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Ouço um pequeno som de batida na porta, corro pra abrir e vejo a Mon que segura uma sacola em suas mãos — Sam ?! — sua voz está ofegante e ela parece cansada.

— Mon ! — permaneço estagnada na porta olhando atentamente para a pessoa a minha frente.

A Kate se aproxima e fala animadamente — KATE... — solta uma curta risada assim que eu e Mon a olhamos — Desculpa, é só que... Bom, você falou o nome dela e ela falou o seu, aí decidi eu mesma falar o meu — ela da de ombro e eu apenas nego com a cabeça — Ok, foi mal, vou ir nessa !

— Tchau, Kate e obrigada — ela me dá um pequeno sorriso, um beijo na minha testa, depois abraça a Mon, fala algo em seu ouvido e as duas riem — Qual é a piada ?

— Nada, Sam, tchauzinho — ela acena com a mão e vai embora.

— Posso entrar ? — ela aponta para a porta, dou um pequeno sorriso e aponto para ela entrar o que ela rapidamente faz.

— Você quer algo para comer ou beber ? — coço a minha nuca e a sigo com os olhos.

— Não, eu estou bem — ela retira seus sapatos, deixa ao lado da porta e se aproxima de mim — Comprei isso para você, não hoje, eu já tinha comprado antes, mas... Acho que você vai gostar — ela tira da sacola um pequeno urso de pelúcia e me entrega.

Assim que paro para o observar, ele está com uma camiseta rosa com um desenho de coração e as iniciais S M, aproximo ele de mim e consigo sentir o seu cheiro, CARAMBA, ele tinha o mesmo cheiro da Mon, ela colocou o perfume dela no urso ? Eu vou dormir agarrada nesse urso todas as noites, mas não sei se é algo que eu deveria contar.

— É meio infantil — o sorriso some do seu rosto e ela muda a direção do seu olhar para um quadro na parede, ela tem que me olhar, eu quero o seu olhar em mim, preciso fazer algo — EU GOSTEI, MON, OBRIGADA !

Ela assenti, mas permanece olhando o quadro e agarra o seu braço, ela parece chateada, isso não é bom, eu não entendo porque me dói ver ela assim, preciso fazer algo, vamos, Sam, faça algo !

Ela vai em direção a porta, merda, parece que tudo está em câmera lenta, ela leva a sua mão até a maçaneta e eu permaneço parada enquanto meu cérebro tenta obrigar o meu corpo a fazer algo, eu não consigo pensar em nada, eu acho que posso estar sofrendo um infarto, meu coração está desesperado tenho a sensação que ele ira explodir, não sinto minhas pernas e minha respiração está descontrolada.

— Por favor, fica — suplico.

— Oh, eu só vou fechar a porta — ela a fecha e tranca.

— Achei que você... — passo a mão sobre o meu rosto e noto que está úmido, que droga, eu nem havia percebido as minhas lágrimas.

Ela volta a se aproximar de mim, passa levemente seu polegar em meu rosto o secando — Eu gostaria de ficar aqui hoje, se você deixar.

Dou um grande sorriso e logo mordo o lábio para o conter — Sim... você pode ficar, está tarde e bem... É perigoso — permanecemos em silêncios, mas não era desconfortável, sua visão está totalmente em mim, porra, eu amo quando ela me olha desse jeito, parece que o mundo não existe, apenas eu e ela.

— Eu gosto de você, Sam.

— Você disse que gosta de mim ? — ela concorda — Mas gosta, gosta ? Tipo de querer me beijar ? Ou um gostar do tipo "Eu gosto da Sam, ela é uma boa amiga" ?

Ela dá uma risada que me faz sorrir — Eu gosto, gosto de você, Sam, Do jeito mais romântico que alguém possa gostar.

Ok, ela confessou que gosta de mim romanticamente, nada demais, apenas a mulher mais linda do mundo confessou que gosta de mim.

— Você sente algo por mim também? Tudo bem se não sentir, só apenas me diga algo.

— Eu posso te beijar ? Porque eu quero fazer muito isso, mas não sei se você quer fazer e se não quiser tudo bem, mas eu gostaria de ser beijada por você, mas nada de selinhos, eu quero um beijo de verdade, isso se você quiser — não consigo terminar de falar já que a Mon se aproxima de mim e une nossas bocas.

Suas mãos deslizam para o meu rosto onde ela o acaricia, o ritmo do beijo acelera e ela avança com a sua língua que rapidamente encontra a minha. Coloco minhas mãos em sua cintura e forço o seu quadril contra o meu a fazendo arfar em minha boca, sinto a temperatura do meu corpo subir e a minha intimidade implorar por mais contato.

Começo a empurra seu corpo em direção ao meu quarto sem separar nossas bocas, suas mãos vão ate o meu pescoço onde ela o maltrata com arranhões.
Ela suga o meu lábio e depois o morde me fazendo soltar um baixo gemido.

A encosto na parede do meu quarto, separo finalmente nossas bocas e ataco o seu pescoço com mordidas e lambidas, ela joga sua cabeça para trás para me dar mais espaço em minha função.
Ouvimos um alto barulho de vidro se partindo, afasto meu rosto do seu pescoço e olho pra a direção do barulho.

— Merda! Eu quebrei o seu abajur, me desculpa — realmente quebrou, parece que seu corpo bateu na cabeceira e o levou ao chão.

— Não ligo, você pode quebrar o que quiser, Mon — minha voz sai rouca por conta do meu estado.

— Eu posso comprar um novo para você, só me diga onde achar um igual.

— Mon — eu seguro o rosto dela e a obrigo a me olhar — Eu não ligo — antes que ela pudesse voltar a falar algo volto a colar nossas bocas, deslizo minhas mãos para a sua coxa e a pego no colo para que não tivesse perigo dela pisar em algum caco do abajur.
Suas pernas se enrolam em minha cintura, suas mãos voltam para o meu pescoço e eu subo as minhas para segurarem firmemente sua bunda.

Me sento na cama, ela se ajeita sobre o meu colo, separo nossos lábios e deixo nossas testas coladas, ela estão tão ofegante quanto eu — Mon... eu quero que você seja a minha namorada, porque eu estou apaixonada por você !

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Boatos que se tiverem muitos comentários, eu largo mais um capítulo no final da tarde :)

Noiva de Aluguel - MonSamOnde histórias criam vida. Descubra agora