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— Isso, deixa que a Sam leva tudo sozinha, ela não se importa de carregar essas malas — resmungo enquanto tento puxar as duas malas de rodinhas — Uma família grande e unida sempre vão ajudar você quando precisar, até a descarregar o carro e jamais vão ficar 10 minutos abraçando a sua namorada — uma das malas tranca a sua rodinha no degrau de entrada, seguro a respiração, dou um puxão e caio sentada no chão gelado com a alça da mala em minha mão, solto um grito de frustração.

— Caramba, irmãzinha — Nueng ri e pega uma das malas levando a para dentro da casa — Nunca fiquei tão feliz por ter uma câmera na entrada. SONG, OLHA O VÍDEO DA CÂMERA DE SEGURANÇA !

— Song, olha o vídeo da câmera de segurança — imito a voz da Nueng, me levanto do chão e pego a outra mala a levando para dentro.

Deixo a minha mala em um dos quartos de hóspedes, começo a andar no corredor, as paredes são lotadas de fotos da nossa infância, a Mon já deve ter visto tudo isso, que vergonha, eu era uma criança desajeitada demais.

Ao fundo consigo ouvir vozes e risadas, acompanho o som e encontro Mon sentada no enorme sofá conversando com a minha Avó. Por incrível que pareça, nem a Song e nem a Nueng estão ali, o que é suspeito.

Me aproximo da minha avó, deixo um beijo em seu rosto, sento no lado da minha namorada, deslizo minha mão sobre o sofá até encontrar a sua mão e a seguro, entrelaçando nossos dedos.

— Boa noite vovó, desculpe pelo atraso, o trânsito estava horrível — na verdade o trânsito estava ótimo, o problema foi a Mon que me fez perder a entrada da cidade. Veja bem, a minha namorada apenas quis trocar de camiseta enquanto eu dirigia, eu poderia ter causado um acidente se não fosse tão boa na direção.

— O importante é que vocês estão aqui agora, ficaram durante toda a semana.

— Sobre isso, vovó. Temos que voltar na segunda, afinal eu tenho que cuidar da minha empresa.

— Kornkamon, agora que você é noiva dela tem que começar a proibir de trabalhar tanto, como será quando vocês estiverem casadas ?

A Mon aperta minha mão e vira seu rosto para olhar meus olhos — Acho que podemos ficar mais alguns dias né ?

Reviro meus olhos e dou de ombros — Podemos, mas só até a terça, eu tenho compromissos importantes.

— Nada pode ser mais importante que as pessoas que você ama ! — minha avó fala.

— MON MON MON MON MON — a Song vem correndo na nossa direção e se joga entre eu e a Mon — Você tem que ver isso ! — ela entrega o seu celular e da play em um vídeo.

— Isso é o que eu penso que é ? — estico meu pescoço e vejo que é a gravação do meu tombo — SONG — ela ri, pega novamente o celular e se levanta.

— Mon, vou mandar pra você o vídeo, pra você ver com mais calma !

— NÃO VAI MANDAR NADA !

— GAROTAS PAREM AGORA — minha avó fala mais alto, porém é ignorada por nós duas.

Assim que avanço pra cima da Song para pegar o seu celular ela começa a correr e eu vou a seguindo — EU VOU TE MATAR, SONG !

Aumento a velocidade da minha corrida, mas para o meu azar a Song está em melhor forma e tem pernas grandes demais, um passo dela é igual a cinco dos meus. Não tem como eu alcançar essa garota insuportável!

A Nueng está a nossa frente me fazendo ter ideias — SEGURA ! — mas parece que essa família está totalmente contra mim, já que a Neung deixa a Song passar e me segura em seus braços me impedindo de correr — Era pra segurar a idiota da nossa irmã !

— Ooh, isso faz mais sentido, eu achei que era pra segurar você — ela me solta — Você tem que ser mais específica, na próxima fale "Neung, segure a Song agora", viu, não teria erro.

Eu nego com a cabeça, arrumo a minha roupa que ficou levemente amassada por conta da minha corrida e volto para a sala, agora em passos lentos.

{-}

— Monmon, eu estou tão cansada ! — tento afinar minha voz para a tornar mais fofa, me deito na cama e me aninho na minha namorada — Minhas pernas estão doendo.

— Você não tem idade pra ficar correndo desse jeito, Sam — seus dedos acariciam meus cabelos — E você também está muito sedentária por isso essa dor, seu corpo não está acostumado com exercícios.

— Voce está me chamando de velha ? Eu não cheguei nem nos 30, eu sou a própria juventude — me viro na cama ficando de costas pra ela — Não quero mais assunto com você !

— Huum, que pena.

Eu não vou perguntar, eu não vou perguntar, eu não estou curiosa! Vamos, Sam, tenha força !

— Por que a pena ? — sussurro, fui fraca e cai em seu jogo.

— Eu queria fazer uma massagem na minha namorada, mas ela não quer falar comigo, como vou saber se ela aceitaria ?

— Ela aceita — me deito de bruços — Pode começar por minhas costas, tá me matando !

Ela se senta sobre o meu quadril, levanta a minha camiseta e começa a massagear, extremamente lento e forte.

— Isso é bom, mais pra direita — ela apenas obedece — Um pouco mais pra baixo agora — suas mãos desceram.

Me viro para ficar de frente pra ela, suas mãos deslizam pela minha barriga e ela se curva deixando um beijo em meus lábios.
Antes que a gente consiga aquecer mais as coisas, meu celular começa a tocar, solto um grande suspiro de frustração quando a Mon se afasta — Vou atender rapidinho, pode ser algo urgente sobre algum dos hotéis.

Me sento na cama, pego o meu celular que está sobre a cabeceira e atendo.

— Oi, você tá podendo falar agora ? — era alguém chorando, afasto um pouco o celular da orelha e tento ver o nome do contato, mas era apenas desconhecido.

— Desculpe, quem é ? — a Mon se ajeita em meu colo e mantém sua carícia em minha barriga.

— Me desculpe, é a garota do estacionamento, lembra ? Lá da faculdade, você me mandou mensagem me perguntando se tinha funcionado.

— Ah, você ! É que você está me ligando por outro número, mas tudo bem, como foi lá com a sua garota ?

— Nada bom, quando eu voltei ela já tinha ido embora e ela não está em casa.

— Ja tentou ligar pra ela ?

— Sim — parece que o seu choro pioro — Eu acho que ela me bloqueou!

— Vai ficar tudo bem, que tal você me passar o número dela e eu tento falar ?

— Você faria isso por mim ? Meu Deus, você é a melhor — ela desliga a chamada.

— Era a garota da faculdade parece que não deu certo, a namorada dela já tinha ido embora e não conseguiram se ver. Vou ver se consigo mandar uma mensagem para a garota e arrumar as coisas.

— Não sei não, Sam. Acho que você não deveria se envolver em algo assim.

— Mon, ela esta apaixonada e só precisa de uma mãozinha para ficar com quem ela quer — meu celular apita avisando sobre uma nova mensagem.
Era uma foto dela segurando um urso de pelúcia com as iniciais M e M — Olha, Monmon, ela até comprou o urso com as iniciais das duas !

Antes que eu pudesse mostrar a foto, chega uma nova mensagem dessa vez com o número de celular da garota e era o número da Mon, a minha Mon !

Noiva de Aluguel - MonSamOnde histórias criam vida. Descubra agora