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— Quando poderei dormir com você ? — me sento em minha cama — Chamcham está com saudade da sua Monmon !

— Chamcham, eu já te falei — sua voz volta a ficar abafada — Meus pais vão ficar aqui no meu apartamento durante essa semana e eles não sabem que a gente...

— Você não contou que a gente namora ? — minha voz demonstra meu desapontamento e deixo que minhas costas se choquem contra o colchão.

— Não seja boba, óbvio que eu falei, eu só não falei que a gente dormia juntas e sabe... fazia coisas — suas últimas palavras saíram em forma de sussurro.

— Então, eles não sabem que a gente transa ?

— Sam, eles são muito religiosos e acham que um relacionamento só irá progredir se esperar até o casamento.

— Ok, eu posso esperar até eles irem embora, mas posso conhecer eles ?

— Pode, amanhã por volta das 14 horas apareça aqui e por favor não mencione nada sobre nós duas sem roupas !

— Eu já entendi, Mon, eu sei me comportar — choramingo.

— Ei, eu amo você e preciso desligar, te espero amanhã — ela encerra a ligação.

Largo o celular ao meu lado e encaro o urso de pelúcia em cima da minha cama — É parece que vai ser só nós dois novamente — me ajeito em meu lado da cama, agarro ele e afundo meu nariz em sua barriga sentindo o cheiro do perfume da Mon.

No Dia Seguinte

Depois de dirigir por alguns minutos, finalmente me encontro em frente a essa porta, não achei que 2 dias sem ver a Mon resultaria em uma saudade desse tamanho.
Me encosto na parede e pego meu celular entrando no grupo das meninas.

Sam (13:01): Acabei de chegar, me desejem sorte.
Tee (13:01): Acho que tá muito cedo pra você já estar ai, vai ficar igual trouxa esperando.
Jim (13:03): Você não precisa de sorte, você é rica e linda !
Kate (13:04): Boa sorte, vai dar tudo certo, Sam !
Sam (13:05): É ruim chegar cedo ? Eu pensei em esperar aqui até dar o horário e então bater na porta.
Tee (13:06): Claro, Sam, é bem normal ficar encarando uma porta por uma hora.
Kate (13:07): Eu acho romântico, você comprou flores né ?
Sam (13:09): Agora eu me sinto uma idiota, obrigada pela ajuda.

A porta é aberta, Mon me dá um sorriso e fala no celular — Obrigada por avisar, Jim, acabei de abrir a porta pra ela — logo ela desliga a chamada e aponta para dentro do apartamento — Khun Sam, você chegou cedo !

— Khun ? Qual é o seu problema ?

— Eu estou sendo respeitosa com você, Khun Sam, como sempre fui !

— Mas você nunca me — minha boca é abafada pela mão da Mon, ela aponta com os olhos para dentro do seu apartamento.

— Deixa eu te apresentar os meus pais, Khun Sam — ela retira sua mão da minha boca, segura meu pulso e me puxa para dentro do seu apartamento, logo que observo o local encontro seus pais sentados no sofá me fitando com uma expressão nada amigável — Esse é o Aon meu padrasto e essa é a Pohn minha mãe — ela aponta para eles com um sorriso nos lábios e volta a me olhar — E essa é a Samanun, minha noiva.

Pisco algumas vezes para acreditar naquela sua apresentação, eu pensei que ela havia me mencionado como sua namorada, talvez ficante, mas não noiva, isso é muito melhor, muito — É um prazer finalmente conhecer você, querida — a Pohn fala e me dá um sorriso.

Engulo a seco e forço um sorriso — É um prazer conhecer vocês, eu sou a noiva da Mon e a gente não praticou nenhum ato libidinoso e nem fica sem roupas perto uma da outra ! — sinto um fraco beliscão em minha cintura e paro de falar.

— Fico feliz por isso, Samanun, alguns jovens não levam isso a sério, mas é importante se manter puro até o dia do casamento.

A Mon solta um suspiro — Certo, podemos falar sobre outro assunto ?

— Quais são as suas intenções com a nossa pequena ? — o Aon finalmente falou, porém seu semblante ainda era pesado e rancoroso — Você entende que não vou tolerar ouvir a nossa menininha chorando por sua culpa.

— Por favor, você me prometeu que não iria tentar assustar ela ! — a Mon choramingou.

Me sento na poltrona em frente ao sofá apenas porque já sentia a fraqueza em minhas pernas e não poderia cair de joelhos em frente a eles — Eu a amo tanto, que irei me casar com ela, tudo que eu tenho será dela e olha que será muita coisa, já que sou muito rica.

— Você entende que dinheiro não é tudo ? — a voz do Aon soou rude.

— Querido, não seja grosseiro — a Pohn segura a mão dele — A gente só quer o melhor para a nossa Mon, você entende isso, Samanun ?

— Ela é o melhor pra mim, é a mulher que eu amo — a Mon fala e se senta no braço da minha poltrona — É a mais incrível que eu já conheci, eu me sinto completamente amada por ela.

— Era isso que eu precisava ouvir — a Pohn se levanta — Venha comigo, filha, vamos checar o bolo — ela segura o braço da Mon e a puxa até a cozinha.

Fico encarando o chão por alguns segundos e com um sorriso bobo em meus lábios, não imaginava ouvir algo assim da Mon, nem em meus melhores sonhos, até que ouço a tosse do Aon e subo meu olhar para o encontrar com os braços cruzados me encarando — Então, Samanun, você realmente quer levar esse noivado adiante ?

— S-sim, senhor, eu quero ficar com a Mon pelo resto da minha vida.

— E se eu falar que não terá a minha bença ?

— Eu vou casar com ela de qualquer jeito, desde que ela me queira, isso é o suficiente para mim. Desculpe pela grosseira, senhor.

Um pequeno sorriso surge em seus lábios — Foi uma boa resposta — ele se levanta e toca levemente em meu ombro — Espero não me arrepender, mas eu apoio esse casamento. Agora irei ver as minhas meninas — ele sai em direção a cozinha cantarolando uma música.

Noiva de Aluguel - MonSamOnde histórias criam vida. Descubra agora