Obsessão

Descobertas sobre o passado

O alívio foi imediato, quando o vi chegar aqui nada mais importou pra mim apenas ele.
Criei tantas coisas na minha mente enquanto ele estava sequestrado que agora eu entendo um pouco o que meus pais devem estar passando.

— E então? Como foi?

— Depois falamos sobre isso, vem aqui..

Ele segurou minha mão me puxando para deitar sobre seu peito, ele ainda estava fraco e tinha medo de o machucar. Mas era tão reconfortante ouvir novamente seu coração que naquele momento eu só queria ouvir isso.

— Zoe...- ele me chamou mas não disse nada, olhei pra ele e o mesmo me olhava parecendo ansioso.
— Sobre a discussão que tivermos no carro...

— Não importa Ian...

— Não eu...preciso dizer... eu não estava brincando com você, eu só fiquei com vergonha porque foi a primeira vez que eu disse isso pra alguém mas era sério eu..... eu te amo..

Meus olhos se encheram de lágrimas e meu coração estava disparado, podia ver a mesma sinceridade em seus olhos como da primeira vez que ele disse. Ele não estava brincando, Ian me amava e eu me sentia a mulher mais sortuda do mundo porisso..

Respirei fundo deixando minhas lágrimas caírem enquanto o sorriso tomava conta do meu rosto...durante o tempo sem ele mas principalmente durante as torturas eu desejei que ele estivesse aqui, exatamente porque eu precisava dizer de volta.

— Eu te amo muito mais Ian... mais do que você pode imaginar.

Ele acariciava meu rosto tão meigo me encarando com seus grandes olhos brilhantes e me fazia esquecer completamente o mundo lá fora. Nunca pensei sentir isso por alguém mas com ele é tudo tão fácil e bonito que me deixa fascinada.

Ian me puxou para um beijo lento e torturante, deixando que sua língua percorresse minha boca encontrando a minha, é indescritível a falta que senti disso e Ian parecia tão sedento quanto eu por isso.

Me afastei antes que se tornasse mais intenso porque ele precisava descansar um pouco ainda estava bem fraco.

— Merda...eu queria tanto te comer agora..

— Precisa esperar pelo menos mais um dia, eu sei que é difícil...

— Não é difícil, é impossível..

Estava debruçada sobre seu peito e olhei para baixo notando o volume em sua calça, ele estava realmente muito excitado e não posso mentir eu também estava.

— Posso fazer uma coisa, quer ouvir o que aconteceu enquanto você não estava aqui?

— Me diz..

Levei a mão até o elástico de sua calça e ele me encarou ansioso.

— Teve um caso...era um fisiculturista...ele era grande e forte mas ficou com medo de mim..

Desci minha mão acariciando o volume entre suas pernas e ele lambeu os lábios com vontade, estava marcado eu podia ver..

— Ele abusava de crianças então eu não tive piedade..

— Torturou ele? Sozinha?

— Sim...- minha voz soava arrastada e notei quando ele se arrepiou.
— Comecei com o pé de cabra... batendo muito nele até ficar sem forças..

Desci um pouco sua calça de forma que pudesse tirar seu pau lá de dentro o libertando em minha mão, ele estava muito duro e suas veias eram visíveis, comecei a movimentar minha mão nele de cima para baixo lentamente.

— depois eu fiz cortes na sua pele, nos braços, ombros, pernas....e ele começou a resmungar..

Ian já estava de olhos fechados aproveitando o movimento que minhas mãos estavam fazendo nele, seu pau estava quente e sua respiração começava a ficar ofegante demais porisso aumentei a velocidade do que fazia.

— Depois eu despejei soda cáustica nos ferimentos e ele gritou... você sabe como eu fico quando eles gritam...minha boceta começou a latejar..

Disse em um sussurro em seu ouvido e continuei explorando seu pau para cima e para baixo suave e intenso do jeito que ele gostava. Ele começou a gemer baixo enquanto apertava o lençol da cama, ele estava quase..

— Eu estava tão molhada Ian...só precisava do seu pau dentro de mim, lembra a sensação?

— Ah...porra Zoe...

— Mas então, eu encaixei a tesoura de jardinagem na base do pau dele e cortei fora..

Apertei um pouco minha mão nele e o mesmo se arrepiou por inteiro soltando um gemido mais alto, eu já estava fazendo rápido e ele não conseguia conter suas expressões de prazer, só mais um pouco e ele chegaria ao seu ápice..

— O sangue dele vôou na minha cara, Ian eu fiquei tão excitada que toquei o sangue no meu rosto...levei meu dedos até meu clitóris e me toquei, imaginando seus dedos em mim..

A intenção era fazê-lo gozar mas era eu quem estava quase, estava me excitando outra vez só por lembrar e já podia sentir minha calcinha molhada outra vez..

— O sangue dele servia muito bem como lubrificante, minha boceta estava implorando por você Ian eu não pude deixar de me masturbar pensando em você e nos seus dedos dentro de mim, cada vez mais fundo e mais gostoso e eu estava tão molhada..

Podia sentir meu clitóris pulsar outra vez Ian agarrou o lençol ainda mais quando eu acelerei o que fazia tocando a ponta de sua cabeça.

— E então ali no abatedouro imaginando você, imaginando seus dedos em mim tão fundo eu gozei...gritando por você Ian...

No mesmo instante ele gozou na minha mão gemendo ofegante e suado com um sorriso satisfeito em seu rosto.. minha mão estava completamente melada e aquilo me deixou ainda mais excitada, mas teria que me conformar em esperar outro dia ele ainda estava fraco pra um segundo orgasmo.

— Porra você foi incrível nisso...

Ele me puxou e me beijou tão agressivo que me fez rir, eu ainda não tinha muita experiência mas gostava de saber que tinha um efeito sobre ele.

— Você gostou?

— Poderia te ouvir a noite toda...pena que eu não posso retribuir..

— Eu dou um jeito sozinha no banheiro mais tarde... agora descansa, já esta tarde..

— Porque não dorme aqui hoje?

— Tenho que organizar uns documentos do seu pai que deixei espalhado lá em baixo quando eu terminar eu subo...

Ele estava mais bonzinho, em outra circunstâncias ele teria me mandado embora logo depois de gozar, não que eu não goste desse jeito dele mas tenho que admitir que é uma grande mudança.

O dei um longo e delicado beijo apagando a luz do abajur deixando o quarto escuro, fui até o banheiro e lavei as mãos porque Vicent me mataria se soubesse que toquei nas pastas com as mãos sujas.

Desci até o escritório e tentei fazer o processo o mais rápido possível, organizar documentos, pastas, informações...não era o trabalho dos sonhos mas eu gostava.

Estava distraída colocando umas pastas na prateleira quando uma delas não encaixou, subi na escada vendo o que tinha ali e notei que havia uma pasta diferente das outras bem ao meio como se estivesse escondida.

Com dificuldade eu a tirei, estava empoeirada e parecia ser bem antiga. Abri na primeira página e logo de cara tinha meu nome ali.

— o que é isso?

Continuei lendo e a cada frase meu coração acelerava ainda mais, aquilo não podia ser sério... podia?

Meus olhos já estavam turvos quando eu terminei de ler a última página eu não podia acreditar no que estava ali, eles sabiam? Todos eles?

— Zoe o que você tá fazendo a essa hora trabalhando?

Ergui a pasta ao Pierre já deixando que minhas lágrimas caíssem pelo meu rosto, só por sua expressão eu já sabia que ele também foi cúmplice disto.

— Onde achou isso Zoe?

— Todos aqui sabiam?! Pierre todos sabiam?!