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Pov Mon

— Me diga, Kornkamon, esse não é o melhor macarrão que você já comeu em toda sua vida ? — a encaro, ela está com aqueles grandes olhos brilhantes, igual um cachorrinho, eu presumo que ela gostaria de receber elogios, o macarrão esta bom para um miojo, é agradável.

Deslizo minha mão levemente por seu rosto e acaricio sua bochecha com o meu polegar — Sem dúvida alguma, você realmente tem talento para cozinhar — seguro seu queixo, aproximo meu rosto, deposito um beijo em sua bochecha e ela solta um suspiro de frustração o que me faz soltar uma curta risada, ela é extremamente fofa — Bom, eu preciso ir, você poderia me levar em casa ou devo chamar um táxi ?

Ela arregala os olhos e nega rapidamente com o rosto — Não quero... — ela solta uma tosse e coça sua própria nuca — Ee-eu não posso te levar, estou com os pneus furados do carro — novamente ? Se eu não a conhecesse diria que ela fez isso apenas para evitar que eu fosse embora.

— Mas ele parecia ótimo a alguns minutos atrás, como você sabe que isso aconteceu já que estava todo o tempo aqui comigo ?

— Não discuta comigo, Kornkamon, se estou te falando é a realidade, não teria porque mentir pra você, o que eu ganharia com isso ? Você pode dormir aqui, eu permito isso, mesmo não gostando da ideia — ela revira os olhos e cruza os braços na altura do peito — Sabe, eu gosto de dormir sozinha, mas entendo que você tem seus medos de escuro e essas bobagens, então pode dormir comigo — consigo notar um pequeno movimento em seus lábios, quase um sorriso.

— Eu irei chamar um Taxi, não se preocupe, eu sei que você prefere ficar sozinha — pego o celular do bolso da minha calça, abro o aplicativo e logo o aparelho é retirado de minha mão — O que você pensa que está fazendo, Sam ?

— Você não vai chamar nenhum taxista nesse horário, está muito tarde e é extremamente perigoso, você não vê as notícias ? — ela balança o celular na frente do meu rosto — Sua sorte é que você tem alguém pra te cuidar.

— Tenho ? — levanto uma das sobrancelhas em sinal de dúvida.

— Sim, eu te busquei na faculdade, fiz a sua janta e ainda estou te protegendo dos perigos do mundo — ela aproxima seu rosto do meu — Você deve me amar tanto !

— E amo — dou de ombros e vou em direção ao quarto dela — Já que ficarei aqui, vou tomar um banho, você poderia me emprestar uma roupa né ?

— Você... você ama ? — seu tom de voz está um pouco trêmulo e ela me segue.

Abro o guarda-roupa dela, deslizo minha mão por suas camisetas e pego a maior que encontro ali. Mas não pude evitar de notar em um pequeno canto algumas roupas minhas que não levei para casa, por sorte tem roupas íntimas. Pego uma das calcinhas e vou em direção ao banheiro.

— Kornkamon, eu estou falando com você, você falou que me ama, mas foi tipo uma brincadeira né, tipo da boca pra fora né ? Você falou por falar ou você me ama ama ? — ela parece estar nervosa já que sua voz está levemente mais alta do que normalmente.

Me viro para a fitar e dou um sorriso de canto — Talvez — dou de ombros e fecho a porta do banheiro.

Consigo ouvir uma voz abafada, algumas batidas e inclusive ela tentou abrir a porta, mas eu tranquei — TALVEZ ME AMA OU TALVEZ ESTEJA BRINCANDO ? EU ORDENO QUE VOCÊ SAIA DAÍ E ME RESPONDA DIREITO, KORNKAMON !

Me seguro para não rir, abro o chuveiro, logo começo a tomar o meu banho ignorando suas batidas na porta e seus resmungos.

{-}

Assim que saio do banheiro, noto que a Sam havia pegado uma das cadeiras da sala de jantar e está sentada com os braços cruzados em frente à porta — Sam ?

— Diga logo, estou esperando a muito tempo — não era tanto tempo assim, eu levei em torno de 40 minutos para tomar banho e escovar os dentes, além de arrumar o cabelo em um coque e passar um creme, talvez tenha demorado um pouco mais.

Ela me olha de cima a baixo, fazendo um arrepio subir por minha coluna e aquecer meu rosto. Puxo um pouco a camiseta para baixo apenas pra tentar cobrir um pouco das minhas coxas, eu deveria ter colocado alguma calça — Pare de me olhar assim, Sam !

— Assim como ? — ela deita um pouco a cabeça e volta seu olhar para as minhas pernas antes de dar um sorriso.

— Parece que esta imaginando como eu seria sem as roupas, você está parecendo uma pervertida !

— Eu não preciso imaginar isso, Mon, eu sei como você é sem roupa, esqueceu que a gente já transou ? — ela se levanta da cadeira e se aproxima de mim.

— Eu lembro — engulo a seco e continuo segurando a camiseta para baixo.

Ela passa perto o bastante para que seu braço encoste no meu, entra no banheiro e fecha a porta.

Solto um longo suspiro, corro para a cama e me escondo entre as cobertas, eu ainda não sei lidar muito bem com a Sam cheia de provocações.
Pego meu celular e mando uma mensagem para a única que poderia me ajudar.

Mon (22:30): IRIIIIIIIN, socorro !!! — faço uma chamada para seu celular para ela ver a mensagem.

Rapariga sz (22:31): QUE FOI MON EU TAVA QUASE DORMINDO

Mon (22:33): eu to na cama da sam

Rapariga sz (22:35): parabens? eu te falei que isso iria acontecer

Mon (22:35): vc não está me ajudando desse jeito !!!

Rapariga (22:36): Mon, já falamos sobre isso a noite inteira, se vc quer ir com calma e conhecer ela, não deveria transar novamente, ainda mais se quer investir em um daqueles romances que vc vive falando, então apenas feche as pernas e seja forte, vou voltar a dormir e me ligue apenas se vc for sequestrada ou algo assim !!!!

Apenas mando um pequeno obrigada seguido de um coração, mas a mensagem nem foi entregue, reviro os olhos e deslizo para algumas mensagens ainda não visualizadas, era da Malai

Lalai <3 (13:01): Mon, me responda, você não pode simplesmente me largar por causa dessa riquinha esnobe aí !
Lalai <3 (13:05): Ela vai brincar com seus sentimentos e te abandonar, ela vai magoar você, coisa que eu jamais faria, você sabe disso !!
Lalai <3 (14:23): Por favor me liga mon estou com saudade :(:(

Bloqueio a tela do meu celular, deixo ele sobre a cabeceira e fico encarando o teto por alguns minutos tentando organizar meus pensamentos.
Eu gosto da Sam, gosto realmente, mas não posso negar o grande medo que tenho de sofrer por ela, merda, eu nem sei se ela realmente gosta de mim !
A Malai pode estar certa sobre eu ser apenas um passatempo para a Sam.

Logo adormeço com esses pensamentos, provavelmente teria pesadelos novamente, noites mal dormidas já são comuns pra mim.
Não sei em qual horário aconteceu, mas me desperto assim que sinto um braço em volta da minha cintura e sou puxada contra o seu corpo.

Eu sei que era a Sam, só por seu cheiro e a temperatura de seu corpo, não consigo controlar o arrepio em meu pescoço com a sua respiração contra ele, mas consigo evitar um pequeno gemido que quase saiu por minha boca, mantenho meus olhos fechados para que ela não note que eu havia acordado e parece funcionar já que ela adormeceu.

— Eu estou apaixonada por você, Sam, por favor, não machuque o meu coração — falo em um tom baixo o suficiente para ela não me ouvir e seguro sua mão.

Noiva de Aluguel - MonSamOnde histórias criam vida. Descubra agora