Qual é o preço da luxúria? - Chaelisa G!P

22 - Festa

- Já dizia Paloma Faith, Only love can hurt like this. - Jisoo bateu em minhas costas quando eu travei olhando a loira, ela sabia dos meus sentimentos pela Rosé e sempre que podia me torturava falando como minha vida era triste sem ter ela, eu sabia qual era a intenção dela com isso, ela sabia que eu odiava ser contrariada, sabia que eu só precisava de que alguém duvidasse para que eu provasse o contrário, e ela sempre duvidou que eu me declararia para a loira.

E pela primeira vez na vida eu fui covarde, como não poderia ser? Ela estava feliz e eu sei o quanto ela gostou de mim enquanto eu ignorei os sentimentos dela por medo, então eu não poderia ser uma filha da puta de uma egoísta e simplesmente querer tirar ela do mundo encantado para alimentar o meu ego, certo?

- Cala a boca, alguém vai te ouvir, quer acabar com a festa de um ano do meu garotinho?

- Eu não falei absolutamente nada demais, apenas fatos, você fica aí se torturando olhando elas viverem esse romancezinho de quinta e prefere ignorar o fato de que a loira te ama.

- Jisoo, já disse pra você parar de fazer essas suposições idiotas. Ela está bem, está feliz, olha? Tá vendo aquele sorriso? Como eu poderia intervir? Sem chances, Chu.

- Você é besta ou se faz? Ela pode ter os mais diversos sorrisos ao lado da Bae, mas é quando ela está olhando pra você com o pirralho que ela suspira e sorri com a alma. Você realmente não entende nada de amor não é mesmo?

- O que as duas estão cochichando? Tem fofoca? Eu quero saber amor. - Jennie chegou ao nosso lado enquanto conversávamos e eu poderia matar a Jisoo nesse exato momento, se Jennie descobre algo, com toda certeza ela contaria e eu corro o risco de ter que me afastar, tenho plena certeza de que Rosé pediria por isso caso descobrisse.

- Nada demais amor, apenas contando a Lisa que você é a mulher mais perfeita do mundo.

- Mamamamama - Meu pequeno ao enxergar a loira estendeu os braços querendo a outra mãe.

- Argh! Que melação, com licença. Vamos filho, eu te levo pra Omma.

Comecei a caminhar por entre as pessoas, os pais da loira estavam ali, eram gente boa, conversei poucas vezes com eles mas o suficiente para me tornar o xodó de Park Boyoung, ela era uma mulher extremamente cordial e eu sempre me sentia extremamente confortável ao seu lado, ela costumava elogiar meus modos e educação, eu ficava cheia de mim quando ela fazia pois era o único momento em que eu sabia que alguém me preferia.

- Aqui, amor. Omma, tem um pequeno garotinho querendo você, será que podemos roubá-la da conversa?

Rosé saiu do lado da mãe e andou até nós, Suzy seguiu conversando alegremente com o senhor Park e Alice, eles tinham uma boa sintonia. Senhora Park veio junto de Rosie para ver o pequeno e obviamente, me encher de elogios.

- Veja se não é a pessoa mais elegante desta festa. Minha querida quase nora. - Rosé revirou os olhos com um sorriso debochado enquanto eu fazia minha melhor expressão de convencida.

- Senhora Park Boyoung, é um enorme prazer poder contemplar a elegância que você concede a todos nessa festa! É uma Judith Leiber?

Olhei para Rosé enquanto entregava nosso filho para ela e ela revirou os olhos novamente rindo do modo como a mãe dela sorriu cobrindo a boca com extrema elegância. Ergui minhas sobrancelhas e disse "Ela me ama, e você tem ciúmes."

- Oh, querida, sempre tão cordial. - ela engatou os braços nos meus e nos conduziu até a mesa onde estava dispostas algumas bebidas, olhei para a loira uma última vez e a mesma me olhava com um sorriso maravilhoso. - Certamente, esta bolsa em questão é de uma coleção extremamente exclusiva, me impressiona o fato de que você conhece.

- Eu sou uma boa apreciadora de grandes marcas, como não reconhecer uma peça tão elegante?

Com o braço dela sobre o meu, andamos até a borda da piscina com nossas taças nas mãos, era um fato de que Rosé antes do nosso filho tinha uma péssima relação com os pais, mas após o nascimento do pequeno os dois passaram a vir a Seoul com certa frequência e passaram a ter uma boa relação.

- Bem, vamos ao que importa, quando é que você irá se casar com Rosie e me presentear com uma neta?

Eu senti meu olhos saltarem do rosto, engoli a seco para não tossir e cuspir tudo pelos ares, senti meu rosto instantaneamente ficar vermelho e estremeci com a ideia que a mulher me sugeria.

- Ora, vamos ser sinceras, sabemos que você é a pessoa certa para minha filha, Doutora. Não que eu não goste da Bae, ela é ótima. Mas você certamente é o par perfeito para Rosie, veja o filho de vocês, ou então o modo como vocês são apresentáveis juntas? Céus, seria meu sonho!

Eu não sabia mais o que falar, todas as palavras sumiram da minha mente e eu divagava ouvindo o doce som da voz da senhora ao meu lado.

- Se essa velha pudesse ter um último desejo nessa vida, seria vê-las juntas no altar. Será que algum dia você poderia me conceder esse pedido? - Olhei para todos os lados sem querer parecer desesperada aos olhos da Boyoung, quando senti os braços de Irene sobre meus ombros me salvando dessa situação.

- Ora, maninha, já está importunando a Doutora Lalisa? Deixe-me conduzi-la para a casa, Rosé precisa da sua ajuda com o pequeno.

Agradeci aos céus e a tudo que existe de mais sagrado nesse mundo, senhora Park me olhou com um sorriso encantador e deu uma leve piscada enquanto eu andava junto de Irene para dentro da casa.

- Eu nem sei como te agradecer, sério, eu adoro a senhora Boyoung, mas ela estava me colocando contra a parede e eu, bem, eu precisava de um resgate.

- Não foi nada, sei como minha irmã pode ser persuasiva em suas palavras, ela é capaz de convencer qualquer pessoa, não é atoa que é a melhor advogada da família.

- Mas, você disse que Rosé precisava de mim com Jae? Está tudo bem com meu filho?

- Na verdade era apenas uma desculpa, Rosé e Jae estão perfeitamente bem, eu apenas queria um pouco de privacidade para isso.

Irene me jogou para dentro do quarto de serviço e fechou a porta atrás dela, assim que entramos a garota se jogou para cima com gana, meus lábios foram atacados com voracidade pela mais baixa que parecia determinada a ter algo que por meses ela vem tentando.