Gostaria de falar o quão bem dormi, que foi o melhor sono da minha vida, mas seria apenas mentiras, porque perto das três horas da manhã, sinto um pé encostando em minha cintura no momento que me desperto e vou reclamar, uma certa força foi feita, me jogando para fora da cama. Um grande estrondo foi emitido e um pequeno grito sai por meus lábios, fazendo com que a Kornkamon acordasse.
— O que foi ? O que foi ? — ela se senta na cama, começa a olhar para os lados e me encontra no chão.
Me levanto, deixo minha mão sobre a minha bunda — Você é louca e ainda me bate dormindo, você não tem noção que me machucou ?
— M-me desculpe, eu não queria fazer isso — sua voz é serena e possui tons de verdade — Se quiser, posso fazer uma massagem para aliviar suas dores ?
— Não!— falo rapidamente — Se mantenha longe de mim ou irei te multar, não esqueça que temos um contrato!
Ela assenti com a cabeça, volto a me deitar em meu lado, ela fica sentada sobre a cama por um tempo, logo se levanta e sai do quarto.
Poderia voltar a dormir agora, já que estou segura e sozinha, mas pareceu bem pior do que ser derrubada da cama.Passo mais alguns segundos girando em minha cama, mas no fim desisto de dormir, saio da cama, lavo o meu rosto, escovo meus dentes, vou para a sala e encontro Kornkamon deitada sobre o sofá, dormindo serenamente.
Cerro meus olhos, tento manter minhas ações naturais, porém por conta do sono, meu corpo já não me obedece.
Minha mão encontra o ombro da Kornkamon, empurro ela, tentando acorda-la, mas parece que ela entendeu que eu gostaria de me deitar ali com ela, tão idiota, não sei em qual momento ela achou que eu gostaria de dormir agarrada e tão colada a ela.Logo ela se afasta um pouco, me dando espaço, deixa seu braço esticado para que eu usasse como travesseiro, solto um suspiro.
Eu não vou me deitar com ela, mesmo que esse sofá pareça estar bem confortável e eu com sono... Bom... temos que fingir ser noivas e apaixonadas e noivas apaixonadas dormiriam juntas né ?Droga, se eu não estivesse com tanto sono conseguiria pensar melhor, mas o que eu fiz foi me deitar ao lado dela e deixar minha cabeça sobre o seu braço.
A sua outra mão desliza pela minha cintura e vai de encontro a minha barriga, ela me dá um pequeno puxão e cola nossos corpos.
É óbvio que eu odiei ter a sensação do corpo quente dela encostado no meu e seus dedos fazendo uma carícia na pele da minha barriga, nem posso falar de sentir sua respiração em meu pescoço ou do seu cheiro, apenas odiei tudo.
Mas funcionou, porque consegui voltar a dormir.Não sei ao certo que horas são, mas sinto um pequeno cutucar em meu braço e um sussurro que reconheci ser da Song — Deixa elas dormirem, Neung !
— Eu não reclamei quando você ficou tirando foto delas e mandando para a vovó.
As vozes foram diminuindo, então deduzi que elas se afastaram. Abro lentamente meus olhos e encontro os seios da Kornkamon quase colados ao meu rosto, não sei em qual momento da madrugada eu me virei, mas agora eles estão extremamente perto de mim e para piorar minha mão está agarrada em um deles.
Eu deveria tirar minha mão e sair desse sofá, mas é tão macio, quente e o sofá até que é confortável.
Falo em um sussurro extremamente baixo — Se controle, Samanun!Respiro fundo, afasto minha mão, me levanto do sofá, observo a Kornkamon tateando o sofá provavelmente me procurando e logo ela abre os olhos me encarando — Bom dia ?
Solto apenas um suspiro, saio em passos longos para o meu quarto e depois dentro do banheiro para tomar um banho frio.
Algumas Horas Depois
Decidimos ir almoçar em um restaurante aqui perto, não conseguia me concentrar em nenhuma conversa ou ação, visto que toda as vezes que meus olhos encontram os da Kornkamon ela dá um sorriso de canto, porra ! Ela sabia o que minha mão tarada havia feito, nunca mais, repito, nunca mais durmo perto dela !
— Então como vocês se conheceram ? — minha irmã Song pergunta e se apoia sobre a mesa encarando a Kornkamon.
— Em um bar, ela bebeu além dá conta e ficou implorando para beijar ela — a encaro, cerro os olhos e ela me dá novamente aquele sorriso de canto quando nota meu olhar — Só que na época eu namorava, foi tipo a uns 6 meses atrás.
— E então o que aconteceu? — minha irmã parecia extremamente empolgada e eu apenas fico encarando uma cadeira para evitar olhar novamente aquele sorriso.
— Bom... ela começou a chorar quando descobriu isso e eu dei meu número para a acalmar, lembro que ela ficou algum tempo me ligando todos os dias. Depois, eu terminei e dei uma chance para ela.
— A história não é tão fofa, mas é a cara da Sam fazer isso. Ela nunca desiste do que quer e sempre fica emburrada quando não consegue na hora.
— Mas foi um dos motivos que me fez me apaixonar por ela — ela desliza sua mão sobre o meu rosto e aperta levemente a minha bochecha — Minha Chamcham !
— E você, Sam, qual apelido deu para a Mon? — Neung se vira para me encarar esperando a minha resposta.
— Monmon — falo a primeira coisa que penso e ouço apenas uma risadinha da Kornkamon.
— Tão fofinhas, finalmente você encontrou sua alma gêmea, eu sempre acreditei que você acharia alguém que te amasse e entendesse — Song fala — Você não tem noção o quão feliz a vovó está! Inclusive ela quer que vocês duas vão a visitar.
— Claro, adoraríamos — falo sem expressão alguma porque jamais que isso iria acontecer.
— Certo, podemos viajar juntos então — Song começa a bater palmas animada — Caramba, eu sabia que deveria ter comprado quatro passagens de avião, mas não tem problema, ainda posso fazer isso, tomara que tenha lugar!
— Não precisa, a gente vai depois de vocês, tenho que ver alguém para ficar no meu lugar para administrar os hotéis — mentira, mentiras, eu não iria e nem a Kornkamon, muito menos nós duas juntas.
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Noiva de Aluguel - MonSam
FanfictionSamanun se vê perdida em suas mentiras, a mais recente seria do seu noivado com uma bela dama. Ela só não esperava que sua família faria de tudo para conhecer essa garota.