dezessete | nu-vem

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O calor estava intenso e eu e o Theo aproveitamos bastante, além de nos beijarmos bastante, nadamos, mergulhamos e até fizemos uma brincadeira adaptada tipo touro mecânico, eu em uma bóia de unicórnio e ele tentando me derrubar. Já estávamos há algum tempo ali, quando ouvi Maitê gritar, nos fazendo separar de repente e olhamos assustados para a borda.

— PAÇOCA, NÃO !!

TCHIBUM !!!

E um cachorro caramelo lindo, aproveitando a distração de todos, deu um mergulho na piscina e vinha nadando todo fofo em nossa direção.

— Não falei que ele sabe nadar. Vem amigão, vamos apostar quem chega primeiro na outra borda — Paçoca ficou todo animado e foi ao lado do Theo.

— Theo, não faz ele mergulhar assim ! Ele pode se afogar. Vem com a mamãe, Paçoquinha — eu pedia aflita os dois custosos nem me ouviam — Neném, cuidado. Assim você pode se machucar. Olha só, todo molhado e ainda por cima, perdeu a plaquinha— falei desanimada e saindo derrotada da piscina.

— Mostra pra mamãe que você sabe mergulhar, parceiro — Theo falou e os dois mergulharam de cabeça e eu só conseguia ver a bunda redondinha do Theo e o rabinho do Paçoca balançando, os dois foram mais fundo , sumindo totalmente da minha vista, fazendo eu ter um mini infarto e meu coração só voltou a bater certinho , quando vi os dois emergindo no outro lado da piscina.

— Theo Freire Rios ! Paçoca Feitosa Rios ! saiam dessa piscina, a.go.ra. — falei enérgica e caprichando na minha cara brava.

— Eu acho que o certo é você voltar pra cá e se divertir com a gente, né parceiro? — Theo falou com um Paçoca nadando empolgado e querendo beber a água ao redor.

— Oxi, que desatino esse de não querer sair da água, ô sereio. Tu é Apolo e não Poseidon. Tem base nisso, não — ele gargalhou alto.

— O meu convite tá feito, Didi. Volta pra cá, pois, do contrário, eu e o Paçoca vamos continuar aqui — ele piscou pra mim e eu mostrei a língua pra ele.

— Ei, garotão. Olha o que o tio Ben trouxe pra você — olhei para o lado e vi Benício mostrando ao Paçoca um osso enorme de boi, ainda com resquícios de carne, que fez o pestinha pular da piscina e vir correndo até ele, deixando o Theo sozinho, com uma cara engraçada e eu ri.

Tina apareceu ao lado do Ben e não conseguiu se livrar do banho que o Paçoca deu neles, assim que remexeu todo o corpo para se secar, respingando água para todo lado, mas, ao contrário de ficarem bravos, os dois riram do pestinha.

— Ben ! Onde você conseguiu isso ?! — perguntei surpresa e ele simplesmente me sorriu enigmático.

— Nem queira saber, Didi — Tina respondeu por ele, enxugando seus braços com uma toalha, que depois me entregou para eu fazer o mesmo — Assim que o Paçoca fez amizade com o Ben, esse doido me fez sair da festa e procurar esse osso gigante no primeiro açougue que encontramos.

— Querem o quê? O pobrezinho ia ficar vendo a gente comer coisa boa e ia ficar na vontade — Benício tentou inutilmente explicar.

— Mas, Ben ele nem tá acostumado com isso, só come ração !

— Pois agora vai gostar disso também, né amigão ? — Benício perguntou para um Paçoca mais preocupado em roer o presente que ganhou.

Rolei os olhos e Tina deu uma risadinha.

— E por falar em comida, vem comer, Didi. Eu e a Tina já separamos uma mesa para nós.

— Benício é por isso que eu te amo! Falou as palavrinhas mágicas — brinquei com ele, e quando me virei para chamar o Theo que eu pensei que continuava na piscina, levei um susto com ele já materializado ao meu lado com um bico imenso que nem tentava disfarçar.

Linhas Invisíveis: Diana's VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora