CAPÍTULO 30

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LISA'S POV

No caminho de volta pra casa, eu não sabia no que pensar, como eu ia contar isso pra Chaeyoung? E logo agora que a gente tá tão bem. Estou concertando as burradas que eu fiz e me aparece outra, eu devo ter muita sorte mesmo.

Eu não sei o que fazer, na verdade eu nem sei se esse menino é meu mesmo, temos que ser realistas, a Karen não é nenhuma flor que se cheire, é isso, vou pedir um teste de DNA. Uma luz forte me tirou dos meus pensamentos, talvez o fato de eu estar concentrada demais pensando sobre o assunto, ou somente porque a estrada estava muito escura, eu sei lá, só sei que apaguei depois de sentir um baque enorme no carro.

- senhorita?... senhorita?... - fui acordando aos poucos com uma voz me chamando, mas ela parecia muito longe.

Olhei para os meus braços, ainda atordoada, com uma forte dor de cabeça e quando levantei um deles senti uma dor extremamente forte.

- não se mexa, a ambulância está vindo. - ouço a mesma voz mas ela estava mais perto agora.

-
CHAEYOUNG'S POV

Na reunião, hoje pela manhã, fechamos contrato com um investidor da França, para abrirmos uma filial lá, o único problema é que eu serei obrigada a ir ver o andamento por pelo menos uma semana, geralmente eu levo a Liz comigo nas viagens, mas desta vez não sei como vai ser.

Já é tarde e Lisa ainda não voltou, o que é estranho porque ela nunca chegou tão tarde, e eu achei que ela pelo menos me mandaria mensagem caso isso acontecesse. Liz já está dormindo, mas eu não consigo pregar o olho, sempre que meu celular notifica uma mensagem eu fico na esperança de ser Lisa, mas são só coisas banais.

Enquanto eu tentava me distrair com a tv, meu celular começou a tocar, respirei aliviada quando vi o nome de Lisa na tela.

- Lisa, onde você está? - perguntei preocupada.

- boa noite, falo com a senhorita Chaeyoung? - uma voz masculina responde, o que me faz franzir a testa.

- sim? com quem estou falando, e por que está com o telefone da Lisa? - perguntei totalmente perdida.

- sou o enfermeiro do hospital Asan Medical Center, a senhorita Manoban sofreu um acidente de carro, mas ela está bem, não foi grave e esse foi o número que ela nos deu para avisar.

- ai meu deus. - disse preocupada. - certo, eu já estou indo.

Merda Lisa, você quase me mata do coração.

(...)

Liguei para a babá de Liz e assim que ela chegou fui para o hospital. Tive que esperar alguns minutos e só depois me liberaram para vê-la.

- acabei com seu carro. - ela diz assim que eu entro no quarto. Reviro os olhos sorrindo e vou até ela, que estava deitada na cama de hospital, com um belo gesso no braço.

- isso é o de menos. - deposito um pequeno beijo em seus lábios. - como isso aconteceu? - perguntei franzindo a testa e me sentei na beira da cama.

- nem eu sei, quando me dei conta já estava nesse hospital. - suspirou encostando a cabeça na cama.

- você me deixou muito preocupada. - disse baixo e ela levantou a cabeça me olhando com um sorriso de canto.

- medo de me perder de novo, Park Chaeyoung? - disse sorrindo colocando sua mão boa em minha cintura. Revirei os olhos.

- o que você acha? - perguntei sorrindo. Ela levou a mão até meu rosto e acariciou.

- não vai me perder, pelo menos não se depender de mim. - sorri com sua fala e inclinei a cabeça "apoiando" em sua mão.

- como está, senhorita?. - uma enfermeira entra no quarto com seu prontuário. Lisa tira a mão do meu rosto e a deixa em cima de minha coxa.

- estou bem, eu acho. - ela responde dando uma pequena risada.

- sente alguma dor? - ela pergunta olhando os papéis em sua mão.

- só no braço, quando eu mexo. - diz olhando seu braço.

- aparentemente você não sofreu nada grave, só o deslocamento do osso em seu braço, com esse gesso, em poucas semanas estará novinha em folha. - ela sorri assentindo. - amanhã você já poderá ir pra casa.

- certo, obrigada. - a enfermeira assente sorrindo e se retira.

- por que roupa de enfermeira deixa as pessoas mais sexy? - a olho seria e ela segura o riso. Reviro os olhos tirando sua mão da minha cintura. - é brincadeira!. - diz rindo.

- vou chamar ela pra te mostrar a roupa de enfermeira então. - levanto da cama e ela segura no bolso da minha calça.

- é brincadeira, bebê, volta aqui. - lhe lanço um olhar mortal e volto a sentar.

- faz isso de novo e ficará mais de um mês com esse gesso. - disse arqueando uma sobrancelhas e ela ri me puxando pela nuca. Me dá um selinho sem ser retribuido mas acabo cedendo.

FRUTO DO NOSSO AMOR | CHAELISA G!POnde histórias criam vida. Descubra agora