Capítulo 14 >Alguém para abraçar<

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>Freen<

Dia seguinte.

Desde ontem a noite, minha casa tá a maior depressão, até mesmo resolvi ficar por aqui, já que nesse momento, vi meu pai muito deprê com tudo isso, todos nós na verdade.
Vovô ainda pode não ter morrido, mas ontem, como ele havia dito, foi a última vez que vimos ele, e não sabe como aquilo quebra.

O sentimento de saber que você nunca vai mais dar aquele abraço na pessoa que tanto gosta ou tanto ama, eu acho que pode doer mas quando não se sabe. Como se eu tivesse alguém muito especial do meu lado, mas não soubesse que aquela seria a última vez.

Enfim, agora de manhã, uma das funcionárias me acordou cedo, mesmo que eu tenha dito que não iria para a empresa hoje, mas ela disse que foi pedido de meu pai, então não tive muito que fazer e nesse momento estou indo até ele.

Quando entrei em seu escritório, me deparei com ele sentado em sua cadeira enquanto olha para janela de vidro que pega boa parte da parede atrás de sua mesa, a mesma dando a visão do grande jardim de mamãe.

- Papai? - o chamei, ele logo se virando na cadeira e olhando para mim - Me chamou?

- Sim. Te chamei - ele diz, se ajeitando adequadamente e me chamando com a mão para me sentar em umas das cadeiras em frente a sua mesa, o que logo faço - Então - fungou - Tá tudo bem?

- Bem... não. Ainda tô meio sei lá com esse negócio do vovô - digo, em um tom baixo e sofrido.

-É... tá doendo, foi a última vez que vi ele - ele diz, mas logo passando as mãos pelo rosto e sinto que ele tá de controlando para não chorar ali mesmo - Mas enfim, eu te chamei aqui pra gente... pra gente falar sobre a viajem, que deveria ter sido ontem mesmo. Mas, como ocorreu aquilo, temos que planejar ainda hoje.

- O senhor acha que ainda é realmente necessário?

- Sim, eu acho - diz, me olhando fixamente - Mas não precisa ser por uma semana, eu consigo resolver isso daqui a dois dias, então volte no terceiro e de resto a gente dar um jeito. E não precisa esconder da Rebecca o motivo específico dessa viagem, fale abertamente e tente esquecer um pouco das coisas que ocorreram nesses dias.

- Ok, então eu devo ir para a empresa hoje, certo? - pergunto e ele assente.

- A cidade onde fica o local, tem uma duração de cinco ou seis horas de carro, então, se prepare ainda hoje e vão. Como eu disse, leve ela como sua contadora, o Non como seu analista e o Sun como o seu secretário. E, bem, finja fazer realmente a avaliação da área para mim, mas quando acabarem, tentem aproveitar um pouco, ok?

- Sim, senhor - digo, me levantando de meu lugar - Eu só vou tomar um banho e vou para a Ninety-Two.

- Ok, vai lá - ele diz.

Lanço um leve sorriso em direção ao meu pai e em seguida vou até a saída de seu escritório. Quando saio, me deparo com Heng, que apenas sorrir para mim e segue seu caminho para a cozinha. Ele realmente está mal, entre mim e ele, ele é o mais apegado no vovô, isso sendo desde pequenos, quando ele gostava de se aventurar com ele.

Enfim, nada a se fazer.

(...)

Cerca de uma hora depois, finalmente me encontro na empresa, onde já vi Sun, que sorriu para mim e logo veio até meu encontro.

- Chefinha, tudo bem? - ele perguntou.

- Sim - digo, com um leve sorriso.

- Pensava que não iria vim hoje para a empresa - ele diz.

- É, eu não iria vim, mas tenho algo para resolver, então, por favor, eu quero você, o Non e a Becky em minha sala, por favor - digo, ele logo tendo uma expressão de confusão no rosto.

FreenBecky: Just Me and YouOnde histórias criam vida. Descubra agora