A professora de anatomia e a estudante dedicada, uma faísca de desejo e tudo foi por água abaixo. Mas será que elas estão prontas para lidar com essa situação? Será que elas realmente podem dar certo juntas?
Após algumas horas esperando e diversas tentativas de entrar, a médica finalmente apareceu, eu estava sozinha esperando por ela, Irene estava resolvendo muitas burocracias no campus e não poderia vir antes da noite, a médica era conhecida.
— Doutora, como ela está?
— Manoban, como vai? Tenho boas e más notícias, vou começar pelas melhores.
— Por favor!
— Conseguimos conter o sangramento, a senhorita Park já está descansando e em breve poderá receber visitas.
— Graças à ciência, o que mais? Eu já posso entrar?
— Claro, me acompanhe.
Seguimos para dentro do grande corredor branco e minhas mãos molhadas de suor tremiam, a sensação de já ter vivido algo similar me tirava o ar.
— Ela está bem, está medicada e descansa agora, ela teve um descolamento de placenta ocasionado pela queda de progesterona do organismo dela, você vai precisar ficar de olho nela durante essas 24 semanas restantes, ela precisa de descanso absoluto, repouso 100%, o bebê de vocês está incrivelmente perfeito, tudo certinho, mas a saúde da senhorita Park não é a melhor.
Ouvi tudo atentamente, eu agora só precisava vê-la e acalmá-la, eu iria cuidar de tudo. Entrei na sala vendo a loira com os olhos atentos em direção a porta, ela já esperava por mim. Me aproximei com um sorriso calmo.
— Hey... Como está se sentindo?
Eu senti uma fisgada no peito ao ver seu rosto pálido e ao observar seu corpo com um olhar clínico eu pude ver como ela estava cheia de sinais de que algo estava errado, como eu não percebi antes? Ela parecia magra demais para quem estava gerando um bebê, tenho certeza que tem se alimentado mal e provavelmente com rotinas de estudo que lhe deixam exausta.
— Oi... Nada mal. E você?
Ela sorriu fraco e peguei sua mão enquanto acariciava seus cabelos. Me sentei na pontinha da maca e deixei um beijo em sua testa, me afastei um pouco receosa para fazer aquilo que a semanas eu me imaginei fazer, eu precisava daquilo.
Abaixei minha cabeça até deitar sobre sua barriga olhando nos olhos dela, se tivesse algum sinal de desconforto eu pararia. Segurei e acariciei por cima dos lençóis finos do hospital. Senti seu corpo tremer em um breve riso ao me ver naquela posição.
— Ei, pêssego, tudo certo aí dentro? Faz quanto tempo que você já está aí mesmo? Desculpe, pequeno, eu sou péssima com datas.
— Hoje completamos 17 semanas.
— Ah, olha só, o primeiro susto que você me deu foi tão cedo, não? Não sei porquê, mas sinto que você vai ser um carinha que vai dar muita dor de cabeça para suas mamães.
Senti algo cutucar de leve em minha mão e pensei ter sido uma risada ou um movimento involuntário da loira.
— Oh meu Deus Lisa, você sentiu isso?
Levantei minha cabeça com os olhos arregalados ao sentir novamente um movimento quase imperceptível quando apertei um pouco mais meu toque em sua barriga. Pisquei umas 5 vezes e senti uma corrente elétrica que saiu da palma da minha mão percorrer todo o meu corpo levando consigo um arrepio de todos os cantinhos da minha pele.
— Mas você é tão pequeno, como pode ser tão forte meu amor?
E sem nem pensar, deixei um beijo sobre a barriga da garota que me olhava com os olhos molhados, eu não sabia explicar o que eu senti, mas foi algo muito bom, bom demais.
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