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— Que foi, Sam? — sua voz está baixa, parece que ela notou o meu incômodo.

— Parece que a desconhecida da faculdade — desvio meu olhar do celular e a encaro — É a sua Malai, não, digo, É a Malai, não a sua, porque eu sou sua, não ela !

— Ah merda — ela solta um suspiro e para com as carícias em minha barriga — Você acha que ela sabe que você é você ?

— Não, acho que não, eu não sabia que era ela. Que droga, eu estava ajudando ela a reconquistar você — forço uma risada e balanço a cabeça — Inacreditável que eu não pensei que pudesse ser ela, porra, eu sou tão burra !

— Você não tinha como saber, Sam, só bloqueie ela e esqueça isso — ela dá um selinho em meus lábios.

— Hum, talvez — coço a minha nuca e volto a olhar para o meu celular, uma nova mensagem da Malai, eu não deveria fazer isso, mas ela precisa saber que a Mon é minha e que esse momento que ela espera para a reconquistar nunca vai acontecer.

— Ela mandou algo ?

— Não, Mon você poderia pegar um copo de água pra mim ? Estou com a boca seca.

— Tá bem — ela me dá outro selinho, sai do meu colo e passa pela porta.
Abro a mensagem e me preparo para a responder.

"E então funcionou ?"

"Você é a Malai, correto ?"

"Sim, nossa que falta de educação a minha, eu nem me lembrei de falar meu nome. Mas como você adivinhou ? A propósito eu não sei o seu."

"Eu sou a Samanun namorada da Kornkamon"

"MERDA, então você que roubou a minha Mon? VOCÊ É A RIQUINHA IDIOTA !"

"é a MINHA Mon :)"

Antes que ela me respondesse, eu apenas bloqueio o contato e volto a colocar o meu celular sobre a cabeceira.

Encaro o teto por alguns minutos até a Mon voltar sem o meu copo de água, a fito e levanto uma das sobrancelhas — E a minha água ?

É extremamente estranho ver a Mon com tantas roupas na hora de dormir, ela está literalmente usando uma calça de moletom e uma camiseta larga. Calças não combinam com ela, já que escondem a visão de suas pernas.

— Eu... — ela faz um pequeno beicinho — Eu não sei chegar na cozinha, a casa da sua avó é imensa !

Solto uma risada, me levanto da cama, seguro a mão dela e vou a puxando pelos corredores — Na próxima eu vou com você.

— Quando tivermos nossa casa, ela será pequena, nada grandioso, ok ?

Um sorriso toma conta do meu rosto — Então a Kornkamon pensa em dividir uma casa comigo ? Você pode morar comigo em meu hotel, tem bastante espaço — paro de andar e puxo seu braço para ficarmos mais perto.

— Melhor não, não quero ficar em algum lugar que você já levou outras namoradas — ela faz uma careta — E eu gostaria de ajudar a comprar, então terei que começar a trabalhar primeiro. Você vai ter que me esperar — ela dá um sorriso, desliza seu dedo indicador por meu rosto e ajeita alguns fios do meu cabelo que estavam perto do meu olho.

— Você foi a primeira, não é como se eu fosse virgem, mas nunca levei ninguém lá, sempre achei aquele lugar muito pessoal, era o meu sossego.

Sua cara agora demonstra sua total surpresa — Eu não sabia disso... Era, o que mudou agora?

— Você mudou tudo, Kornkamon. Você é o meu total sossego e toda a minha agitação — solto uma risada nasal e mexo a cabeça — Sabe, sempre achei engraçado quando via nos filmes a pessoa apaixonada confessar que o seu lar é a outra, mas agora entendo, você é o meu lar, Kornkamon Phetpailin.

Lágrimas molham suas bochechas, sua boca entre aberta e seus olhos vidrados nos meus — Você é tudo que eu quero, tudo que eu preciso e tudo que eu desejo, o que eu quero dizer é que...

— Eu amo você — Mon me corta.

Sorrio e nego com a cabeça — Eu deveria ser a primeira a falar, isso não se faz, Kornkamon!

Ela termina com a distância entre nossos corpos, junta nossos lábios em um beijo rápido e cheio de desejo, sua língua pede passagem o que eu concedi, suas mãos vão de encontro ao meu pescoço enquanto as minhas agarram sua cintura, pressiono a contra a parede.
Nosso beijo passa a ficar lento, seus lábios deslizam por os meus com calma e paixão.

A porta ao nosso lado é aberta, me afasto um pouco da Mon e vejo uma Nueng sonolenta e com cara de poucos amigos — Caralho, vocês tem um quarto sabia ?

— A gente não...

— Sem desculpas, vocês são tão barulhentas — ela bate a porta com um pouco de força.

Seguro uma risada, aproximo meu rosto novamente da Mon e cochicho em seu ouvido — Não liga pra ela, ela está com falta de sexo ! — a Mon coloca suas mãos na boca para segurar a sua própria risada — Você pode ir indo para o quarto, só vou pegar a minha água e já volto — deixo um selinho nos lábios dela e me afasto.

Dois Dias Depois

Observo pela enorme janela, minha namorada correndo da Song, parecia duas crianças brincando, a Song ainda era, afinal tinha apenas 18 anos.
Elas estão rindo e a Song possui uma pequena pistola de água nas mãos enquanto tenta acertar alguns jatos na Mon.

— Ela se deu bem com a nossa família — minha avó se aproxima de mim — Ela fez bem para você, Samanun, acho que finalmente não precisarei me preocupar tanto com o seu bem estar.

— Ela é perfeita, vovó — sorrio falando aquilo, sempre que a Mon era mencionada em algo o meu sorriso aparecia de forma automática.

— Sobre isso, Samanun, eu irei pagar pelo casamento de vocês duas, será o meu presente — merda, eu esqueci que ela pensa que somos noivas — Inclusive gostaria de conhecer a família dela antes da cerimônia, mas isso não seria problema né ? — óbvio que seria, eu nem sei se a mãe da Mon sabe sobre nós duas.

— Claro que não, vovó, vou pedir para a Mon falar com a família dela e iremos marcar o mais cedo possível ! Se me permite, vou ir buscar a minha noiva ali — aponto para a Mon que agora segura a pistola de água e corria atrás da Song.

Me aproximo delas, ainda observando a cena e a Song corre para se esconder em minhas costas — Certos, meninas, chega disso, preciso falar com a minha noiva ! — ela aponta a pistola em minha direção — Kornkamon, eu não quero me molhar, não pense nisso.

— Tá bom — ela dá um sorriso de canto e aperta o gatilho me molhando.

Levanto meu braço para proteger meu rosto, corro na direção da Mon e pego ela em meus braços a tirando do chão — Você vai aprender a me obedecer ! — tento falar de um jeito ríspido, mas estou rindo.

Começo a andar em direção à piscina, ela enrola seus braços em meu pescoço — ME DESCULPA, SAM — parece que ela percebeu o que eu iria fazer — NÃO FAÇA ISSO ! — continuo rindo e me jogo na piscina junto com ela, continuo agarrada a ela na piscina e deixo um pequeno selinho em seus lábios — EU TE ODEIO — ela dá um tapa em meu ombro.

— Não seja mentirosa, Kornkamon, você me ama !

Noiva de Aluguel - MonSamOnde histórias criam vida. Descubra agora