Meu Psicólogo

Capítulo 45

[THOMAS]

            Já são 10h da manhã quando eu recebo uma ligação do Jacob.

*Ligação on*

"Bom dia Thom. Olha só, as filmagens das câmeras de onde o Jake foi fazer a prova foram liberadas e realmente ele foi levado por um carro escuro."

"MERDA! E deu pra ver pra onde ele foi? "

"Felizmente deu, ele foi pra uma área mais afastada. Lá tem uns galpões de uma antiga construtora. Vou te mandar a localização e vamos torcer pra que eles ainda estejam lá."

"Por favor! Vou arrumar minhas coisas."

"Okay, toma cuidado Thomas."

*Ligação off*

            Saio do quarto e os meninos estão cochilando no sofá. Tento acordar o Eduardo da forma mais calma pra ele não se assutar mas não adianta.

- O QUE? JAKE?

            Pedro acorda assustado olhando pros lados.

- Não Eduardo sou eu, o Jacob me mandou as filmagens que mostrou um carro levando o Jake, ele me mandou a localização do suposto lugar.

- Então vamos. - Ele levanta rapidamente.

- Vocês não acham melhor chamar a polícia? E se eles estiverem armados? - Pedro pergunta.

- Vamos chegar lá primeiro e se realmente tiver alguém lá nos ligamos.

- Okay. - Eduardo concorda.

            Pedro e Eduardo foram no carro deles e eu fui no meu. Realmente, o lugar que supostamente levaram o Jake era bem longe.
            Os prédios e o barulho da correria começam a ficar pra mais distantes, as árvores começam a tomar conta de uma rua que leva até onde Jacob falou.
            Chegamos lá e é uma rua toda vazia, como se o bairro todo tivesse sido abandonado. Tem alguns contêineres e um galpão bem grande. Eduardo chega logo em seguida e descemos nos encontrar no meio da rua.

- Vocês podem ir pra lá nos contêineres e eu vou nesse galpão aqui.

- Você não acha melhor ficarmos juntos?

- Acho melhor não, separado as chances de achar o Jake são maiores.

- Okay, tome cuidado Dr Thomas. - Pedro diz.

- Vocês também, qualquer coisa eu ligo pra vocês.

            Nos separamos e começamos eu respiro fundo antes de entrar no galpão.

******

[JAKE]

            Minha cabeça parou de doer mas eu ainda me sinto sinto sujo por conta do sangue no meu rosto. David entra com a comida na mão, ele põe perto de mim e se aproxima.

- Come.

- Eu não quero.

- Come antes que eu enfie na sua garganta.