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Sábado, 30 de janeiro de 2016.

A vida é algo de complexo, místico e aterrador. Algo que a maioria das pessoas deseja entender. Porém, entender a vida não é algo que se possa executar em dez minutos.
Uma vida é algo fictícia e sem sentido aparente. As pessoas pensam que percebem a vida, pensam que por terem algo coisa como uma família, uma casa e dinheiro estão a viver. Mas talvez elas apenas estejam apenas a sobreviver. Aliás, talvez a maioria de nós esteja apenas a sobreviver.
Talvez EU esteja apenas a sobreviver.

Os leves flocos brancos deslizam à minha volta, ocupando lugar nos meus ombros. O parque, por norma movimentado, encontra-se no seu pleno sossego, dando-me a oportunidade de disfrutar do silêncio barulhento da neve a embater no solo. Provavelmente permanecer debaixo da neve gélida e morrer de hipotermia poderia terminar com tudo e providenciar-me a paz eterna. Porém, eu não sou homem corajoso o suficiente para tal ato suicida. Relembrando momentos passados e honestamente concluindo, nem sequer fui homem suficiente para dizer uma misera palavra à mulher que desde cedo me atormentou.

Ironicamente, por entre tantos desejos, tantos sonhos, tantos delírios, agora que a encontro e que finalmente há hipóteses de esclarecer a história da minha vida psicológica, tudo o que eu sempre idealizei parece ter-me abandonado. Parece que toda a força deu lugar ao medo e à indecisão. Perante todas as improbabilidades eu encontrei-a. Perante todos os que não acreditaram em mim, eu encontrei-a. Contudo ela escapou-me por entre os dedos sem que eu pensasse sequer em segura-la. Tive-a mesmo à minha frente e no entanto que fiz eu? Virei-lhe costas, como um cão que foge de uma vacina. Arruinei as hipóteses de a conhecer minimamente. E agora, encontra-la novamente no terceiro estado mais populoso dos estados unidos é como dar um tiro no escuro.

Uma dor incessante apodera-se da minha cabeça ao tempo que imagens desfocadas giram em alta velocidade na minha mente. A dor envolve o meu ser, elevando-me a níveis extremos de atividade cerebral. Solto um arquejo de dor enquanto agarro firmemente a minha cabeça entre as minhas mãos. Lentamente, por entre os emaranhados de imagens, algo começa a ganhar forma e tudo se completa, tornando-se perceptível.

A noite consumia todo o ambiente deixando que as luzes noturnas fossem a única claridade presente. Ela apareceu, vinda de um local indefinido. Caminhava de forma apressada enquanto aconchegava o casaco ao seu corpo. Um placar brilhante estende-se por detrás dela.

Abano bruscamente a minha cabeça ao recuperar a lucidez. As imagens deixavam o meu cérebro a tremelicar, devastado pela dor e consumido pelo delírio. A minha mente poderia trair-me por vezes mas era, muito possivelmente, a única maneira que eu tinha de voltar a encontrá-la.


Hey!

Eu ia postar mais cedo mas aconteceram uns contratempos (adormeci no sofá) e bom, só agora é que vim ao computador novamente ahah

Bom, o capitulo é "pequeno", o mais pequeno dos que tenho. Mas é importante porque caraças o primeiro delirio do LOUIS!! AHHHHHHHHHHHHH Bom, eu decidi fazer os delirios de uma maneira que vocês saibam que vai acontecer alguma coisa mas ao mesmo tempo não saibam o quê e por isso fiquem na expectativa! hihi eu sou má, I know.

Oh é verdade eu dei-me conta de uma coisa enquanto estava a rever este capitulo. "Noturnas" dava erro e corrigia para "nocturnas" e foi aí que eu me lembrei que o meu Pc tem o Word 2010, daí não estar com o novo acordo ortografico -_- e eu, obviamente que não o sei completamente porque fui habituada a escrever com o velho and é isso. Mas vou tentar ao máximo aderir ao novo acordo :D

p.s-

OMg muito obrigada pelas 72 leituras, 16 votos e 36 comentarios :o nunca tive uma fic com tanto reconhecimento logo ao inicio :o

p.s.s- Vou  dedicar  todos os capítulos desta fic! Deixem nos comentários ou mandem MP se quiserem o vosso *-*

Xxtime

Delirium ➵ L.TOnde histórias criam vida. Descubra agora