19 - Park JaeChan Manoban parte 1

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Rosé P.O.V.

Algum tempo depois...

- Anda logo Jennie, se Lalisa não aparecer em 5 minutos aqui o filho dela vai aprender a chamá-la de vacilona no lugar de mamãe.

- Calma, Rosie, respira, vai ficar tudo bem! Não vai? Vai é claro que vai, respira Jennie, é só um bebê, você estuda pra ser médica porra.

Jennie tremia mais que um pinscher raivoso, mas não era raiva, era nervosismo. Estávamos sozinhas em casa quando minha bolsa rompeu, as contrações estavam me matando, esse menino quer sair de qualquer forma daqui. O problema é que o nervosismo da minha melhor amiga lhe impede de poder dirigir, e eu até prefiro que ela não tente nessas condições.

- Jennie, olha pra mim. Está tudo bem, okay? JaeChan vai ser um bom menino e OOOUCH! VAI ESPERAR PELA MAMÃE LALISA SIM, ACALME-SE GAROTO!

- Alô? LALISA PELO AMOR DE DEUS, SEU FILHO PORRA, VOCÊ TEM 2 MINUTOS E MEIO PRA CHEGAR NESSA CASA ANTES QUE ESSE MENINO SAIA CORRENDO DAQUI PRA TE BUSCAR PESSOALMENTE!!!

Eu queria muito rir, eu até tentei mas fui pega por mais uma contração, esse menino não está para brincadeiras. Por favor filhinho, tenha dó de sua mãe, você logo vai poder estar aqui fora, só tenha um pouco de paciência até que a mamãe Lisa chegue.

Pensei em mil coisas que poderiam acalmar meu pequeno e nenhuma delas eu poderia fazer agora. Ele estava bem bagunceiro nos últimos meses, o fato de Lisa ter se mudado para outro lugar agora que minha gravidez não oferecia nenhum risco para o bebê, deixou meu pequeno Jae completamente irritado.

Como acalmar um bebê que está acostumado a dormir dentro da minha barriga ouvindo Lalisa o ninar? Era quase que mágico o efeito que a voz dela tinha sob o nosso filho, sempre que ele estava agitado por algum motivo era só Lisa falar com ele e pronto, ele ficava quietinho e tentava ficar o mais perto de onde a voz dela vinha. Tivemos algumas várias noites que eu só consegui dormir depois de fazer uma chamada com a Lisa.

- Toma, ela pediu pra falar contigo.

Jennie me entregou o celular no viva-voz enquanto voltava a secar o suor que insistia em nascer no meu rosto, eu estava com um vestido longo deitada no nosso sofá, tentando achar uma posição que não me deixasse com dor a cada contração mas era impossível.

- Ei, loirinha, como está se sentindo?

- Eu espero que você já esteja dentro do carro. Por favor, Lisa, eu não aguento mais.

- Você só pode estar brincando comigo. Se tem alguém que eu conheço que pode passar por isso é você, loira. Não é Jennie?

- É sim, meu amor, você consegue.

- Aah, por que seu filho está me dando tanto trabalho, Lalisa? - Eu mal conseguia respirar entre as palavras, a dor era realmente muito intensa.

- Jennie, qual o tempo entre as contrações?

- Cerca de 7 minutos entre contrações, cada contração dura aproximadamente 20 segundos.

- Está com seu celular aí? Coloca um cronômetro para termos certeza. Rosie, estou no trânsito, vou chegar em alguns segundos.

- Fale com ele, Lisa. - aproximei o celular da barriga, aproveitando um intervalo de contração.

- Ei, meu amor, você está com pressa para sair daí, não está?

Desde que Jennie me passou o celular com a voz de Lisa ecoando pelo cômodo, parece que nosso pequeno ficou ainda mais impaciente para vir ao mundo.

- Olha só, vamos com calma para não machucarmos a Omma? Ela está tão ansiosa quanto eu para poder segurar você nos braços, tia Jen também, mas agora precisamos que você seja mais paciente, meu anjinho.

Eu senti o pequeno se remexer mais um pouco e senti meu corpo doer, não sei se ele conseguiu entender o recado da mamãe, mas parece que isso só o estimulou a querer sair.

- Lisa, vou levá-la para um banho, a porta está aberta, por favor não demore.

- Certo, prepare a banheira, ela vai conseguir relaxar melhor e as dores irão acalmar na água levemente morna.

Jennie em poucos minutos voltou do banheiro com algumas toalhas e um roupão para que eu pudesse usar, o clima hoje estava um pouco quente mas na medida certa, o que me deixava feliz já que parece que meu pequeno decidiu escolher o dia do nascimento contrariando a sua médica e até mesmo sua mãe doutora.

Subimos as escadas dois degraus por vez, Jennie estava mais calma, ela vinha estudando muito sobre parto junto com a Lisa, ela dizia que estaria pronta para auxiliar o parto do pequeno caso acontecesse algo, sempre em um tom de brincadeira e eu tenho certeza que ela não esperava que isso pudesse de fato acontecer.

Fiquei somente com uma camiseta da Lisa, larga o suficiente para me dar uma boa mobilidade dentro da água, era o que eu alegava quando vestia ela, mas a realidade é que eu estava extremamente nervosa e precisava sentir o cheiro dela perto de mim o quanto antes para ter mais segurança de que tudo ficaria bem.

Qual é o preço da luxúria? - Chaelisa G!POnde histórias criam vida. Descubra agora