vinte e três | tretas leves e tênis

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Rodrigo levantou a mão em rendição e saiu de perto da gente, Ben foi rapidamente até Tina que estava com rosto na mesma tonalidade do seu cabelo, brigando com Amanda.

— O que tá acontecendo aqui? — Mia perguntou para ninguém específico, olhando ao redor e vendo a aleatoriedade que estava aquela sala.

Aish, Mia ! — Ryan chegou ao nosso lado e escutei ele responder para a Mia com uma expressão que parecia de descontentamento — Amanda e sua trupe conseguiram estragar tudo. Os caras estão desmotivados e nós estamos parecendo uma boy band do tempo dos nossos pais com essas roupas exageradas.

Mia e Ryan ainda comentaram mais alguma coisa, mas, eu na verdade estava presa na figura do Theo na minha frente. Minha primeira reação foi admirar como ele estava gato, usando aquela roupa, mesmo com cara de entediado. A minha segunda reação foi segurar uma risada, principalmente quando Larissa apareceu ao lado dele e lhe entregou um cachorrinho peludinho e na cor de coco queimado.

— Pronto. Esse cachorro foi a Amanda escolheu pra você, Theo. Ela disse que é o que tem menos cara de vira-lata e combina com o seu jeito requintado e charmoso.

Theo nem escutou o que a sem graça da Larissa falava, ele segurava o cachorrinho nas mãos e me encarava, em uma mistura de charme, dengo e contrariedade; mas, ainda lindo !

Theo nem escutou o que a sem graça da Larissa falava, ele segurava o cachorrinho nas mãos e  me encarava, em uma mistura de charme, dengo e contrariedade; mas, ainda lindo !

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Abri a boca para fazer um comentário e ele me interrompeu, antes mesmo de eu falar.

— Sem piadinhas, Diana.

— Oxi, doido. Eu não ia falar nada — ele estreitou os olhos pra mim — Assim, só achei engraçado que para alguém que disse que não ia vestir essa frescuragem... — engrossei a voz, imitando ele — ...tá parecendo aqueles menino vestidos pela avó, para ir na festa da igreja.

Mesmo ele não entendendo ao certo o que eu disse, esboçou uma risadinha, mas logo disfarçou e fingiu seriedade.

— Pois fique sabendo, Dona Diana, que eu me permiti vestir assim, por uma boa causa.

— Eu sei. Os bichinhos merecem — falei fazendo um carinho no cachorrinho em seu colo.

— Eles também. Mas, eu me permiti usar essa fantasia — fiz menção de corrigir, falando que era figurino, mas ele colocou o polegar em meus lábios — Porque depois, eu vou cobrar de você.

— Cobrar ? — perguntei levantando uma sobrancelha.

— É...vou cobrar com juros... — Theo passou o polegar nos meus lábios e seus olhos foram para a minha boca, mas, logo desceram para o decote do meu vestido e senti meu corpo responder ao seu olhar, em um arrepio sutil, me lembrando da gente se embolando de manhã lá em casa.

Entrei no joguinho dele, mordi meu lábio inferior, fiquei na ponta dos pés e dei um selinho longo nele. O cachorrinho em suas mãos se agitou e eu o peguei no meu colo e no momento em que Theo veio me puxar para um beijo, escutei um pigarro ao nosso lado.

Linhas Invisíveis: Diana's VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora