CAPÍTULO 62

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LISA'S POV

- eomma, quer ir na pracinha comigo e com a tia Beca?. - Liz pergunta entrando no quarto.

Eu cheguei cedo em casa, como previa, mas eu tinha umas fotos pra editar pra entregar amanhã e por mais que eu quisesse sair com ela, hoje eu não poderia, pelo menos agora não.

- ai filha, desculpa mas a mamãe tem que terminar de editar essas fotos. - disse fazendo um bico. - mas prometo que te levo outro dia, tá bom?. - disse sorrindo.

- tá bom. - responde sorrindo.

- dá beijo. - faço biquinho e ela vem até mim. -  se divirta. - disse beijando o todo da sua cabeça.

Ela saiu e eu continuei editando as fotos, eu tinha que buscar Chaeyoung na empresa daqui umas três ou quatro horas só queria terminar tudo antes de ela chegar, pra dar atenção a ela e a Liz.

Quase duas horas depois que elas saíram, Beca me ligou desesperada.

- Beca, calma não dá pra entender nada. - disse ficando preocupada levantando da cama.

- a Liz, não acho ela em lugar nenhum. - disse apavorada e eu simplesmente congelei.

(...)

Enquanto Liz brincava com as outras crianças, uma mulher foi até Beca alegando querer seus serviços de babá.

- com licença, você trabalha como babá, não é?. - a tal moça pergunta ficando a sua frente.

- ah, sim, sou sim. - ela responde.

- ah que ótimo, preciso de uma babá para o meu filho, só por dois dias. - ela diz.

- posso passar meu número. - Beca diz e ela assente.

Beca passou seu número para a mulher, que nem se quer disse como se chamava, mas assim que ela saiu, Beca foi ver como Liz estava e ficou desesperada em não ver a pequena com as outras crianças, o que ela não sabia era que enquanto a mulher a distraía, alguém havia levado Liz.

(...)

Liz brincava com as crianças quando aquele mesmo homem da viagem e de praticamente todos os lugares que ela estava, a chamou, ela já não tinha mais medo dele o que era justamente o plano ganhar a confiança de Liz para que ela não estragasse tudo.

- hey. - ele diz acenando e ela sorri acenando de volta. - como está?. - ele pergunta.

- bem. - diz tímida.

- e suas mães, onde estão?. - ele indaga olhando em volta.

- tabaiando. - ela responde.

- ah que pena. - ele diz.

- elas estão sempe tabaiando. - Liz diz meio tristonha.

- ah sério?. - ele pergunta curioso.

- sim, a eomma Lisa sempe tá tabaiando, nunca me dá atenção. - diz cruzando os braços.

- e que tal irmos até ela agora?. - ele sugere.

- mas ela tá em casa, no computador. - Liz responde.

- liguei pra ela e ela já está livre, vamos encontra-la no parque aqui perto. - ele diz com pressa.

- sério?!. - ela indaga super empolgada.

- sim, vamos?. - estende a mão e ela segura.

(...)

Assim que Beca desligou a chamada eu deixei tudo o que estava fazendo e fui buscar Chaeyoung na empresa, ela entrou no carro me enchendo de perguntas já que não lhe disse o motivo de ter ido buscá-la mais cedo.

- Lisa, o que houve?. - pergunta pela milésima vez.

- a Liz, Beca levou ela a pracinha mas ela simplesmente sumiu. - disse tentando parecer o mais calma possível.

- como assim sumiu, Lisa?!. - pergunta com os olhos marejados.

- eu não sei, ela não me deu detalhes. - disse completamente nervosa.

- não, não, não. - ela começou a chorar com as mãos no rosto e eu não tinha a menor ideia do que fazer.

- nós vamos achar ela, tá bom? calma. - disse afagando seu ombro.

Quando chegamos em casa Beca estava falando com os policiais que eu mandei chamar, ela era uma peça fundamental nesse momento.

- onde está a minha filha?. - Chaeyoung pergunta em meio ao choro.

- senhora me desculpa, foi tudo culpa minha, me desculpe de verdade. - Beca se desculpa bem abalada.

- como isso aconteceu?. - Chaeyoung indaga deixando a bolsa no sofá.

- estávamos no parque e uma moça veio falar comigo sobre cuidar do filho dela e enquanto tirei os olhos de Liz por um minuto ela sumiu. - ela explica.

- ela não pode ter sumido assim de repente. - Chaeyoung diz enxugando o rosto em meio aos soluços.

- Já estamos investigando, tudo indica que foi sequestro. - um dos policiais diz.

- mas quem faria isso?. - pergunto abraçando Chaeyoung de lado.

- é o que estamos tentando descobrir, precisamos de depoimentos de todos e vamos olhar as câmeras também. - ele diz e eu assinto enquanto Chaeyoung não conseguia parar de chorar.

Fomos para a delegacia e Chaeyoung conseguiu se acalmar um pouco, demos nosso depoimento sobre supostas pessoas, Beca falou tudo com detalhe sobre o que aconteceu a tarde e alguns policiais também foram até a praça onde elas estavam coletar alguns informações.

Passamos o resto da tarde e quase a noite toda na delegacia, Chaeyoung estava exausta, tanto fisicamente como mentalmente e eu não estava diferente, voltamos pra casa e ela não disse nenhuma palavra durante todo o caminho, ela estava abatida e sentia que ela queria chorar mas estava sendo forte.

- vida, calma. - disse acariciando seus braços me abaixando entre suas pernas.

- como vou ficar calma se eu não sei onde minha filha está, Lisa? não sei se ela está bem, se já comeu nem se... - ela diz chorando mas não deixo ela terminar.

- ei! não pense nisso nem de brincadeira!. - a repreendi e ela desabou ainda mais em choro. - vai ficar tudo bem. - disse calma acariciando seu rosto.

Ela me olhou chorando e me partiu o coração, eu tava tentando ser mais forte e não chorar em sua frente para que ela não se desesperasse mais ainda, só que estava cada vez mais difícil porque eu só conseguia pensar em como e onde minha pequena pudesse estar.

Fiquei de joelhos e abracei sua cintura deixando beijos em seu rosto enquanto ela me abraçou pelo pescoço.

- vamos achar ela, tá?. - disse calma cheirando seu rosto e ela assentiu soluçando.

FRUTO DO NOSSO AMOR | CHAELISA G!POnde histórias criam vida. Descubra agora