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Fecho a porta do quarto e observo a Kornkamon deitada sobre a cama encarando o teto — Precisamos conversar !

Ela se senta, me fita, da aquele sorriso novamente, o mesmo de mais cedo, nego rapidamente com a cabeça e volto a falar — Pare com isso !

— Isso o que ?

— Esse seu sorrisinho aí, você sabe que eu não tenho culpa dos meus atos durante o meu sono.

— Será que não teve culpa ? — ela se levanta e se aproxima de mim em passos lentos — Eu acho que você se aproveitou de mim e outra você quebrou uma regra, eu lembro bem que tinha algo sobre tipos de toques e você agarrou isso aqui — ela aponta para a região dos seus seios, o que me faz olhar para a local e rapidamente desvio para outra direção.

— E-eu vou pagar o valor da multa, não se preocupe com isso !

— Não estou preocupada com isso — ela deixa suas mãos sobre sua cintura e permanece me encarando.

— Então com o que está? Não me fale sobre isso, precisamos falar o por que contou aquela história sobre como a gente se conheceu ? Foi humilhante, eu jamais iria correr atrás de você — cruzo meus braços e fico encarando um ponto fixo na parede — Você não é meu tipo!

— Eu falei aqui porque a história é verdadeira, boa parte dela, eu estava realmente namorando a algum tempo atrás e uma garota ficava me perseguindo desde que me viu em um bar.

— Que garota ? Você nunca me contou dela — volto a olhar para ela, deixando nossos olhares se encontrarem.

— Não achei necessário e você não deveria se importar com isso, ah não ser que esteja apaixonada por mim.

— Não, e-eu já falei que você não faz meu tipo !

— Então, você não deveria se importar com a Malai.

— Vocês ainda conversam ? — as palavras escapam pela minha boca, minha respiração começa a acelerar conforme a minha raiva vai aumentando — Eu não me importo, Kornkamon, não me fale.

— Sim, inclusive recentemente — ela mexe o seu celular na frente dos meus olhos e dá um sorriso.

— EU FALEI QUE NÃO QUERIA SABER — me viro de costas, saio do quarto e bato a porta com um pouco de força.

Ando em passos rápidos até a sala, me sento no sofá, logo a Neung sai do quarto e se aproxima — Vocês brigaram ? Eu ouvi você quebrando a porta... A Song nem deu sinal de acordar, ela dorme igual pedra.

— Não quero falar disso, volte para a cama — cruzo meus braços na altura do peito e fico olhando para o teto.

Meus pensamentos viajam em cenas, como seria ver a Kornkamon abraçando, beijando outra pessoa, será que ela gosta de fazer isso com a Malai ? E se as duas são namoradas, por Deus, e se a Kornkamon for apaixonada por ela ?
Eu preferia não ter descoberto que elas conversaram recentemente, quando será que foi isso, será que elas estão se falando agora por mensagens ?
Droga de bar, droga de Malai !

— Ei, estou falando com você, irmãzinha — sinto meu ombro ser balançado e olho para a Neung — Se você não quer me falar o que acometeu, não tem problema, mas você deveria se resolver com ela! Vocês tem uma enorme química e nunca vi você tão bem.

— Ela é uma idiota.

— Você também é, então só fale com ela e se resolvam e quando isso acontecer, tente ir com mais calma na reconciliação, da última vez, eu consegui ouvir do meu quarto e sabe, pense em coisas ruins para durar mais tempo, é importante!

— Vai dormir, Neung, eu não quero ouvir isso.

— Como quiser, irmãzinha — ela da um pequeno aperto em meu ombro e sai.

Fico alguns minutos até me sentir mais calma e volto para o meu quarto, Kornkamon vem rapidamente na minha direção — Você precisa me ajudar, acho que algum mosquito me picou, eu não consigo passar a pomada na região e tá coçando muito !

Suspiro e pego a pomada das mãos dela — Deixa eu ver isso !

— Foi aqui ó ! — ela se vira de costas pra mim e puxa a sua camiseta para cima, revelando suas costas desnudas e sua calcinha da cor vermelha, por que ela cisma em dormir apenas com isso ?

Viro meu rosto rapidamente e dou um tapa nas suas costas — ABAIXA ESSA CAMISETA !

Ela grunhi de dor e se encolhe — Aaaaah, eu achei que você ia passar remedinhooo !

— Você me assustou !

— Agora está coçando e doendo horrores — sua voz sai em um tom dolorido, ela deixa que sua camiseta volte a cobrir a região e se joga de bruços na cama.

— Foi sua culpa ! — me sento ao lado dela na cama, levanto a sua camiseta, tento manter minha respiração controlada, noto uma pequena bolinha avermelhada em suas costas onde passo a pomada, mas também agora havia a marca da minha mão — Pronto, você já ira se sentir melhor, não faça mais isso — puxo a camiseta dela pra baixo novamente.

Ela assenti com a cabeça e permanece no mesmo local, sem emitir se quer um "obrigada Sam, você é a melhor, muito melhor do que a idiota da Malai que eu conheci no bar."

Vou para o banheiro, tomo um banho bem longo apenas para evitar o máximo possível de tempo perto da Kornkamon, assim que volto para o quarto, ela já dormia, mas o que me chamou atenção foi a muralha no meio da minha cama, uma muralha feita com os cobertores e um pequeno bilhete:

" Assim você não terá que se preocupar em pagar mais multas ou ser derrubada da cama "

Eu tenho dinheiro pra pagar todas as multas desse contrato, ela se esqueceu do fato de eu ser rica ?
Apago a luz do quarto, me deito no meu canto, me viro de lado e fico encarando os cobertores que agora ocultam a minha... Ocultam a Kornkamon.

Finalmente teria uma noite boa e sem preocupações de acabar sendo agarrada por ela, ou acabar acordando novamente com algum dos seios dela em minha mão.
Fecho fortemente meus olhos, tentando afastar aquilo.

Desperto dos meus pensamentos quando sinto a cama se mexer, abro meus olhos e encontro a Kornkamon retirando os cobertores da muralha e depois acender a luz do abajur.

— O que você pensa que está fazendo, Kornkamon ? — me sento na cama para a observar melhor, a iluminação era baixa, mas da para notar cada mínimo pedaço do seu corpo — Você deve estar sonâmbula, só se deite novamente.

Ela nega com a cabeça, se senta sobre o meu colo e deixa nossos rostos extremamente perto, sua pupila está totalmente dilatada, isso é um sinal claro que ela está acordada, né ?

Suas mãos deslizam por meus ombros e vão de encontro ao meu pescoço, ela dá um sorriso e logo depois morde o lábio inferior.

Minhas mãos permanecem estagnadas ao lado do meu corpo, meu coração está totalmente acelerado e as borboletas em meu estômago estão mais vivas do que já estiveram.

Suas mãos saem do meu pescoço, vão até a barra da sua camiseta e retira a jogando em algum canto do quarto — O con-contrato — é a única coisa que consigo falar.

Sua boca se aproxima do meu ouvido e sua voz sai em um sussurro — Não tem nada sobre eu retirar a minha roupa, ou tem ? Eu sei que eu não posso te tocar desse jeito, mas você pode me tocar, já que possui muito dinheiro para tais multas...

Sua mão encontra com a minha e a puxa em direção ao seu seio — Você pode fazer o que quiser comigo, eu te quero e sei que você também me quer!

Noiva de Aluguel - MonSamOnde histórias criam vida. Descubra agora