Uma aldeia de humanos

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Pov. Narrador

Começava a anoitecer e os lobos começavam a se reunir para pegar suas coisas e sair dali o mais rápido possível , o lobo branco ainda sentia um pouco de dor e queimação no lugar onde havia sido golpeado , ele teve dificuldades de se levantar do chão sem sentir dor , por mais que estivesse sentindo um incomodo ele teve que caminhar para junto com os outros lobos sair dali.

O tio de Toty ia na frente guiando o restante do grupo enquanto o lobo branco ia atrás junto com o seu pai que tinha dificuldade de acompanhar o grupo por conta da flechada que havia levado anos atrás e com o seu irmão que ficava o tempo todo ao seu lado.

O lobo branco ia caminhando um pouco curvado pressionando a pata sobre o ferimento e tentava não fazer movimentos muito bruscos para não sentir dor.

Estava começando a ficar tudo mais escuro e era até possível começar a escutar as corujas começarem a cantar , a mãe dos dois lobos levava um lobinho recém nascido no braço que ia mamando enquanto eles seguiam a viagem , a loba branca saiu de onde estava ficando perto do lobo negro e de seu irmão para ajuda-los

O lobo branco parando perto de um local com um galho caído no chão se sentou para descansar um pouco.

- Levanta daí e caminhe ! - disse o seu pai.

- E só um minuto, eu estou apenas descansando um pouco - disse o lobo branco pressionando a pata contra a ferida.

- Levante e caminhe , ninguém está parando para caminhar ! - disse o seu pai.

- Pai o senhor pode ir na frente nos três os alcansamos - disse o lobo negro em defesa do irmão.

- Levante daí agora , só vamos parar quando estivermos bem longe do perigo - disse o pai.

Contra a gosto o lobo branco teve que se levantar e voltar a caminhar junto com os outros lobos caminhando perto do irmão e da loba branca , o pai dos dois lobos ainda estava bravo com os dois e o lobo negro abaixava as orelhas sempre que o pai o encarava.

O tio de toty indo na frente fareijava bem o ambiente e suas orelhas ficavam em alerta tentando captar algum perigo , só era possível escutar corujas cantando e barulhos que pareciam ser de lebres entrando e saindo de suas tocas.

- Não seria melhor acamparmos e caçarmos algo para depois? - disse um lobo para o tio de Toty.

O tio de Toty pensou em considerar aquela sugestão até porque seus instintos de lobos não deixariam preza alguma escapar mas o lobo estava em alerta máximo e só se sentiria seguro quando todos já estivessem bem longe de perigo.

- Não, só vamos parar quando estivermos longe de perigo - disse o tio de Toty fazendo o grupo continuar caminhando na floresta noite a dentro com alguns lobos já começando a se sentir sonolentos e cansados , o lobo branco pedia que eles pudessem parar pois não aguentava mais ter que andar e ainda mais sentindo dor , o lobo negro fazia um esforço para se manter acordado e quando estava quase feixando os olhos de tanto sono o seu pai puxava a sua orelha para o manter em alerta.

- Não seria melhor pararmos e acampar-mos , já caminhamos o bastante - disse a mãe dos dois lobos já sentindo cansada e com sono depois de tanto caminhar e ainda levar uma criança nos braços , o tio de Toty foi inflexível mesmo vendo alguns lobos bocejando de tanto sono e cansados.

E o grupo caminhou mais dois km noite a dentro naquela mata escura , quando o tio de Toty sentiu que o perigo já estava longe e que os lobos já estavam nas suas últimas, caminhando como zumbis foi que ele descuidiu acampar.

- Acamparmos aqui ! - disse o tio de Toty depois de o grupo chegar em uma clareira , próxima a um rio de água caudalosa , a corrente da água era tão forte que era possível escutar o seu barulho.

O Lobo e a Raposa 🦊🦊Onde histórias criam vida. Descubra agora