Capítulo 46

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Para quem não sabe, Perez Hilton é um blogueiro fofoqueiro estilo Hugo Gloss, mentira, ele é pior. Tudo que é celebridade odeia esse cara. 

Explicações dadas, vamos ao cap da madruga :D 

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JENNA'S POV

Deixei Cecilia no closet sob os cuidados de Luke e os olhares atentos de Isabel, desci para o escritório e não se escutava mais os gritos de Emma, a casa estava completamente silenciosa. Me aproximei da porta do escritório um pouco receosa, e me surpreendi ao encontrar tudo intacto quando abri a porta, não vou negar que me senti levemente desapontada quando não vi uma cadeira quebrada ou copo estourado contra a parede.

Emma estava sentada no sofá do escritório, de cabeça baixa, pernas abertas paralelas onde apoiava os braços, seu cabelo estava preso em um cabo de cavalo e alguns fios escapavam, mas mesma assim eu conseguia ver perfeitamente seu perfil. Seu rosto estava vermelho e eu vi uma lágrima grossa escorrer pelo seu rosto e logo percorrer a lateral do seu nariz, se acumular na ponta até pingar. Respirei fundo e fui até ela, sentei na mesa baixa de madeira que ficava em frente ao sofá azul escuro, fiquei de frente para ela, mas ela não levantou o rosto, então segurei suas mãos entre as minhas.

- Olha para mim – falei com a voz mais serena que consegui reproduzir.

- Pode falar – ela fungou e puxou as mãos.

Emma levantou e limpou o nariz com as costas da mão, caminhou até a janela com as mãos na parte de trás do quadril.

- Falar o que? – Perguntei olhando para ela que estava de costas para mim.

- Que você tinha razão que a culpa é minha que as coisas chegaram nesse ponto – ela virou para mim e cruzou os braços, mas não com um ar de autoridade, e sim para se proteger.

- E por que eu faria isso, Emma? – Franzi o senho olhando para ela.

- Porque eu sou uma merda de mãe – ela começou a chorar compulsoriamente – as decisões que eu tomei foram completamente erradas, porque se eu tivesse ficado quieta na Itália, a minha filha não teria passado por nada disso – Ela levou uma mão até o nariz, e repetiu o movimento feito anteriormente, limpando com as costas da mão – eu nunca levantei a voz para a minha filha, Jenna, como que uma criança – ela parou para analisar – uma criança – ela falou incrédula – como uma outra criança agride minha filha desse jeito.

- Crianças podem ser maldosas, Emma – levantei e fui até ela, passei as mãos em seus braços – a gente vai cuidar dela, e ela vai ficar bem e forte de novo – falei olhando em seus olhos e Emma balançou a cabeça positivamente. Me aproximei e abracei seu corpo – vai ficar tudo bem, meu amor – deixei um beijo no seu pescoço e ela me abraçou com força.

- Eu não sei o que fazer, Jenna. Eu estou me sentindo perdida, assustada, confusa, com raiva.

- Eu estou aqui – falei – eu estou aqui para ajudar você e a Ceci – deixei um beijo no seu ombro antes de soltá-la – com quem você estava gritando?

- Com a diretora – ela respirou fundo e voltou para o sofá e se sentou, sentei ao seu lado, sobre minha perna dobrada, virada para ela.

- E o que ela vai fazer?

Emma mordeu o lábio inferior, deixou um riso escapar sem humor algum, os olhos encheram de lágrimas e ela os fechou, fazendo com que algumas gotas escorressem por seu rosto.

- Nada – ela falou e eu senti uma dor no meu peito como se alguém tivesse colocado uma faca no meu coração.

- Como assim nada, Emma? – Perguntei horrorizada – uma suspensão? Uma expulsão?

TEN YEARS AFTER YOU  (Jemma)Onde histórias criam vida. Descubra agora