

- Ei, eu tive uma ideia - Haru diz, em um tom de voz exatamente baixo, quase cochichando. - Vamos até a casa dele investigar.

- O que, você tá maluco? Tá pensando em invadir?

- Não é invadir, é apenas entrar sem ninguém saber - o sinal toca, então vários alunos começam a correr para conseguir entrar a tempo, respeitando a rigidez da escola com horários.

- Cara, a gente pode ser preso.

- Não vai acontecer nada, relaxa.

- Temos que ir pra sala, o sinal já tocou.

- Vamos cabular aula hoje, temos uma missão - ele sai andando em direção oposta da escola, sendo seguido por Daisuke.

- Não tô acreditando, você tá achando que estamos em um filme de ação? Você não é detetive, sabia?

- Foi você mesmo quem disse que devemos fazer alguma coisa. Chama um táxi aí - Haru para de andar e se senta em um ponto de ônibus.

- Pra onde vamos? Você nem sabe onde fica a casa dele, ou sabe?

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⏰ Última atualização: Jan 27 ⏰

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Lágrimas de um AnjoOnde histórias criam vida. Descubra agora