CAPÍTULO 18

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LISA'S POV

Tem quatro dias que estou em Nova York, minha carta de demissão já está assinada, um problema a menos, agora tenho que ver o que vou fazer com as minhas coisas, os móveis da casa pra ser mais exata, eu não vou levar até porque não tenho onde colocar.

Chaeyoung disse que eu poderia ficar na casa dela e pretendo ficar por no máximo uma semana.

Tenho que vender esses móveis o quanto antes, estou morrendo de saudade da Liz e morrendo de vontade de abraça-la. Ela me liga as vezes por chamada de vídeo, é tão bom ver seu sorrisinho, eu morro de amores por aquela garotinha.

(...)

Ryujin veio pra me ajudar a organizar minhas coisas, já tirei a foto de todos os móveis pra pôr a venda, vou doar alguns também, a maioria na verdade.

- quando volta pra lá? - pergunta concentrada em fechar uma caixa com um durex.

- pretendo comprar a passagem assim que vender tudo. - dobro algumas roupas pra colocar na mala.

- isso pode levar semanas.

- nem me fale, eu queria tanto voltar hoje mesmo. - choramingo.

- saudades da pequena? - ela me olha e um sorriso se faz em meus lábios ao lembrar de Liz.

- muita! engraçado como em tão pouco temos me apeguei a ela. - solto uma pequena risada guardando as roupas.

- ela é sua filha né, queria o que? - fala dando de ombros. - e a Karen? - a olho franzindo o cenho.

- o que tem ela?

- vocês terminaram de vez?

- primeiro que a gente tem teve nada pra ser terminado. - ergo uma das sobrancelhas.

- não era o que ela dizia pra todo mundo. - ergue as sobrancelhas me olhando.

- ela é uma louca, não sei porque fui me meter com ela. - suspiro.

(...)

Estou exausta, mas pelo menos todas as minhas coisas já estão arrumadas, deixei de fora só algumas roupas que eu possa precisar nesses últimos dias aqui.

São onze horas e antes de dormir costumo mexer no celular então aqui estou eu, deitada na cama com apenas a claridade do celular em meu rosto. Hoje a tarde coloquei todos os móveis que pretendia vender em um site, achei que demoraria mais pra alguém se interessar mas logo me chega uma mensagem, conversei com a moça, que parecia bem interessada na geladeira de inox.

Depois de meia hora a primeira venda já estava feita, só faltam mais algumas coisas de eletrodomésticos, como a televisão, microondas e outras coisas menores. O resto eu ia doar para um lar onde ajudam pessoas que precisam.

(...)

Meus últimos dias aqui em Nova York, eu não vou ficar parada em casa olhando uma tv o dia e a noite toda, Ryujin me chamou pra uma boate e óbvio que eu aceitei.

Às sete já estava arrumada, Ryujin passou em meu apartamento minutos depois e fomos para a boate.

Chegando lá olhei em volta já que era a primeira vez que estava ali, era nova pelo que me falaram, estava lotada, gente bêbada e dançando por todos os lados. Fomos até o bar e pedimos uma bebida.

- está lotada. - falo olhando em volta.

- os donos pelo visto estão lucrando com a nova boate. - ela fala um pouco alto por causa da música e eu apenas sorrio.

Minutos depois ela me dá um perdido com uma menina que conheceu e eu fiquei sozinha no bar, não me importo na verdade.

- sozinha? - ouço uma voz familiar e olho pro lado.

- Karen? - era só o que me faltava, tantas boates nessa cidade e estamos justo na mesma.

- ainda lembra meu nome, isso é bom. - sorrio de canto apenas para não ser grossa. - mas então, por que está aqui sozinha?

- Ryujin me deu um perdido. - olho pra frente pedindo mas um xote de whisky.

- uma pena uma mulher tão linda como você ficar aqui sozinha. - fala chegando mais perto, não dou muita bola pra ela, espero que perceba e vá embora.

- não ligo de ficar sozinha, tendo algo pra beber, está ótimo. - forço um sorriso logo tirando o olhar sobre ela.

- não precisa ser tão grossa, se bem que você já é por natureza. - sinto a maldade em suas palavras e reviro os olhos. Me arrependo profundamente de ter tido relações com essa mulher.

- você não tem nada melhor pra fazer? - a olho não disfarçando meu enojamento.

- na verdade não. - dá de ombros.

- então fique aí bebendo. - reviro os olhos e saio.

Ryujin está ótima com seja lá quem for, então eu vou embora, já deu pra mim, eu queria me divertir mas só passei raiva.

Chamei um Uber e em poucos minutos estava em minha casa, tomei um banho e me joguei na cama, não sei se foi por efeito do álcool, mas dormi em um estalar de dedos.

FRUTO DO NOSSO AMOR | CHAELISA G!POnde histórias criam vida. Descubra agora