Obsessão

Entre amor e ódio

— Eu adoraria resolver seu problema Ian, depois de você resolver o meu.

— Eu não vou transar com você.

Meu coração batia forte porque só agora me dei conta do que pedia a ele, Ian me maltratou a vida toda, todos os dias naquela maldita escola e agora eu estava implorando a ele por sexo. Me sentia baixa e humilhada mas era automático não podia parar.

Eu sempre fui uma garota normal com todas as vontades e desejos de uma garota normal, é claro que eu gostaria de ter perdido a virgindade com quinze anos junto com as outras mas ninguém se aproximava de mim. Como eu podia transar com alguém se ninguém queria me tocar?

Além de tudo isso eu sinto nojo do meu próprio corpo, mas Ian tem um gosto peculiar e por algum motivo ele me deseja e eu me sinto mais confiante com isso.

Fazer aquilo na mesa de jantar me custou coragem mas eu consegui me vingar do que ele fez comigo.

— Eu preciso disso Ian..eu..tenho dezoito anos, sabe o quanto me custou estar assim até hoje? Sabe quanta vontade eu tenho disso?

— Se tem tanta vontade deveria ter feito.

Não pude esconder minha risada sarcástica ao ouvi-lo, ele realmente não entendia.

— Você é cego ou apenas finge?! Você tem noção do que causou na mente das pessoas ao fazer bullying comigo por oito anos?! Ninguém se aproxima de mim Ian, ninguém.

Ele se aproximou de mim, a centímetros do meu rosto ele mordeu meu lábio inferior me fazendo fechar os olhos pela sensação e então agarrou meu pescoço. Pensei que ele finalmente me daria algo, que me faria dele mas não...

— Ajoelha.

Ainda tão bruto e possessivo... eu odiava gostar disso.. com relutância eu me ajoelhei, ele me olhava de cima ofegante quando tirou sua camisa, meu coração estava disparado. Quando ele desceu sua calça e sua cueca eu me assustei pelo seu tamanho e grossura, eu nunca tinha visto um pessoalmente e parecia bem mais atrativo de perto.

Eu o toquei, olhando pra ele debaixo vendo como ele estava sedento por isso, estava quente e cheio de veias, ele tinha um pau gigante, meu Deus...

— Abre a boca.

Eu o obedeci e ele enrolou meu cabelo em sua mão mantendo minha cabeça firme, devagar ele colocou seu pau em minha boca, a sensação era diferente e quando ele começou a se movimentar fiquei ainda mais confusa. Ele estava sorrindo olhando pra mim e continuando a estocar devagar em minha boca.

— Assim...não use os dentes apenas a língua...

Ele me instruia e devagar eu comecei a entender como ele queria isso, ao mesmo tempo que ele enfiava eu o chupava sentindo minha boca mais úmida que o normal, minha língua se deslizava por ele o fazendo acelerar seus movimentos. Ele soltou meu cabelo e eu continuei o trabalho sozinha, com as mãos fazia o mesmo movimento que fazia com a boca e Ian gemeu rouco deixando sua cabeça pender para trás me dando a bela visão de seu abdômen definido.

Peguei o ritmo de como fazia acelerando ainda mais, eu gostava disso..podia sentir seu pau pulsar na minha língua enquanto me deslizava para cima e para baixo, e ele parecia estar gostando. Quando ele voltou a olhar pra mim estava vermelho e com a boca aberta, o enfiei um pouco mais até onde eu aguentava sentindo tocar minha garganta, ele estava tão duro..

Eu já estava indo rápido demais, ele se movimentava contra mim no mesmo ritmo em que minha boca e minhas mãos trabalhavam nele, eu podia sentir minha calcinha molhada pela cena estava ficando com mais tesão e minha pele estava arrepiada.

Ian tirou seu pau da minha boca e no mesmo instante gozou nos meus peitos soltando um som rouco e satisfatório.. ainda sentia o gosto dele na minha boca e queria mais disso..

— Eu fui bem?

— Foi perfeita..

Ele ainda estava ofegante e sorriu ao dizer isso, levantei ficando de frente pra ele e o encarando com suplica, talvez me deixar com tesão ao máximo seria bem melhor pra quando eu tivesse minha primeira vez.

— Se minha boca foi boa imagina quando estiver dentro de mim...

Ele agarrou meu pescoço e me beijou forte enquanto ria, normalmente eu nunca diria algo assim mas essa vontade estava me deixando fora de mim.

— O que tá acontecendo com você em? Zoe Parker você não era assim..

— Eu sempre fui assim Ian... o problema sempre foi você.

— Não vai me perdoar nunca?

— Você me pediu perdão?

Ele me soltou bruscamente indo em direção a porta mas eu me apressei em correr até ele e me colocar a sua frente, ele não podia simplesmente sair no meio da conversa.

— Você me humilhou por anos eu preciso de um pedido de desculpas no mínimo.

— Eu não peço desculpas, nunca.

— Claro...você nem mesmo pode ser considerado uma pessoa não é? O que você é Ian? Tantas mortes com tão pouca idade, deve ser um demônio.

— Sai da minha frente.

— Não, porque me trouxe pra cá? Qual era sua intenção ao me sequestrar?

— Sai da minha frente Zoe!

— Eu já disse que não! Tantos segredos Ian eu preciso saber, seu fracassado de merda!

Ele me deu um tapa na cara e me agarrou pelo pescoço me levando até a cama, em um impulso eu retribui o dando outro tapa e me debatendo mas ele montou em cima de mim segurando meu braços com força.

— Quando você vai aprender a não falar desse jeito comigo sua puta?! An? O que você pretende? Apanhar todo dia? Pois saiba que eu não ligo de te bater, você não vai falar desse jeito comigo.

— É claro que você me bate, pra tentar esconder a porcaria de pessoa que você é! Mas eu não me importo sabe porque? Eu até gosto.

Ele me deu um tapa mais forte e no mesmo instante senti o gosto do sangue na minha boca, podia parecer idiota da minha parte estar provocando ele mas eu queria saber o que o tiraria do sério, aparentemente ele se odeia e jogar isso na cara dele era satisfatório.

— Se continuar eu juro por Deus que te mato.

— Você não tem coragem Ian...não conseguiria viver sem mim, precisou me sequestrar não é? Ficou desesperado por não ter mais seu brinquedo quando a escola terminasse e então me sequestrou, você é tão patético que nem consegue viver se não for pra tornar a vida de outra pessoa um inferno, tenho nojo de você.

Ele parecia transtornado, deslizou sua mão até meu pescoço e começou me sufocar, eu me debatia tentando respirar mas ele estava apertando muito forte, dava socos contra seu peito tentando me soltar mas minha visão começou a falhar e quando pensei que fosse desmaiar ele soltou.

Comecei a tossir pela sensação do ar voltando e ele ainda estava sentado sobre mim respirando com dificuldade. Ele não teve coragem de me matar, eu estava certa...

Ian segurou meu rosto colando sua testa a minha enquanto acariciava meu cabelo com as mãos trêmulas, ele estava se sentindo culpado...

Quando nossos olhares se encontraram ele me beijou com desespero e eu retribui por que queria isso, aquilo era ele me pedindo desculpas mas eu ainda queria que ele tivesse falado ao invés de demonstrar como se sentia..

— Que merda tem em você Zoe...que merda tem em você que eu não consigo me controlar?