FreenBecky: Just Me and You

Capítulo 06 >Acidente<

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Feliz Natal, galera... eu acho.
:)

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>Becky<

- Posso perguntar como? - Irin perguntou, enquanto me entrega um saco de gelo e volta para cozinha.

Assim que cheguei ao meu apartamento, a única coisa que fiz foi me jogar no sofá.

- Os elevadores estavam em manutenção e eu não tive escolha a não ser descer pelas escadas, mas acabou que, pela velocidade que eu estava descendo, torci meu tornozelo - expliquei - Foi por muito pouco também que não cair escada a baixo, sorte que a senhorita Freen estava lá na hora, quer dizer, nem tanta, mas ao mesmo tempo sim.

Olhei para Irin e vi sua expressão confusa - Como assim "nem tanta"?

- Ah, é que você sabe como eu sou com toque físico, e, bem, na primeira vez ela me segurou pela cintura, mas em seguida, pela mão, me impedindo de cair novamente, já que me soltei do primeiro toque. Ela... pareceu preocupada, mas só não gostei, sabe? - novamente, expliquei à ela a certa situação.

Irin veio até mim e se sentou ao meu lado, olhou para os lados e pereceu buscar palavras para dizer. Mas o que seria?

- Irin?

- Amiga, pensa em ter um relacionamento romântico com alguém? - perguntou, me fazendo franzi o cenho e olhar em espanto para ela.

Por que daquela pergunta tão repentina?

- Quê? Óbvio que Não - respondi depois de alguns segundos, em um tom de voz seguro, com a certeza de não quero ter um relacionamento com Ninguém - Por que dessa pergunta?

- Sinceramente, nem eu sei, veio de repente a pergunta a minha mente - respondeu - Mas mesmo assim, realmente não quer nada com ninguém? Tipo, você tem a vida toda e sempre é muito tempo.

- Irin... - me olhou fixamente - Seja sincera, não acha que viver a vida sem amar ninguém romanticamente seja melhor? Mais fácil? Menos complicado? - ela assentiu - Não tive boas experiências em certos relacionamentos, e sinceramente, não quero pagar para ver o que pode acontecer. Eu não quero e não vou me apaixonar, e o que eu puder fazer contra qualquer sentimentos românticos, eu farei.

O silêncio se fez presente, nem eu e nem ela ousando falar algo. Mas sejamos sinceros: embora o sentimento de amar alguém seja bom, será que não ter sentimentos por ninguém não seria melhor? Sabe? Nenhuma preocupação sobre nesse assunto, nenhuma dor de cabeça ou... dores no próprio coração, já que foi isso que sentir até então.

Amar alguém deve ser maravilhoso, principalmente quando seus sentimentos são recíprocos e não fazem você ter dúvidas. Mas já no meu caso, amar alguém é um medo, um trauma e uma situação que me recuso a passar novamente.

- Sei que tem medo - Irin quebrou o silêncio, me fazendo olhá-la - Mas não pode simplesmente se espelhar em seus relacionamentos anteriores, sabe? Nem todos são iguais e temo que você fique triste com o passar do tempo...

- Não quero arriscar, prefiro assim - me levantei - Agora se você me dar licença... vou tomar um banho e dormir.

Fui direto para meu quarto e fechei a porta, logo em seguida entrando no banheiro e tirando minha roupas, assim que acabando, me olhando no espelho a minha frente.
Estando apenas de peças íntimas, começo a me analisar: gosto do meu corpo, e muito, não vou negar que me acho muito bonita, mas, com as tantas agressões físicas que sofrir de meu ex marido, tenho uma certa cicatriz em meu corpo, sendo ela no ombro esquerdo, não muito grande, mas também não muito pequena. Ela me trás lembranças horríveis, me faz lembrar da agressão mais forte que Lucas cometeu em mim, quando o mesmo estava embriagado e me jogou uma garrafa de cerveja, acertando diretamente em meu ombro, os cacos rasgando minha pele e a marca estando ali um tanto evidente.