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Quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016.

O dia do meu décimo oitavo aniversário foi marcado por várias mudanças na minha vida. Deixei de depender dos meus pais, passei a tomar de livre vontade as minhas próprias escolhas e foi, talvez, um dos melhores dias da minha vida. Sentir um pouco de liberdade e passividade já era algo que ansiava há muito tempo, desde criança, presumo. Esse dia foi bom para mim, deixou-me a sorrir, o que era raro. Contudo, acho que nos últimos dias tenho sorrido mais do que em todo o resto da minha vida. Quero dizer, sorrido genuinamente, de alegria, de contentamento ou simplesmente da sensação intrigante que os olhos da habitante da minha mente me arremessavam.

Faço um desvio com o meu carro, deixando-o por breves instantes num lugar para deficientes motores, sabendo que não demoraria mais do que cinco minutos. Dou uma pequena corrida até à caixa multibanco, esgueirando-me das pingas grossas que insistiam em manter a cidade de Chicago ensopada. Consulto o meu estrato bancário, verificando que já teria recebido. Senti-me satisfeito ao contemplar o recheio na conta e fiz o pagamento da renda do apartamento, das contas de eletricidade e água, sendo que o gás era por conta do condomínio. Retirei o estrato da conta, guardei comigo os talões que confirmam as minhas transferências monetárias e girei sobre mim, chocando contra alguém.

-Peço desculpa.- Disse de imediato, absolvendo o meu erro tolerável.

-Não tem mal.- O individuo olhou-me quase tão depressa como desapareceu. Permaneci intrigado quanto às suas ações. Não que esperasse formar uma conversa com ele, nada semelhante, apenas houve algo que me deixou receoso quanto a ele. O meu senso comum indicava-me que era apenas um pressentimento sem nexo, porém não tinha tanta certeza de tal. Havia algo nele, algo de perturbador e, estranhamente, algo de familiar.

Não, não posso deixar-me levar assim quando mal ouvi a sua voz, nem tão pouco vi o seu rosto. Estava a criar um filme sem que tivesse atores disponíveis para o fazer e tal apenas iria dar prejuízo à minha mente que, neste caso, é a realizadora insana por detrás do projeto.

Optei por deixar o assunto de lado, voltando ao meu automóvel antes que o mesmo fosse rebocado. Dirigi rapidamente, chegando ao estacionamento da empresa em pouco mais de um par de minutos. Por norma, teria ido almoçar apé, todavia hoje estava um dia cinzento,  carregado de chuva e de uma fina neblina esbranquiçada, o que me levou a optar por dirigir. Talvez devesse trazer algo para almoçar na empresa nestes dias abatidos. Sei que há uma sala própria para tal, então seria uma hipótese a considerar.

-Louis!- Uma voz, pertencente à recepcionista, soou quando atravessei o hall da empresa.

-Boa tarde Abigail.- Saudei, aproximando-me da sua alta secretária.- É algo sobre a reunião administrativa?

-Chegou um envelope para si quando esteve fora.- Proclama, estendendo-me uma embalagem rectangular em tons pastel. Franzi as sobrancelhas ao aceita-la, não sabendo o como nem o porquê de receber tal envelope.

-Sabe quem entregou isto?- Inquiri, não encontrando remetente na embalagem.

- Foi um carteiro, eu penso.- Responde.- Há algum problema?

-Não. Obrigado.- Sorrio gentilmente, caminhando até ao meu escritório. Quando abro a porta, encontro-me com o olhar fixo na pasta, inúmeras opções a demarcarem o meu cérebro.

- Deixei aí documentos que ainda faltam tratar.- Levo o meu olhar a Joseph que aponta distraidamente para a minha secretaria enquanto usa furtivamente a sua calculadora e rabisca algo numa folha ao lado.

-Boa.- Murmuro, sentando-me no meu lugar. Olho uma última vez para o sobrescrito que recebera, acabando por decidir afastar a minha apreensão quanto ao seu conteúdo e entregar-me ao trabalho que, agora, parecia o mais urgente a tratar.

Embora algo me dissesse que o conteúdo ali presente não era algo de bom.

TANTANTAN! O que será que tem no envelope? Hum? 

...

aviso já que o proximo capitulo pode ser, bem, chocantes but nada de furtivo irá acontecer nos proximos tempos... ou irá? hihihihi

EH pah estou completamente exausta, mas completamente cheia de ideias em simultaneo! Agora, durmo ou escrevo? Decidem voces ahhaha okay, maybe not, vou fazer as duas coisas hihihi 

EU ando para aqui a dizer merda aguda, a minha vida ja nao faz sentido! MEu deus, viciei na Drag me down, yey! Acho que gosto mais do estilo deles agora, não é tão pop e, bom, gostei da letra principalmente yehhh

i dont have nothing to say... so... BYE

XxTime


Delirium ➵ L.TOnde histórias criam vida. Descubra agora